quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sorry Seleção

O vídeo Sorry Seleção,  disponível no Youtube, induz um sentimento que nos leva a racionalizar...



 Ultimamente temos visto jornalistas, especialmente os ligados à Rede Globo, fazendo coro com o Governo na apologia da Copa. 

 Porém,  existe  um tipo de pessoa  não consegue aderir à propaganda que quer conduzir a massa. Ele considera que diante da realidade que temos vivido, se embebedar de entusiasmo pela seleção é loucura ou irresponsabilidade, por mais que se lembre das Copas passadas... Parece que são muitas, as pessoas que pensam assim, e esse video  traduz o sentimento delas.

 É forte a lembrança da alegria  gratuita que o futebol  proporcionava; usufruía-se  dela à custa apenas do talento dos nossos craques, quase todos conhecidos,  jogavam nos nossos times.   Mas, a época em  que se podia  curtir alegria,  soltar o espírito...  aquele tempo,  em que a violência era coisa  rara e absurda, passou.  

Hoje, até a alegria do futebol foi contaminada pela ganância de dinheiro, pelo frenesi do sucesso, por tudo o que condenava no 'capitalismo’ a elite que  está no controle do país. A que se dizia socialista e tinha como lema : “tudo pelo povo”. 

 Quando éramos 'controlados pelos capitalistas', tínhamos alegrias gratuitas como o nosso futebol…  as pessoas  realizavam o bem por dever de ofício…  Não havia necessidade de tantos policiais para reprimir os vândalos que se dizem manifestantes e serem tachados de e abusados e violentos. Afinal, quem tem razão no reinado da confusão?

Os 'humanos direitos’  têm o direito de sofrer as consequências das novas políticas e, para parecer bons brasileiros devem fazer festa na Copa… Os altos  impostos que pagam são usados para  construir estádios e fazer  bela figura no mundo dos ricos, ‘botar banca de bacana para inglês ver’ . Ostentação.  Como uma família pobre que gasta o que tem, e o que não tem, para dar uma festa para celebridades,  e depois dela vem a passar necessidades das coisas mais necessáris e urgentes. 

Vive-se hoje no Brasil sob a regência dos valores do mais cruel capitalismo, onde tudo é feito por dinheiro. Quando não se tem mais nem mesmo a alma para vender; vive-se apenas das alegrias dadas pelos sentidos. Então, haja droga, haja prazeres sexuais, haja cerveja...

Não há mesmo clima para festa e comemoração. Ônibus são queimados nas ruas, a violência ferve e o povo sofre.

 Não se trata de torcer contra a Seleção. É um sentimento de quem está triste com o que tem acontecido com o nosso querido país, e portanto, sente  que fazer festa em momento de tanta apreensão é alienação.  Se tivermos juízo, e conseguirmos pelo menos suportar a consciência da realidade, podemos  reconstruir o país e reaver aquela alegria do nosso futebol.


Mas, no momento o clima é de “Sorry Seleção”...

Giselle Neves Moreira de Aguiar

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Casa Lar "Francisco e Jacinta"





- Jeito católico de acolher e cuidar -

 A exclusão  de Deus  das instituições  sociais, cada vez mais laicas,  pode ter motivado, ou, pelo menos contribuído,  para que aconteça a desagregação  dos vínculos familiares. Deus é  Amor, o que une, congrega as pessoas; por falta dele, elas têm se sentido cada vez mais vítimas, sofredoras, carentes do Amor', e, portanto, se tornado impossibilitadas de cuidar dos mais frágeis: as crianças e os idosos.

Em Sorocaba não é diferente. Segundo o jornal Cruzeiro do Sul(edição de 19/05/2014), o número de casos de abandono intelectual e material de crianças tem aumentado de maneira grandiosa.

As autoridades dos poderes executivo e judiciário têm feito o possível, dentro dos seus limites, para que tais crianças, em situação de risco, sejam acolhidas da forma mais humana e confortável possível. Existem  na cidade cinco casas-lares que  as recebem até que  suas  necessidades sejam atendidas; quer seja  voltando a viver com a família, ou sendo  encaminhadas para adoção.

Dentre essas cinco, existe uma que acontece dentro da espiritualidade católica: a "Casa Lar Francisco e Jacinta. A  instituição é uma frente de missão da "Comunidade 2 Corações dirigida pelo casal, expoente da vida  católica sorocabana, Reinaldo e Reinalda Reis.

Quem dirige  o lar é a psicóloga Talita Reis, filha do casal. Ela conta que a casa foi montada com recursos vindos de doações, porque somente  depois de estar totalmente dentro das normas do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente)  o abrigo pode receber as crianças e uma ajuda do governo municipal.  Hoje lá vivem dez crianças com idade entre quatro e treze anos. A convivência entre elas, sob os olhares de amor cristão dos cuidadores, tem curado feridas e restabelecido esperanças. 

 A pedido do Sr. Bispo de Colatina, Dom Décio Sossai Zandonade, e  com todo apoio da prefeitura de Ibiraçu, E.S., está sendo montada naquela cidade  a "Casa Lar Francisco e Jacinta 2, como parte da missão da Comunidade 2 Corações. Para Sorocaba já se cogita montar a número três.

Na "Casa Lar Francisco e Jacinta, nome que evoca os dois  beatos, pastorinhos de Fátima, tudo acontece dentro do espírito do cristianismo católico, onde os talentos e recursos humanos são colocados à disposição da Providência Divina, para que as crianças, saídas de situações  tão sofridas, possam receber o que necessitam para atingir a plenitude da sua condição humana.

Quem visita  o lugar, se encanta com o ambiente acolhedor e com o progresso humano das crianças, que pode ser avaliado pelo fato de que, sendo cada uma delas respeitada na sua condição, evolui de acordo com seu ritmo e desenvolve um ou outro aspecto primeiro. A capacidade de esperar e ao mesmo tempo, incentivar o progresso de cada uma, a partir da dificuldade de convivência que apresenta, é um trabalho que demanda alta capacidade técnica, mas sobretudo grandes virtudes, vindas da caridade cristã e cultivadas pela vida de oração.

A manutenção dessa  obra  de caridade cristã precisa da ajuda de colaboradores, em  forma de serviços e de doações materiais, para todas as necessidades que podem apresentar crianças em estado de carência material e afetiva, sendo a última a mais grave.
 
"A Casa Lar Francisco e Jacinta” é mais uma riqueza da nossa comunidade católica; precisa ser conhecida e estimulada; principalmente por quem recebe de Deus a vocação para servir  como anjos da guarda, ou samaritanos(as),  para nossas crianças tão amadas por nosso Deus e pela Virgem Maria.  Ela oferece grande oportunidade para quem deseja viver, na prática, o Evangelho de Cristo. Se você se sente chamado(a) a ajudar, da maneira que Deus  lhe indica, pode contatar a :

Comunidade Dois Corações
Rua João Mustafá Filho, 135
Bairro Éden- Sorocaba-
Fone: (15) 3202- 5871

  Giselle Neves Moreira de Aguiar

quarta-feira, 14 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Fátima: Comunicação Sobrenatural

13 de julho de 1917.
No centro da multidão, as crianças rezavam o terço, enquanto olhavam ansiosas o céu pelo lado do nascente. Não prestaram atenção a uma velha que as insultava, chamando-as impostoras, e Jacinta e Francisco nem perceberam a presença do pai, que veio colocar-se ao lado deles, disposto a defendê-los se fosse preciso.

O tio Marto olhou para Lúcia. Uma extrema palidez invadia-lhe as faces. Ainda rezavam o terço quando a ouviu gritar: 

- Fechem [tirem] os chapéus, fechem os chapéus, que já aí vem Nossa senhora!

Repentinamente, o sol perdeu o brilho e uma aragem fresca soprou por sobre a Serra. Nesse instante, o sr. Marto viu algo de parecido a uma nuvenzinha acinzentada descer sobre a azinheira e, segundo disse, ouviu um sussurro “como de um moscardo dentro de um cântaro vazio”, ou, mais pitorescamente, “assim como a gente fala ao telefônio… que eu nunca falei”. Mas nem ele, nem Maria Carreira, nem o resto do povo conseguiram distinguir as palavras que só as crianças ouviam.

Durante esse tempo, todos os estímulos do mundo sensível -  a multidão, o sol, a brisa, todas as trivialidades de espaço e tempo - tinham desaparecido para os pequenos videntes, arrebatados por uma força sobrenatural. Perceberam então aquele resplendor branco dentro do qual, uma vez mais, cheios de inefável alegria, viram a Senhora deslizar sobre a copa da azinheira.

- Vossemecê que me quer?, perguntou Lúcia, como das outras vezes.

Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra  de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz no mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.

Lúcia disse:   
- Queria perdir- que nos dissesse quem é, para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.

-Continuem a vir aqui todos os meses. Em outubro direi quem sou, o que quero e farei um milagre  que todos hão de ver para acreditar.

Nesse momento Lúcia pensou em alguns pedidos que várias pessoas lhe haviam feito.” Não recordo bem quais foram”, escreveu em 1941. Do que se lembra é que a Senhora lhe insistiu na necessidade de rezar o terço. E acrescentou:

-“Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes “Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.”

"Ao dizer estas última palavra, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra - são palavras de Lúcia escritas em 1941 -, e vimos como um mar de fogo. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmo saíam juntamente com as nuvens de fumo, caindo para todos os lados, como caem as faúlhas nos grandes  incêndios , sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizavam  e faziam estremecer de pavor […]. O demônios distinguiam por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes, como carvões em brasa”.

As crianças ficaram tão atemorizadas que recearam estar a ponto de morrer, como se não lhes tivesse sido dito que  que as três iriam para o Céu. Depois de contemplarem esse espetáculo terrível, que nem Santa Teresa descreveu tão assustadoramente, ergueram os olhos em súplica desesperada para a Senhora que os contemplava com melancólica ternura.

“- Viste o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores - disse por fim -. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo  a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muita almas e terão a paz. A guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de PioXI começará outra pior.

“Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo pelos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.

“Para impedir, virei pedir a consagração  da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, vária nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração  triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.

“Em Portugal, conservar-se-á sempre o dogma da Fé. 
“Isto não o digais a ninguém. 
Ao Francisco, sim, podei dize-lo.

“Quando rezardes o terço, dizei depois de cada mistério: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, principalmente aquelas que mais precisarem.”

Seguiu-se um momento de silêncio. A multidão parecia pressentir a solenidade apocalíptica dessa comunicação sobrenatural. Não se ouvia um único som.As crianças, o povo, o vento, tudo estava em absoluto silêncio. Finalmente, Lúcia, pálida como um cadáver, aventurou-se a perguntar com a sua voz de timbre enternecedor:

- Vossemecê não me quer mais nada?
- Não. Hoje não te quero mais nada.

Com um último olhar repassado de afeto, a Senhora desvaneceu-se, como de costume. Lúcia conclui o terrível relato da terceira aparição nestes termos: “E, como de costume começou a elevar-se  em direção ao nascente até desaparecer na imensa distância do firmamento.”

Enquanto as crianças se entreolhavam, ainda pálidas e aturdidas, o povo começou a aglomerar-se  em torno delas e a crivá-las de perguntas:

- Ó Lúcia, que te disse Nossa senhora que ficaste tão triste?
- É um segredo.
- E é coisa boa?
- Para uns é boa, para outros é má.
- E não o dizes?
- Não, senhor, não o posso dizer.

Alguém ofereceu-se para levá-las de volta a casa de automóvel. O tio Marto acedeu, e as crianças subiram pela primeira vez nessa espécie de monstro que andava sem cavalos, e que tinham visto algumas vezes roncando pela estrada Ourém a Leiria. Não tinham disposição de ânimo para desfrutar da nova experiência, mas deram graças por esse modo rápido de chegarem a casa. 


William Thomas Walsh, no livro: “Nossa Senhora de Fátima”, escrito em 1947, depois de  longa visita ao lugar e ter entrevistado  várias pessoas que viveram a experiência de presenciar as aparições de Nossa Senhora às crianças;  inclusive a própria Ir. Lúcia. 



Abaixo, fotografias do cenário da última aparição de Nossa de Nossa Senhora, 
em 13 de outubro de 1917:
Os três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta







 Notícias  dos jornais  da época

Reportagens  dos jornais de Lisboa


Como é Fátima nos dias de hoje:




sexta-feira, 9 de maio de 2014

Poesias para mamãe




Houve um tempo em que o dia das mães era feito de coisas abstratas, que não podem ser vistas ou tocadas. Era o dia em que se reconhecia concretamente o papel importante que a mãe representa na vida de cada filho(a). 

Os presentes eram cheios de arte. Eram cartões feitos à mão, com o uso dos ‘decalques’ e frases que demoravam para serem escritas, com a caneta e a tinta ‘Nanquim’. Gastava-se tempo. 

Havia também quem já sabia fazer um bordado (porque a mãe ensinou), um trabalho de marcenaria, uma tela de pintura ou outro trabalho manual. Tudo preparado com muito gosto. 

Mas eram os presentes que não podiam ser guardados que as mães mais gostavam (fotografia era coisa rara e difícil). Na escola, aprendia-se uma poesia para ser declamada na ocasião, músicas com letras cheias de gratidão eram ensaiadas com muita antecedência.  Nos Grêmios Recreativos das escolas dos adolescentes e jovens, ensaiava-se peças de teatro consideradas magníficas no dia da apresentação… valia, até mesmo, flores colhidas no próprio quintal, cultivadas pela homenageada.

Presente comprado quase não existia, era mais para quem não tinha lá muito talento, e tivesse dinheiro. Ainda assim, precisava ser de acordo com a ocasião; devia ser algo relacionado com o espírito. Podia ser o disco recém lançado do cantor ou orquestra da preferencia dela, um bom livro ou a imagem religiosa da sua devoção. 

Era um tempo, em que as pessoas eram ricas, tinham tempo…

Giselle Neves Moreria de Aguiar





quinta-feira, 8 de maio de 2014

O Poder e a Petrobrás

"O interesse todo nesta história sou eu (....) disse a presidente Dilma Roussef  a um grupo de jornalistas, convidadas para um jantar no Palácio do Planalto.  Ela se referia à CPI da Petrobrás.  Do jeito  que fala, passa a mensagem de que tudo não passa do interesse da maléfica oposição que deseja, de toda maneira, tirar de dela o precioso “Poder”.

 A notícia lembrou-me o artigo da coluna de Roberto da Mata no “Estadão”de 07/05/14. Era sobre fábulas envolvendo bichos, indígenas e Lévi-Strauss; termina dizendo: “Tudo sugere que o governo pensa que estamos no tempo em que os animais falavam e os sapos não tinham veneno.”

 Ontem, na página de um amigo do Facebook estava uma citação de Noam Chomsky: “A população geral não sabe mesmo o que está acontecendo, e nem mesmo sabe que não sabe.”

 A fala da nossa presidente, assim como as matérias publicitárias do seu governo, pagas com o nosso suado dinheirinho, concordam em gênero, número e grau com o que dizem o antropólogo e o linguista.  Apartadas do senso natural de dignidade e de honra, assim como Hitler e Stalin partem do princípio que basta a autoridade falar que o povo acredita. Ou seja, pode-se  dizer o impropério que for que, com o devido  trabalho de comunicação, tudo fica como se fosse a mais cristalina verdade.

 Prevalecendo este princípio, em que parece se apoiar a comunicação do governo, o povo, formado em sua grande maioria por por cidadãos honestos e honrados, tem usada contra si a própria boa fé. A grande maioria dos brasileiros tem responsabilidade. Não reduz o próprio trabalho a uma mera disputa de poder.  Se um dos nossos cidadãos exemplares assume um cargo público, tem como objetivo cumprir seus deveres e obrigações, servindo ao digníssimo povo, seu patrão. A  maior parte tem boa fé, julga os outros por si. Apostando tudo em tal premissa, Dona Dilma proclama o que deseja que verdade seja…

No entanto, é preciso não confundir senso de honra e honestidade com ingenuidade.  O povo não é ingênuo, e mesmo que as notícias  de falcatruas  relacionadas aos órgãos governamentais e empresas estatais como a Petrobrás, publicadas com os devidos números e  consistências robustas, desapareçam rapidamente dos sites dos jornais mais importantes, o senso de justiça tem falado mais alto. Bendita seja a internet e suas redes sociais.

A nossa presidente, deveria ser capaz de perceber que  grande parte  do povo brasileiro vê com grande preocupação o rumo que toma a  Petrobrás, a maior empresa do país, patrimônio do povo. A redução  do seu valor pela metade, por meio da má administração (na melhor da hipóteses) atribuída à interferência do poder central na sua direção, não pode ser vista apenas do ponto de vista político. O capital da empresa não é capim, ele é fruto do trabalho honesto e eficaz de inúmeros de seus empregados, ao longo de muitos anos.

Dizer que o interesse em apurar os fundamentos das notícias veiculadas sobre a Petrobrás nos últimos dias é apenas uma tentativa alijá-la do poder, é dar muita importância a si mesma. Confirma a infantilidade esperada no artigo de Roberto da Mata e a crença na tese de Noam Chomsky, mas pode  fazer lembrar também o Gollum do “Senhor dos Anéis”, defendendo o seu “precioso” poder.

Giselle Neves Moreira de Aguiar



quarta-feira, 7 de maio de 2014

terça-feira, 6 de maio de 2014

Vale a pena conhecer a linda “perfessorinha”...






Está cansada(o) de tanta corrupção, até, e principalmente, nas novelas? 

 A criatividade da maioria dos autores e diretores tem sido focada em impactar o público, que vai mergulhando em atrocidades cada vez mais profundas. O nível de emoção precisa ser alto para “segurar”  a audiência , medida pelo IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - , que garante os altos preços dos anúncios do intervalo, e o emprego de grande número de pessoas envolvidas na produção.

Na televisão tudo é feito “para ontem”, “O tempo  ruge e a  Sapucaí é grande” como diria  Giovanni Improtta, personagem criada por Agnaldo Silva, intepretada por José Wilker na novela “Senhora do Destino”. Assim, o tempo  de assimilar, compreender através do desenvolvimento da trama, o comportamento de cada personagem, sua identidade, características, virtudes e qualidades, que traz o bom efeito da literatura à novela, é considerado perdido.

As novelas hoje são apoiadas no impacto emocional; ou se adora ou odeia uma figura de acordo com o glamour com o qual é cercada na narrativa televisiva, não importa, nem mesmo, sua atitudes e comportamento, que variam ao sabor dos interesses  midiáticos. 

 Faz mal assistir a tantas novelas nas quais o espírito sofre uma verdadeira surra, sendo   exposto a contínuas situações estressantes, por exemplo:  ainda sob o impacto de uma cena que agrediu o senso de respeito assistir outra em que o conceito de amor é questionado. Com o tempo chega a exaustão mental. Não há quem possa  manter o equilíbrio emocional sadio e gozar de bom discernimento depois de assistir a tantas novelas, nas quais o grau de violência (de todos os tipos)  é cada vez mais alto.

No cenário sombrio e aterrorizante  da nossa teledramarturgia ( Carrossel é uma criação mexicana, assim como  a série “Chaves”) surge “Meu Pedacinho de Chão’‘ como um refrigério para o espírito brasileiro. 

Seu exagero aparece apenas nos enfeites dos cenários e dos figurinos, mas, se a princípio assusta tanta doçura, depois, como se fosse um saboroso sorvete que se soubesse jamais fazer mal, o espírito se entrega . Fica totalmente à vontade diante da linda “perfessorinha” e das “mardade” do Epaminondas Napoleão, o ‘Epa’, das quais, no fundo, ninguém tem medo. 

Fica feliz assistindo o desenrolar das histórias: a do menino Serelepe, um menor abandonado que recebe carinho e cumplicidade de quase todos,  a da sua amiga Pituquina, a das paixões dos jovens promissores pela professora e, também, a do rústico Zelão, que exibe um coração de ouro...  O espectador se  vê respeitado, sentindo tudo o que gostaria de sentir, uma completa sensação de conforto, quando o intelecto está em harmonia com o sentimento.

Os cenários exuberantes, nos levam para o tempo dos contos de fadas, que  ouvíamos ou líamos quando criança e que tinham o condão de acariciar nossa imaginação e  conduzir o pensamento a arquitetar roteiros de sonhos, cheios de boas esperanças para o futuro. 

É, portanto, uma atração recomendada para crianças de todas as idades. O único pré-requisito para dela  tirar proveito é ter um um coração sadio o suficiente para reconhecer conceitos de simplicidade, naturalidade, respeito, consideração e outros sentimentos similares. 


Meu Pedacinho de Chão é uma fábula, como bem foi anunciada pela emissora. Benedito Rui Barbosa, o autor, Luiz Fernando Carvalho, o diretor, e um elenco de ‘tirar o chapéu’ merecem nossos aplausos e gratidão por trazer um pouco de saúde mental ao mundo do entretenimento, a cada dia mais louco...

Giselle Neves Moreira de Aguiar



domingo, 4 de maio de 2014

Emaús



"Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.

Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?”

Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo.Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.

Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso o para entrar na sua glória?”

E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro:
“Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”

Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. " - Lc 24,13-35 -