domingo, 23 de junho de 2013

Monumentos sorocabanos





O jornal sorocabano  "Cruzeiro do Sul" publicou ontem, 22/06/2013, uma reportagem sobre a ação civil pública que o prefeito deverá responder por não retirar o "totem"com os dizeres:" Sorocaba é do Senhor Jesus Cristo" em determinado local público. Ação  esta  movida pelo representante o Ministério Público.
Em resposta à atitude do promoto, fazendo uso da liberdade de  expressão inerente a TODOS os brasileiros , publico aqui uma


Carta aberta ao Senhor Promotor e às autoridades sorocabanas .


Sorocaba, 22 de junho de 2013


Caros senhores,

            
Daqui do meu lugar, da minha confortável posição de mera cidadã e eleitora, gostaria de manifestar algumas observações ao senhor Promotor que reivindica a retirada do monumento que diz: "Sorocaba é do Senhor Jesus Cristo",  considerando a clareza do fato de que o Estado seja laico.
            
A menos que também tenha sofrido corrupção, o conceito de  Democracia diz que ela é um sistema em que a vontade da MAIORIA prevalece. Nele, as minorias são respeitadas, mas não podem impor seus paradigmas sobre a maioria, ainda que sob o pretexto arrogante de que "democratiza conhecimentos", associando, às vezes, religiosidade à ignorância. O conceito de conhecimento é relativo.
             
O Estado é laico, mas a maioria dos que o sustenta são cristãos, conforme as últimas pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É bom lembrar que a Constituição proíbe todo tipo de intolerância e que ao Estado é permitido gastar seus proventos produzindo a alegria cultural dos que o sustentam.
            
Se o monumento, pejorativamente chamado de totem, irrita o senhor promotor, como humilde cidadã que preza a democracia, ouso apresentar a ele e às outras autoridades competentes duas proposições para que a justiça aconteça em relação a esse tema:
             
Que seja realizado um plebiscito para que o povo sorocabano decida o destino do referido monumento, ou então, que outros símbolos espalhados pela cidade, que representam organizações que, embora ostentem o nome de laicas, é de conhecimento público que, tais quais as religiões, são também repletas de dogmas e rodeadas de mistérios.



            Ao contrário do que se lê e ouve em certos meios intelectuais, a última manifestação na cidade mostrou que o povo que não é manipulável, ao contrário, conhece e sabe defender seus valores culturais de maneira sensata, criativa e elegante, pode, portanto decidir por ele  mesmo, sem tutelas, por mais bem intencionadas que sejam.

Com meus agradecimentos,


                                                                                             Giselle Neves Moreira de Aguiar

Nota: no dia 17/12/14 o jornal "Diário de Sorocaba" trouxe a feliz reportagem  da qual destacamos


"Para o desembargador Ricardo Dip, relator do acórdão, “a laicidade estatal não é fundamento para a práxis do ateísmo (a negação do transcendente) porque isso, bem se vê, implicaria uma discriminação contrarreligiosa e, no caso de nações tributárias de civilização religiosa, haveria aí também uma discriminação contra a história e a cultura popular”. 

Em seu texto, Dip diz que seria a mesma coisa, justificada em razões similares, que pedir a demolição da deusa pagã da Justiça, que ornamenta o prédio do Supremo Tribunal Federal ou, ainda, mandar apagar a frase de Protágoras inscrita no mural do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). 
Reforçando sua tese, o desembargador destaca as estátuas de Iemanjá ou de Padre Cícero que, então, também deveriam ser eliminados os direitos de festeja do Boi-Bumbá, da retirada do vitral “A Mão de Deus”, da artista Mariane Peretti, instalado no plenário do STJ. O desembargador não vê, então, em que ponto a aposição pública da placa estabeleceria culto religioso ou feriria a liberdade de consciência ou crença do povo." 

sábado, 22 de junho de 2013

A mídia e as manifestações populares

            
Os principais veículos de comunicação são também alvo de críticas e até de protestos.
                                                          
           
Andam estranhos os jornalistas no Brasil. Os da televisão com cara de apreensivos, os do rádio nervosos. Demonstram não saber o que pensar e menos ainda o que dizer. Chamam continuamente a atenção do público para os casos de vandalismo.  Transmitem medo.
            
Diversos raciocínios podem explicar o estado desses brasileiros, encarregados do esclarecer à população o que acontece ao seu redor. Recordo-me da época da reeleição de Lula. Naquela época enviei aos mais relevantes veículos de comunicação do país a mesma carta que perguntava como se sentiam, como jornalistas, em relação à sua eficácia profissional, uma vez que passaram horas a fio publicando notícias sobre o mensalão, entre elas a denuncia de pessoas do alto escalão do governo feita pelo então Procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza, por crimes como corrupção ativa, formação de quadrilha e crimes contra o mercado financeiro.
            
Perguntava-lhes como se sentiam, uma vez que tudo o que disseram não havia surtido efeito, o povo iria eleger novamente aquele que entregou cargos tão importantes a pessoas capazes de cometer tais crimesde  lesa-pátria? Somente um jornalista me respondeu, de alguma maneira.
           
Na época senti uma grande desilusão, ainda não conseguia discernir o que poderia provocar tal comportamento que me parecia inaceitável. Como pode alguém, que trabalha com comunicação, que passa ao povo as notícias das quais deveriam saber, ou pelo menos deduzir, muito sobre o que significam?
            
O mesmo foi sentido quando um importante jornal televisivo fazia a cobertura e evidenciava os recursos, até sórdidos, usados por Hugo Chaves na Venezuela para ganhar as eleições, e como o país caminhava para um cenário de ditadura ideológica. A mesma edição noticiava fatos, acontecidos no Brasil, que indicavam que o nosso país seguia, mais vagarosamente, para o mesmo destino; no entanto, nem um mínimo sinal que estabelecesse um elo entre as notícias foi insinuado. Os jornalistas não teriam percebido? Teriam omitido de propósito? Por qual propósito?
            
Hoje, ao terminar o curso de jornalismo, mais pela maturidade que idade traz do que por causa dele, vejo a grande fragilidade de muitos desses profissionais que acabam se tornando parte do veículo em que trabalham, rádio, televisão ou jornal impresso ou digital. Transmitem as notícias sem alcançar o significado delas. Podem até apresentar um envolvimento emocional com o fato, contra ou a favor, mas não se mostram capazes de estabelecer um link entre os mais diversos fatos que vivem de anunciar, muito menos parecem ser capazes de prever as consequências deles.
            
Os jornalistas de hoje são devorados pela própria produção. Trabalham sempre contra o tempo e sob contínua pressão; não são dotados de tempo suficiente para digerir e assimilar as notícias que eles mesmos transmitem e os efeitos delas para a população que, se não puder assimilar racionalmente os significados das notícias, os intui. O mesmo não acontece com os jornalistas que nem bem terminaram um trabalho que exige toda a atenção, já estão mergulhados em outro da mesma importância.
            
A percepção que o povo tem em relação aos jornalistas ficou evidente nas últimas manifestações populares em que os veículos de maior relevância também viraram alvo de muitas críticas e até de protestos; os que lhes emprestam o rosto, os repórteres, sofreram as consequências.
            
Assim como cobra dos governos o que lhes foi prometido na ocasião das eleições, e que no entanto, não recebem deles o que pagam em impostos, cobram também da mídia a clareza que não apresenta, porque,  na mesma intensidade em que os veículos noticiam os erros dos governos, veiculam também propagandas  elogiosas que os apresentam como se fossem as maiores de todas as maravilhas.  Dessa maneira, os veículos de comunicação têm se comportado como disseminadores de nebulosidades e confusões, sentidas menos pelos jornalistas do que pelo próprio povo visto inúmeras vezes como manipulável.
            
As manifestações de junho mostraram que o povo não é manipulável, muito menos biruta, movido por qualquer vento, como se aprende na escola de jornalismo. Os cartazes continuamente exibidos pelas pessoas que delas participam comunicam a diversidade das reivindicações, as que a grande imprensa insiste em ignorar e até em censurar, porque podem ferir a sensibilidade de quem lhe paga as contas. Enquanto isso, a minoria baderneira ganha sempre o maior espaço, principalmente na televisão. Seria uma tentativa de amedrontar a população e colocá-la contra os pacíficos manifestantes?  Teria a grande maioria de pacíficos manifestantes que se calar, por causa do pequeno número de vândalos? Seria tal situação democrática? Seria justo?

            
Muitos jornalistas hoje se sentem perdidos com as manifestações. Não sabem o que pensar, o que dizer, como agir. Estão ainda aceleradamente  sintonizados com seus veículos, que, por sua vez,  se encontram fortemente sintonizados com os governos. Estão todos surpresos. Todos eles, no fundo, acreditavam nas propagandas feitas pelos publicitários para os governos e consideravam tudo uma maravilha.  Governos, mídia e jornalistas é que são, na verdade, os manipulados. O feitiço virou contra o feiticeiro. O povo, nas ruas, provou isso.

                                                                                                Giselle Neves Moreira de Aguiar
                                                                                                 Sorocaba, 22 de junho de 2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestação de 20 de junho em Sorocaba


                                                                   Por Laís Alves






E quem disse que a manifestação ia ser feita apenas de jovens se enganou, e Matheus França de 10 anos prova isso. O menino veio acompanhado pela mãe, e acabou empolgando até as duas irmãs.





O pequeno Miguel Santos é outra prova de que criança também protesta, mesmo com apenas dois anos, o menino deixou o tio Marcos Machado orgulhoso. Apesar de não entender muito o que estava acontecendo, Miguel se divertia e encantava as pessoas ao redor, deixando o clima de manifestação ainda mais alegre.




Os amigos Tânia Rodrigues, Leandro Prado, Matheus e Tatiana Rodrigues também vieram juntos para protestar. Com idades entre 51 e 18 eles mostraram que todo mundo pode ir a luta por um país melhor.



A terceira idade marcou presença na manifestação. A maioria, se dizia cansada do governo e quer mudanças, para que seus netos tenham no futuro boas escolas públicas, saúde, transporte, entre várias outras reivindicações.









Os cartazes divertidos também fizeram parte do protesto. Os estudantes acreditam que o humor e a crítica chamam mais a atenção do que cartazes com frases de ódio.



 Em meio a tantos cartazes, Pascoal Ângelo de 66 anos faz diferente e reivindica pelo voto opcional. Para muitos, votar é uma obrigação, sendo assim, acabam votando em pessoas sem saber ao menos suas propostas, com o voto opcional, isso mudaria. 


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dia do Sagrado Coração de Jesus

                Amanhã, 07/06/3013, é a primeira sexta-feira de junho e também o dia do Sagrado Coração de Jesus.

                Como faz todos os anos, a senhora Luisa Alcoléa, ilumina a capela do Sagrado Coração de Jesus,  na Catedral de Sorocaba/SP.,com pequenas velas. Enquanto elas ficam acesas ela permanece em oração.  


 
Afresco do artista Bruno de Giusti


Sra. Luisa Alcoléa, devota do Sagrado Coração de Jesus




            

domingo, 2 de junho de 2013

Amparo, ex-revolucionária e funcionária da ONU: «Meu trabalho era destruir a fé dos católicos».

 Artigo publicado no site:

http://fratresinunum.com/2013/05/31/amparo-ex-revolucionaria-e-funcionaria-da-onu-meu-trabalho-era-destruir-a-fe-dos-catolicos/

Amparo, ex-revolucionária e funcionária da ONU: «Meu trabalho era destruir a fé dos católicos».

Por Religión en Libertad | Tradução: Fratres in Unum.com - Amparo entendeu claramente. Era a Virgem Maria quem lhe falava.
Tudo aconteceu quando ela recebeu um disparo da polícia em plena batalha. Quando despertou no hospital, decidiu que sua vida devia mudar radicalmente.
Sua vida “lamacenta” devia dar uma guinada de 180 graus e deixar de lado o seu servilismo político e sua vida de pecado, e dedicar-se às mulheres e às crianças, buscando seu autêntico bem.
Um avô católico
Amparo Medina viu o lado obscuro da ONU.
Amparo Medina viu o lado obscuro da ONU.
Ela havia nascido em uma família muito normal do Equador. Sua fé era tradicional, de Missa dominical e pouco mais. A exceção da regra foi seu avô, que vivia uma autêntica vida cristã.
Em certa ocasião, sendo Amparo adolescente e a caminho do ateísmo, seu avô lhe disse umas palavras que não haveria de esquecer nunca. Estavam entrando em uma igreja, e diante de uma imagem da Virgem lhe disse: “Olhe para os seus olhos. Ela é a única que vai te salvar e a que vai te levar à fé”. A coisa parou por aí.
O resto foi uma queda livre: foi expulsa do colégio por brigar com uma freira, e um encontro com evangélicos acabou por arrematar seu caminho rebelde e ateu.
A revolução e as esquerdas
Amparo em uma manifestação pro-aborto.
Amparo em uma manifestação pro-aborto.
Eram os anos 70 e 80, e a oferta social que Amparo encontrou fora da Igreja era a dos movimentos revolucionários, a teologia da liberação marxista, Che Guevara, os movimentos feministas, abortistas, o indigenismo e esse grande etcétera. Ela se meteu de cabeça nisso tudo.
Se há algo que não se pode reprovar em Amparo é dizer que ela não foi uma pessoa coerente com os seus princípios. Ela tomou todas as bandeiras, as abraçou e se dedicou a elas. Ora a encontrávamos em uma confrontação armada ou em uma manifestação antigovernamental, ou ainda em uma campanha a favor dos direitos reprodutivos das mulheres, ou seja, promovendo os contraceptivos e o aborto.
Se radicaliza na Espanha
Como a situação política no Equador se complicou, seu pai a enviou à Espanha para estudar Pedagogia Social. Neste país ela obteve seu título universitário, porém,  também sua radicalização política e o contato com outros movimentos revolucionários, ateus e anticlericais.
Sua mentalidade feminista coincidia com a da ONU.
Sua mentalidade feminista coincidia com a da ONU.
Já de volta ao Equador, sua visão feminista e de esquerda combinava perfeitamente bem com as políticas que a ONU levava a cabo na América Latina e, graças a ela e a sua formação, chegou a ser responsável no Equador do programa da UNFPA, isto é, do Fundo de População das Nações Unidas, de onde contava com todos os milhões de dólares que necessitasse para cumprir, ou melhor dizendo, impor os programas contrários à natalidade, a favor do aborto e da anticoncepção.
Meu trabalho: retirar a fé dos católicos 
Amparo explicou na rede católica de televisão EWTN que “os grupos comunistas e socialistas sabem que a única instituição que pode romper as suas mentiras é a Igreja Católica. Então – confessou — a primeira coisa que buscam são argumentos que possam destruir a pouca fé que os católicos têm. Veja as notícias ou vá atrás desse sacerdote que não está vivendo a sua vida na graça com Deus…  Publique-os e os lance na imprensa… E – concluiu — é preciso omitir que no Equador, 60% das obras de ajuda às pessoas pobres estão nas mãos da Igreja, pois isso se silencia”.
Destruir a Igreja desde dentro
O grande problema dos sacerdotes é a sua solidão: “Nós íamos em busca dos sacerdotes abandonados nos povoados e nas montanhas para dizer-lhes que se Deus existia, então por que permitia a pobreza? ‘A única maneira é a revolução. Una-se a nós, e nós vamos te ajudar’. Havia sacerdotes – lamenta agora — que cediam e que pensavam que teriam um grupo que lhe ajudaria, que lhe apoiaria, que estaria com ele… Em certas ocasiones oferecíamos dinheiro aos sacerdotes e às religiosas para que pudessem reconstruir, melhorar seus centros educativos com a única condição de que nos deixassem dar aulas de educação sexual e reprodutiva em seus colégios”.
Afastando-se ainda mais de Deus…
Em Amparo se cumpre aquela citação de Chesterton que “quando se deixa de crer em Deus, logo se crê em qualquer cosa”.
Imersa no ateísmo, não deixada de buscar algum resquício de espiritualidade na leitura de cartas, reiki, yoga…: “Como a vida na luta de esquerda era uma vida de pecado, você não podia se livrar das consequências do pecado. É a morte espiritual. São como pequenos pactos com o demônio. O demônio os cobra  – adverte. Assim, comecei a sofrer por conta do dinheiro”.

Alguém me recomendou que eu fizesse uma limpeza de ambiente. Tinha meus próprios mantras… que agora, que pude traduzi-los, dizem ‘eu pertenço a Satanás’. Fiz os mantras nos Estados Unidos e, inclusive, levei meus filhos ao xamã que era um mestre elevado da Religião Universal”.
… embora Deus não estivesse distante
Em certa ocasião, estando em uma comunidade, Amparo desafiou a Deus. Havia uma mulher rezando, porém, ela começou a repreendê-la severamente e chamá-la de louca. Até o ponto em que acabou rasgando uma imagenzinha que a pobre senhora segurava.
À época, sua prepotência de revolucionária não lhe fornecia muitas outras soluções. Pouco depois veio o passo seguinte até a sua conversão.
Ferida por uma bala da polícia
Amparo havia participando de todo tipo de  manifestações e lutas contra o governo. Em ocasiões mobilizando os indígenas e facilitando que estes  acorressem armados com lanças. Porém, certo dia, estando em uma delas, foi atingida por uma bala. Quando sentiu o impacto, Amparo recorda de duas coisas: por um lado, seu marido e seus filhos e, por outro lado, uma paz inexplicável, total. Não tinha medo de partir. Tudo era alegria, gozo, paz…
Nisso, escutou uma voz que lhe cantava: “Vi uns olhos maravilhosos. Vi o amor. Eram os olhos da Virgem.Eram justamente os olhos da estampa que eu havia rasgado! A estampa da Virgem Milagrosa. Eu a vi como uma adolescente de 15 anos. Com roupas brancas…”.
Enquanto ela sangrava, a única coisa que sentia era paz, alegria… Nesse momento a Virgem lhe disse: “Minha pequena, eu te amo”. E lhe pediu que deixasse todas as causas que ela levava e que assumisse a causa de seu Filho. Também se deu conta de que por trás da Virgem havia um senhor mais idoso: era seu avô.
E seu marido pensou que ela estivesse louca
Quando acordou, narrou toda a experiência a seu marido, Javier. Ele pensou que ela estivesse louca, e não era para menos. Uma ateia convicta, militante anticatólica, e despertando daqueles sonhos…
Em seguida, levaram-na para que os altos mestres, psicólogos e peritos da Nova Era a examinassem e a convencessem de que aquelas experiências eram fruto de suas alucinações e dos ferimentos. Sem dúvida, “ninguém podia tirar da minha cabeça que era Deus”.
Primeiramente, confessar-se
“A primeira coisa que precisava era um sacerdote. Precisava me confessar. A primeira coisa, em primeiro lugar, era a confissão. Eu pedia a Deus que não morresse no caminho, indo para casa, porque iria para o inferno. Na confissão estavam todos os pecados. Os mais horríveis”.
Era uma nova etapa, e havia de começar desde o princípio, fazendo tudo bem feito. Assim, a primeira coisa que fiz foi aprender a amar Jesus, a amar os sacerdotes, a amar a Igreja, amar os sacramentos”.
Amparo se sentia totalmente enlameada e também convidada a uma nova revolução: “O único que transforma o mundo é Deus. Eu não sou digna. É tão grande o amor de Deus…”
A conversão de seu marido
Amparo rezou e convidou seu marido Javier à conversão. Com o passar do tempo, Javier, revolucionário como ela, começou a dar provas de mudança por amor a Amparo.
Devia ser uma experiência dramática em si mesma pelo único fato de ter que romper com toda uma vida de convicções e luta comprometida. Amparo explica isso dessa maneira: “Meu marido aceitou crer em Deus e na Virgem, porém, não acreditava  no sacramento. Todavia, Deus colocou um sacerdote santo em nosso caminho. Por fim, ele se confessou e sua confissão levou horas. Ao sair, sentiu que havia se livrado de toneladas de coisas”.
Agora era hora de denunciar as mentiras da ONU
Denunciando a manipulação da ONU.
Denunciando a manipulação da ONU.
A conversão das pessoas, na maioria das vezes, é um processo longo e em etapas. Amparo estava a caminho, mas ainda não renunciara a toda sua vida de pecado. Necessitava de parte dela, pois seu salário das Nações Unidas era uma fonte necessária para a família e seu ritmo de despesas.
Tudo aconteceu quando uma amiga sua lhe pediu informações sobre a distribuição da pílula do dia seguinte por parte das Nações Unidas no Equador. Amparo era responsável pela sua importação e distribuição no país.
De fato, sua agência das Nações Unidas havia vendido ao Equador 400.000 (quatrocentas mil) doses da pílula do dia seguinte. A ONU em Nova York, a UNFPA no Equador: “Eles nos vendem a 25 centavos de dólar, e nós as vendemos entre 9 e 14 dólares. É um negocio e tanto”.
No Equador houve um julgamento em que as Nações Unidas perderam a ação devido à distribuição da pílula e os pró-vidas ganharam, visto que tiveram que reconhecer que ela não é um método contraceptivo, mas sim anti-nidatório, ou seja, abortivo, e que se utiliza quando os métodos contraceptivos falham.
O ápice de sua decisão de converter-se e dar um passo definitivo até Deus aconteceu a caminho do tribunal nesse julgamento em que  a ONU perdeu: “Quando estávamos levando a informação ao Tribunal, um jornalista me fez uma pergunta que pensei que era Deus quem me a fazia – estás com Deus ou estás com o demônio? –. A pergunta foi: O que eu pensava da pílula do dia seguinte? E, claro, eu continuava trabalhando para as Nações Unidas e apoiava todas as organizações pró-aborto. Nesse momento me dei conta de que era o momento de dizer a verdade e deixar de mentir a mim mesma. Era uma incoerência ser católica e ao mesmo tempo, por dinheiro, continuar apoiando uma organização que vai contra os meus valores. E, claro, disse a verdade e as Nações Unidas me despediram”.
O que existe por trás das Nações Unidas?
Por trás dos projetos da ONU, atrás das palavras bonitas que usam quando falam de saúde reprodutiva, na realidade, há toda uma promoção do aborto e dos contraceptivos. É o único objetivo para toda América Latina.
Na entrevista de Amparo à cadeia de televisão norte-americana EWTN, denunciava que no livro “Cuerpos, tambores y huellas”, editado pelas próprias Nações Unidas, se reconhece a promoção das relações sexuais com crianças desde os 10 anos. E que nele se explica claramente três coisas:
- que os pais não devem ser informados da educação sexual que seus filhos recebem;
- que as escolas devem distribuir contraceptivos a seus alunos sem o conhecimento e consentimento dos pais;
- e que se um professor ou médico chegasse a informar aos pais de que seus filhos estão usando contraceptivos, esse professor ou médico deve ser expulso de seu trabalho por romper o sigilo profissional.
Amparo, e não só ela, denuncia a existência de um todo um negócio em que não se desperdiça nada: promove-se as relações sexuais entre crianças e adolescentes, e se lhes vendem preservativos. Como estes falham, então se lhes oferece o aborto ou a pílula do dia seguinte. Como o aborto produz restos humanos, estes servem bem para a experimentação ou bem para extrair algumas sustâncias que depois se usam em cremes, xampus, etc. Negócio completo.