segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fábula Dinamarquesa

Há algum tempo, assisti pela TV Futura, à encenação
do que disseram ser uma fábula dinamarquesa.

Considerei muitíssimo  interessante.
Tento aqui recontá-la:

Os demônios fizeram um espelho encantado,
no qual tudo o que era bom, belo e santo era refletido no tal espelho como
feio, ruim e repulsivo.


Com muita volúpia, foram todos levá-lo ao
Céu para ver como seriam refletidas nele as imagem de Deus e dos anjos.


Por tanta ansiedade, de tantos demônios,
o espelho acabou caindo e se espatifando sobre a terra, reduzido-o a uma
infinidade de pequenos caquinhos.




Quando um caquinho desses, levado pelo vento, caía no olho de alguém,
essa pessoa passava a enxergar tudo de acordo com o referido espelho,
ou seja, sentindo aversão a tudo o que é bom, belo e santo.

Foi o que aconteceu a um menino.
Ele fora atingido por um caquinho do espelho numa manhã fria de inverno.

A partir daí, já não gostava mais das lindas histórias que a avó contava,
não admirava mais as lindas rosas do seu jardim na primavera,
não saboreava mais com prazer a deliciosa comida que sua mãe fazia...
Toda manifestação de doçura, beleza e bondade
era alvo de sua repulsa e de suas críticas.

Ele resolveu, num dia de inverno, ir com o seu trenó atrás da rainha da neve,
que morava num palácio de gelo eterno.
Dias se passaram, e ele, para a sua família, estava desaparecido.

Havia uma menina, vizinha desse menino, que era considerada
grande amiga dele, partilhavam juntos as histórias contadas pela avó
e as brincadeiras no jardim. Ela não se conformou com o seu desaparecimento
e foi atrás dele, enfrentando para isso grandes sacrifícios e dificuldades.

Encontrou-o, finalmente, sozinho no castelo de gelo da rainha da neve.
Estava roxo e duro de frio, mas aparentava não sentir frio algum.
Considerava-se contente, se distraindo com um quebra-cabeça feito de gelo.

Ao vê-lo a menina manifestou toda a sua alegria por tê-lo encontrado,
mas a recepção foi decepcionante.
Ao revê-la ele não demonstrou a menor alegria, ao contrário,
a presença dela ali talvez até o incomodasse.

Diante de um quadro tão triste, a menina começou a chorar.
Não podia conter a dor de ver uma pessoa tão querida numa situação
que ela considerava ser pior do que a morte.

Como ele estava sentado no chão de gelo e ela em pé ao lado dele,
suas lágrimas quentes de verdadeiro amor e piedade caíram sobre o menino.

O frio coração dele começou então, a se aquecer.
Ele foi voltando a se lembrar de tudo o que havia perdido,
e chorou também.

Ao chorar, o caquinho do espelho demoníaco saiu de seu olho por meio das lágrimas.

 E ele voltou a ser o menino capaz de ser feliz.


Giselle Neves Moreira de Aguiar


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

“O novo futuro”

                                  Artigo postado no antigo blog O beija-flor em 31/03/2010

            Espera-se que o dia 30 de março de 2010 seja um marco importante para os habitantes do planeta Terra, capitaneados pelo homo sapiens. Um sem-número de probabilidades, de todos os matizes se faz vislumbrar no imaginário dos que se encantam pelos trabalhos dos cientistas.
            Para os que creem num Deus onipotente não há motivo para surpresas, e sim a constatação alegre da esperança alcançada, as promessas de Deus cumpridas à risca para com os que O aceitam: Ele jamais se deixa superar em amor e solicitude, sempre terá uma surpresa para encantar a quem criou para ter a quem amar.
             Baseando-nos na novidade, parece que fomos presenteados com um futuro novinho em folha, bem diferente do que nos apresentavam os derrotistas de plantão.
            Deus continua a cuidar dos seus. Não há razão para se temer o fim trágico do planeta. Não existe a possibilidade de vir a faltar água ou algum outro elemento necessário. Não há necessidade de sacrificarmos criancinhas em prol de um órgão novo para alguém. Tudo poderá ser obtido a partir do sucesso do mega-acelerador LHC (Grande Colisor de  Hádrans).
             A partir do choque entre dois prótons, a uma velocidade próxima à da luz, inúmeras partículas se formam, podendo acontecer inclusive o aparecimento do bóson de Higgs, partícula que, segundo a teoria confere massa às outras partículas.
            Por consequência podemos esperar que tudo o que vir a faltar aos habitantes do planeta poderá obtido a partir de tal mecanismo, inclusive a energia, porque parece que uma quantidade de energia nunca antes obtida foi conseguida a partir do choque das partículas. Podemos estar assistindo, em tempo real, à chegada do tempo dos sintetizadores, aparelhos que, a uma ordem, são capazes de sintetizar, em segundos, o que lhes for ordenado. Isso a partir das partículas que dão origem a tudo o que se conhece por matéria.
            E, quem sabe? Teria chegado o tempo do teletransporte, em que bastará indicar onde deveremos chegar e acionar o aparelho. Nosso corpo será então desintegrado e, em seguida, recodificado e reconstruído no lugar onde queremos chegar. Num instante. O cenário da ficção científica a nosso alcance.
                                  
              O conforto da vida dos filhos de Deus é sempre cada vez maior. Para fazer parte desse clã de privilegiados só uma coisa é necessária: um desejo sincero e um pedido formal de união a Ele (quando e onde se quiser uma vez que Deus é onipresente), reconhecendo a sua posição de criatura e a dele de Criador.
        Tal fato acontecendo, desencadeará uma forte reação de coesão entre o espírito da criatura e o de Deus.  A partir desse instante a criatura evoluirá a olhos vistos, aos seus e aos das demais. Seus anseios mais profundos serão atendidos com sobrepujança e a criatura se sentirá plenamente realizada, porque, “diga-me com quem andas que eu te direi quem és”, diz o ditado popular. Se andamos com a Perfeição estaremos o mais próximo possível dela, se andamos com a Luz não temeremos o escuro, se andamos com o Amor estaremos continuamente sentindo seu efeito, se tivermos a “partícula de Deus” não sentiremos falta de nada. Tudo pode ser obtido a partir dela.
       Agora os cientistas podem tê-la conhecido, depois de árduos e sofisticados trabalhos. Mas os pequeninos de Deus sempre fizeram uso regular do que a Ciência agora toma conhecimento. 
      
      Alguns cientistas não acreditam em Deus e atribuem a seu trabalho todas as conquistas. Que assim seja para eles, para nós está muitíssimo bem, Deus continua nos concedendo conforto e bem-estar; se eles querem assumir a autoria, que o façam. Nós aprendemos a reconhecer a fonte que proporciona todo o conhecimento. Como Louis Pasteur, que, quando “descobriu” a vida microscópica, não quis atribuir a si a autoria da mesma.
           
     Aos que, renegando Deus, atribuem tudo somente ao trabalho dos cientistas humildemente pergunto:
- Se, para acontecer a simulação do que teria sido o Big-Bang, estavam envolvidos diretamente 10 mil cientistas, quem e quantos estavam envolvidos quando aconteceu o real e original? Ou teria sido tudo acontecido por mero acaso? Neste caso as partículas formadoras do universo seriam fruto de uma geração espontânea? Se tal hipótese for aceita, estamos de volta à crença científica predominante na Europa em meados de 1800, antes dos trabalhos de Pasteur.
            De todo modo, nós, os filhos de Deus, agradecemos profundamente a Deus a conquista dos cientistas da nossa raça humana. Por todos os benefícios que nos virão do trabalho deles. Esperamos que não se sintam roubados, em honra, não é esta a nossa intenção, tudo que damos a Deus em honra e reconhecimento sobrepuja e bênçãos e graças. É o que pedimos a Ele para nossos cientistas.
 giselle neves moreira de aguiar

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As dificuldades

                                                      Autora: Santa Madre Cabrini
                     
   Texto extraído do livro:
Santa Francisca Xavier Cabrini- Mãe dos emigrantes-
                        Compilação de Ângela Martignoni-
         Edição: Companhia de Livros Religiosos da Cidade do Vaticano- Nova York, EUA.

       De uma carta escrita em 1895.
           
           “Dificuldades, dificuldades! Que coisas são, filhas, as dificuldades? Brinquedos de criança, aumentado pela nossa fantasia, não ainda habituada a fixar-se e mergulhar-se em Deus, onipotente.
            
             Perigos, perigos! Que são os perigos? Fantasmas que surpreendem as pessoas que, que dedicadas a Deus, ou supostamente dedicadas a Ele, vivem, no entanto, segundo o espírito do mundo, ou ao menos com muitas cintilações do espírito mundano que, a guisa de brasas debaixo das cinzas, saltam para queimar, a cada soprar de vento contrário.

  É necessário então, então, filhas, que nos invistamos do verdadeiro espírito, que vivamos uma verdadeira vida de fé e fé viva. É necessário que não mintamos nunca a nós mesmas e que sejamos sempre féis à graça que nos acompanha em qualquer lugar.

  No santo Batismo prometemos solenemente renunciar ao mundo, ao demônio, à carne, mas tal renúncia deve ser verdadeira e provada a cada dia com a ação. Vivenciando a religião dizemos muitas vezes: “Eu estou crucificada para o mundo e o mundo está crucificado para mim.” Mas isto não deve ser uma palavra vazia de sentido. Na realidade devemos viver como pessoas de uma nação santa, que não mais pertence ao mundo.

  Pegando o crucifixo da Missionária, dizemos com todo o entusiasmo da alma fervorosa: “Estou disposta a dar o meu sangue por Cristo, chamarei bem- aventurado o dia em que me será dado sofrer pela salvação das almas e pela glória de Deus.”

  Palavras sublimes! E quem faltará a tal juramento pronunciado com tanto fervor?

 Filhas, meditemos profundamente na sublimidade do estado para o qual Deus nos chamou, que é o de cooperar com Ele na salvação das almas! E diante de tais considerações, não poderemos jamais faltar às nossas promessas e nos aviltarmos por causa das razões do mundo.

 “Mas eu estou fraca”. Com Deus tudo se pode, e Ele não falta nunca à alma humilde e fiel.

 “Mas eu sou frágil”. Se você for humilde e constante, Deus será sempre a sua fortaleza, e, feita forte da fortaleza de Deus, do que temerá?

“O demônio é terrível!” O demônio é um cão amarrado, que não nos pode machucar, nem molestar-nos, se Deus não o permite. Então a alma humilde e fiel tampouco deve temer.

“Mas eu faltei de generosidade, e às primeiras dificuldades caí, Agora não se pode fazer mais nada de bom.” Você caiu? Pois bem, humilhe-se. E no caminho da contrição, peça perdão com grande humildade e de novo prometa a Deus e a quem O representa. E depois, vá em frente com coragem mais forte do que antes, para reparar também as faltas de confiança.

O ecossistema católico, pela sua defesa.

                                          A responsabilidade individual do leigo católico.
                   


                                 Artigo publicado no antigo blog d'Obeija-flor em 03/11/2010      

        
         Diante do momento político que vivemos, quem quiser viver o cristianismo, deverá ter o espírito preparado e jamais despir a armadura do cristão a que São Paulo se refere em Ef 6, 10-19.

          Por outro lado acredito que seja mais confortável o hoje vivido, do que os anos mais próximos passados. Algo já tem acontecido. Os que querem seguir fiel e integralmente a fé que receberam dos apóstolos, regada pelo amor de nossos pais e avós, já tem aliviada a névoa que mistura verdades com mentiras enquanto sufoca os que nasceram para viver no Reino de Deus.

     Tal atmosfera venenosa traz consigo a morte. Muitos, verdadeiros católicos que nunca perderam a visão de mundo dada pelo Evangelho pregado pelos primeiros Apóstolos, e que a Igreja conserva quase milagrosamente, morreram de dor, por não suportar ver e ouvir certas autoridades eclesiásticas pregarem justamente o contrário do ensinou o Fundador da nossa Igreja, Nosso Senhor Jesus Cristo; cuja imagem é mostrada aos mais jovens sendo cada vez mais corrompida e diminuída, comparada até a um ser humano comum, mortal e pecador como Che Guevara.

       Sob tal atmosfera acontece também outro tipo de morte, muito pior, a morte da alma. Como semente plantada entre espinheiros, a fé católica trazida já no nascimento, incorporada ao DNA, não consegue sobreviver a um sem-número de pregadores da seita do ateísmo, nas escolas, que mentindo, dizem aos jovens que ciência e religião são antagônicas. Fazem para os nossos jovens uma caricatura das religiões, como se fossem coisas de pessoas ignorantes e despreparadas. Omitem, entretanto, que a grandíssima maioria dos conhecimentos humanos de que hoje dispomos nos foi legada por pessoas de fé. Desonestamente distorcem as palavras para que o raciocínio dos jovens seja formatado pelo ateísmo; e por isso muitos jovens têm mortas as almas, sepultadas num mundo puramente materialista, sem transcendências.

        Portanto, quem quiser ser católico hoje, precisa observar que a vida hoje é muito diferente da vivida por nossos pais; o que não quer dizer que seja pior.
Antigamente podia-se confiar nas pessoas, hoje não. Antigamente podia-se se engajar na luta por qualquer ideal, hoje não. Não podemos confiar naqueles que querem formatar a o nosso raciocínio para que o mundo seja mais confortável para eles.

         A vida do verdadeiro católico hoje é muito mais plena e mais intensa. Não dá espaços para mornidão. Ou se é cristão-católico ou não. Para ser cristão-católico é necessário abrir caminho entre milhares de subjetivismos e ideologias que nos são impostos, incorporados à doutrina dos Apóstolos, e que pretendem mascarar o próprio conceito de Deus.

          Aceitar o que se oferece, como formação oficial, de muitas “igrejas particulares e das conferências parciais” hoje, é abrir mão da identidade de católico atribuída a nossos pais. No máximo o que se pode conseguir é ser membro de um festivo clube, onde os ritos são meros pretextos para reunir as pessoas e proporcionar uma vida social insossa. Isso quando os ritos não são motivos para “engajar” os fiéis na luta fratricida entre as classes sociais.

        Pretende-se substituir o amor a Deus pelo amor ao próximo, especialmente o infrator, que é sempre o coitadinho, nunca poderá ser responsável pelos próprios erros. A culpa é sempre da sociedade, das elites. Os honestos, trabalhadores responsáveis e que cultivam a vida familiar são aviltados.

         Toda autoridade é contestada, inclusive a do Papa. As leis também, inclusive as civis, têm seu valor relativizado; age-se sempre segundo o interesse do momento. Não é de se estranhar que tal ambiente seja propício para todo tipo de aberração e todo tipo de corrupção, inclusive a do próprio planeta.

        O verdadeiro católico não pode aceitar essa falsa religião travestida de oficial. Ela é o meio de cultura que gera os mais terríveis tipos de corrupção, que nossos pais sequer poderiam imaginar, em todos os aspectos da vida.

        O que de melhor tem acontecido é que o santo Padre tem se manifestado em nossa defesa. Apresentou recente e publicamente a defesa dos que lutam pelos valores cristãos na democracia brasileira. Tal episódio nos esclareceu quais são as poucas autoridades nas quais podemos nos apoiar.

      Mas, ainda recentemente, na carta aos católicos irlandeses a respeito da pedofilia na igreja ele recomenda aos bispos:

      “Também os leigos devem ser encorajados a fazer a sua parte na vida da Igreja. Fazei com sejam formados de modo que possam dizer a razão, de maneira articulada e convincente, do Evangelho na sociedade moderna (cf. 1Pd 3,15), e cooperarem mais plenamente na vida e na missão da Igreja. Isto por sua vez, ajudar-vos-á a ser de novo guias e testemunhas credíveis da verdade de Cristo.”

           Se ainda não encontrarmos bispos que nos apoiem, o Santo Padre ainda nos diz na mesma carta aos irlandeses, agora falando às crianças e aos jovens da Irlanda, que é preciso ter uma relação pessoal com o próprio Cristo, amá-lo e confiar somente nele. “Ele nunca trairá a nossa confiança. Só Ele pode satisfazer as nossas expectativas mais profundas e conferir às nossas vidas o seu significado mais pleno, orientando-nos para o serviço ao próximo.”


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Lola, Serva de Deus, Floripes




Assista ao vídeo: Lola, Serva de Deus, Floripes, 
com música composta e cantada por Fábio Coelho Gomes.




Mais posts sobre Lola, a Serva de Deus, Floripes Dornelas de Jesus:
Breve história de sua vida:
Santidade anunciada e publicada desde 1955:
Oração pela beatificação:
Vídeo de Programa da Rede Vida de Televisão com entrevista dos sacerdotes e médicos testemunhando a santidade de Lola:

Lola, Serva de Deus Floripes, vídeo do Youtube

Uma página sobre a Lola:
O povo festejando a memória de Lola:
Feriado municipal pelo "Dia da Lola"
Rua com nome de Lola
Problemas políticos atingindo a religião:
Conexões entre ativismo político e a religiosidade;
Beatificações, alegrias e dores
Artigo de Roberto Nogueira, autor do livro: O Sagrado Coração da Lola, a Santa de Rio Pomba:
Trabalho de leigos pela preservação dos valores espirituais, pelo uso do patrimônio material deixado por Lola de acordo com sua vida, seus valores  e espiritualidade: 

Mais uma tentativa de golpe à memória da Lola:
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