sexta-feira, 13 de março de 2015

Balido



 De dezembro de 2006

A Associação dos Amigos da Causa da Lola, a - A. A. C. L. -.  Cujos membros já foram acusados claramente de querer ganhar dinheiro à custa da Lola e que agora voltam a ser alvo de insinuações no mesmo calão; e, impedidos de se defenderem no mesmo foro, - o altar – são obrigados a usar este recurso para dizer a verdade, no interesse de defender, não as suas pessoas, mas a Causa da Lola e o amor do Sagrado Coração de Jesus no coração do povo:
         
Em todas as cidades aonde vamos temos a acolhida de sacerdotes bispos e cardeais que se encantam com a vida da Lola e nos incentivam a dar continuidade a esta Causa magnífica que é fazer o Coração de Jesus ser conhecido e amado. E também divulgar as maravilhas que o Sagrado Coração de Jesus operou na vida dessa cidadã rio-pombense. Afinal, trata-se de um direito “universal dos católicos”.
         
As pessoas que alcançam graças e se encantam com a espiritualidade da Lola ficam admiradíssimos com a oposição dos párocos locais, quando era de se esperar que partissem deles os maiores incentivos. Afinal, que outro propósito existe na vida de um padre católico senão cultivar a fé e a devoção? Tendo eles, no próprio município, uma pessoa cuja vida comprova todas as verdades da    católica,  de virtudes reconhecidas pelo próprio arcebispo, por que não fazem uso desse maravilhoso material didático? O próprio processo de beatificação é um maravilhoso estudo, o qual, os conterrâneos da Lola têm o direito e deveriam estar acompanhando as explicações dos padres e se enriquecendo religiosa e culturalmente.  Mas, ao contrário, eles dizem ao povo que valorizar a vida da Lola atrapalha o seu processo de beatificação. 

Perguntamos:
          
Em que pode atrapalhar o processo canônico de uma pessoa  o fato de que o caminho que ela ensinou seja usado pelo  maior número possível de filhos amados para  gozar do amor do Pai, por Cristo, com Cristo e em Cristo?
          
Entretanto, o que se constata, é que o assunto Lola tornou-se proibitivo para quem quer gozar da simpatia dos párocos.
        
Em novembro de 2005, procuramos oficialmente os nossos párocos e o então arcebispo Dom Luciano Mendes de Almeida propondo fundar a Associação dos Amigos da Causa da Lola. Tínhamos como base o estatuto da Associação dos Amigos de São Bento feita para angariar recursos para a reforma do Mosteiro de São Bento em Sorocaba, SP., que nos foi  dada com grande boa vontade pelo monge prior, presidente daquela Associação. Nossa intenção era que um dos párocos da cidade fosse o presidente da Associação dos Amigos da Causa da Lola; queríamos só direito de poder ajudar. O que foi, em reunião, oficialmente negado. 

Na mesma época foi pedida a Dom Luciano uma autorização (temos cópias dessas correspondências, registradas com A.R. (*)) para construir o projeto da vontade da Lola sob o comando do famoso arquiteto Ruy Ohtake que faria de graça o seu trabalho. Dom Luciano respondeu, por telefone, que não daria autorização, porque, para Rio Pomba, ele tencionava fazer uma coisa muito simples.
         
Em vista dessas negativas, e do desinteresse dos párocos pela Causa da Lola mostrado pelo fato de que já  faz 7 anos do falecimento da Lola e, da parte dos padres, só recebemos pedido o silêncio a esse respeito, resolvemos fazer o que podemos como cidadãos.
         
Fundamos a Associação dos Amigos da Causa da Lola, devidamente registrada em todos os trâmites legais. Afinal, a Lola tem, como cidadã, o direito de ver os seus desejos manifestados em testamento  totalmente realizados. 

Enviamos, na ocasião, aos dois párocos, a seguinte carta, entregue em mãos, por membros da Associação:

Rio Pomba, 06 de novembro de 2006
 Revdo.Pe. Marcos Macário, pároco da Matriz de São Manoel
Revdo. Pe. José Eudes Campos, pároco da Matriz de N. Sra. do Rosário

Vimos comunicar-lhes que é fato concreto a existência da Associação dos Amigos da Causa da Lola, CNPJ nº. 08.373.502/0001-70.
 Formada inicialmente por quarenta e cinco pessoas, que exercem as mais diversas profissões, em nossa cidade e em outras. Tem por objetivo continuar a obra de Floripes Dornelas de Jesus, a Lola: – despertar o amor do Sagrado Coração de Jesus nos corações humanos.
 Como retorno, espera um mundo melhorado, com um número cada vez maior de pessoas capazes de amar; ou seja, dotadas de auto conhecimento e discernimento; portanto, maduras e produtivas.
 Mais uma vez, voltamos a oferecer nossos serviços, nosso empenho, nossa vontade, e tudo o que possamos ter para que essa obra maravilhosa que Deus começou através da Lola possa atingir o maior número possível de pessoas, o mais rápido possível.
 Sentimos a necessidade de levar à frente a Associação, com a qual poderemos trabalhar e angariar fundos para que sejam feitas as obras necessárias e a manutenção da sua herança, material e espiritual, de maneira que o povo tenha acesso irrestrito e ilimitado a ele; tanto no plano espiritual como no físico.
 É um direito do povo. Nos últimos anos ouvimos nas pregações que o povo tem o direito de reivindicar o que lhe é próprio. Nada mais próprio do povo do que o legado da Lola.
 Por mais prerrogativas que tenham as autoridades eclesiais elas não tiveram o convívio que tivemos com Lola. Somos testemunhas da sua vida e do seu legado. Sentimo-nos presos a um compromisso com Deus de não deixar a mínima lembrança de sua vida sem produzir o fruto do seu significado; o que nossos padres, por melhores que sejam, não conhecem. O que para uns são velharias, para nós e para os futuros devotos são relíquias.  Essa necessidade nos é premente, reivindicamos o nosso direito de ajudar no que for possível.
 Sabemos das grandes dificuldades de colocar isso em prática. Não é serviço para duas ou três pessoas. É preciso envolver toda a comunidade. Daí a necessidade da Associação que deverá assumir as dificuldades para que os sacerdotes possam se ocupar das suas prerrogativas.
 É um direito de cada um sentir a alegria de fazer o que pode pelos seus valores e ideais!
 Contando com a compreensão e conseqüente apoio de cada um, esperamos poder contar com a presença dos senhores nas nossas reuniões plenárias.

Com saudações fraternalmente cristãs, subescrevemo-nos,

                        A Diretoria

Sentimos muitíssimo o mau juízo que é feito de nós e de nossa inteligência. Somos todos adultos, maiores e responsáveis; temos consciência dos nossos direitos e deveres; justamente por isso não podemos nos omitir. Conhecemos muito bem o nosso lugar, gostamos muito dele e não gostaríamos de assumir nenhum outro papel, mas também não abrimos mão de desempenhar o nosso, como cidadãos e cristãos. Além do que, acreditamos que a Arquidiocese não é uma pessoa física, portanto não pode ter propriedade particular. Tudo o que se refere a ela pertence a todos nós, os batizados, indistintamente. Lutamos, portanto, pelo que é do povo católico.  

Será, que se pode imaginar que, quem quer com tanto empenho, divulgar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus pode ter em mente fazer alguma coisa em desacordo com a Santa Sé de Roma?

Fica muito claro, em nosso estatuto, a submissão às autoridades eclesiásticas nos assuntos relativos a elas. Estamos, no momento, somente aguardando a chegada do novo Arcebispo, a quem precisamos reportar todo o nosso doloroso Calvário. Por isso, esperamos que seja um homem piedoso e sensível à nossa Causa. Para que, livres de preconceitos ideológicos, podermos, como disse o Papa na Turquia, exercer o direito da liberdade religiosa.  

                                Rio Pomba, dezembro de 2006

       Giselle Neves Moreira de Aguiar - 1Secretária - AACL-

(*) Tais documentos se encontram sob a guarda da Sra. Myriam Rodrigues Vieira, então presidente da AACL.

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