- A Escola de Frankfurt - Aplicando a Teoria Crítica à ela mesma -


         No curso de Comunicação Social, ouve-se muito falar da Escola de Frankfurt e seus fundadores.Para chegar um pouco além do que se ouvia  na sala de aula, pesquisamos  mais um pouco na internet para  obter mais alguns dados a respeito dessa Escola  e sua famosa Teoria Crítica.


Ela teria sido fundada em junho de 1924 com os recursos que um jovem Felix Weil, conhecido como um doutorando milionário e agitador, que conseguira que seu pai despendesse, da fortuna conquistada na Argentina, o necessário para a fundação da escola, que funcionava no auditório da Universidade de Frankfurt. Seus expoentes  eram  Marx Horkheimer, Theodor Adorno e Herbet Marcuse, além de Ernst Bloch, Erich Fromm e Walter Benjamin.



            Passamos  a comentar, tendo como base uma definição de estética dada por um  professor, segundo a qual, “estética é a maneira pessoal que cada um tem de ver o outro, o mundo. Cada um tem a sua visão do mundo ",  assim, fazemos a leitura da Escola de Frankfurt e seus personagens  segundo o que  nos permite o nosso repertório pessoal, de pessoa de meia idade, que  aprendeu muito, vivendo.

Identificamos  as personagens como filhos de pessoas abastadas,  judeus, que  encantados com as idéias de Engels e Marx se propuseram a dar início a uma revolução que revestiria de materialismo os valores culturais da sua época. Viviam como jovens ricos, dando vazão a masturbações de idéias, tentando dissecar o comportamento das pessoas visando um possível controle das mesmas;  imaginando que  as pessoas fossem todas cobaias  e eles os grandes cientistas das idéia, no laboratório imaginário da “Escola de Frankfurt”.
            
           Viram  seu intento ser sepultado pela intensidade das atitudes de Hitler e seu Nazismo ( Nacional Socialismo) acachapante. O que gostariam de ver acontecer em doses homeopáticas  desabou  sobre sua Alemanha,  numa overdose, sob o comando de Adolf Hitler. Na Alemanha não havia mais lugar para tais idéias, mais leves e sutis que as de Hitler. Resolveram então, plantá-las no novo continente. Puderam  se mudar  para  a América porque eram pessoas abastadas, da elite, e dispunham de muito dinheiro.
            
         Algo então aconteceu com suas célebres cabeças ao aportarem no Novo Mundo, edificado por pessoas profundamente religiosas. Os Estados Unidos da América constituem uma nação formada  basicamente por protestantes vindos do Reino Unido e por judeus  da diáspora, além de imigrantes com marcante formação religiosa que  viram na nova pátria a oportunidade de se viver segundo seus valores religiosos baseados na prática das virtudes .
            Assim, foi acontecendo a edificação de uma nova nação, feita de pessoas fortes o suficiente para enfrentar as dificuldades em um  lugar desconhecido e selvagem, muito diferente do seu lugar de origem, a Europa, o ponto mais evoluído da civilização ocidental. 

        Os novos desafios foram a ignição da criatividade, do desenvolvimento dos pendores artísticos, da engenhosidade e descobertas científicas das quais a humanidade inteira tem se beneficiado, apesar da selvageria latente,  que traziam do homem natural, o que causou a quase aniquilação das nações indígenas lá existentes.
            
         Os integrantes da Escola de Frankfut chegaram em um momento em que a nação se encontrava unida para se recuperar dos efeitos da primeira guerra mundial e da famosa crise de 1929. Nesse tempo, entre os anos 30 e 50, foi que mais prosperou a cultura americana, tendo enfrentado com galhardia os mal-feitos do chefe da nação de origem dos “célebres fankfurtianos”, Adolf Hitler, que espalhou danos, de todos tipos, à toda Europa. As loucuras de Hitler, embora seja negado, tiveram origem na mesma fonte marxista dos intelectuais de Frankfurt.
            
          Os jovens alemães acompanharam, protegidos, asilados em terra americana, as atrocidades que o nacional-socialismo de Hitler fazia acontecer contra os judeus, seus irmãos,  para dar vazão à profunda inveja que cultivava do povo mais perseguido e ao mesmo tempo mais próspero do planeta. Os pobres intelectuais, de origem judaica, haviam caído na armadilha de Karl Marx, que também apenas extravasava sua mágoa e ressentimento contra os ricos, entre os quais sempre se encontravam judeus, apesar de sua origem ser a mesma. Passaram eles  então, a servir à ideia algoz  da sua cultura com todas as capacidades  e talentos recebidos em seus genótipos e fenótipos adquiridos ao longo de inúmeras gerações. Como suicidas culturais.
            
           Como devem ter sofrido esses pobres adolescentes de alma, e ao mesmo tempo homens maduros em idade cronológica, ao ver prosperar tudo o que sua nova doutrina condenava e, no entanto, algo dentro deles gritava cumplicidade e admiração, principalmente pelas manifestações artísticas que atingiam o ápice, por contar também com um forte espírito de disciplina, no exercício das virtudes aprendidas com os pioneiros, e desenvolvidas pelas gerações seguintes, que não admitiam ser superadas em empenho. Também porque os objetivos dos americanos eram sempre alcançados, uma vez que eram movidos por uma esperança bem alicerçada em inúmeros exemplos de superação de dificuldades e consequente auto-confiança.
            
            Mas os pobres alemães não conseguiam admitir tal raciocínio. O orgulho intelectual os impedia de admirar o que pessoas, que eles consideravam quase rudes, eram capazes de produzir usando a inteligência e a engenhosidade, transformando dificuldades em novos recursos inventados pela criatividade. Não poderiam aceitar naturalmente a alegria advinda das novas invenções em todos os campos das atividades humanas. Seus corações estavam cheios de desencanto pelo que acontecia onde o totalitarismo de suas idéias marxistas vigoravam por meio da força, o subjugo de povos inteiros, assassinatos em massa e o extermínio violento de todas as manifestações de alegria dos seus conterrâneos europeus, tanto na Alemanha como na Rússia. Foram, então, tomados por profundo sentimento de despeito. 

            Sob tal espírito, se puseram a “estudar” o que acontecia com aquele povo que  sua arrogância intelectual  fazia ver como pobres diabos. Jamais esse povo poderia ser como eles, “cientistas das idéias”, europeus bem nascidos, de famílias abastadas, que nunca tiveram a oportunidade de exercer o menor trabalho físico. Eles se sentiam como deuses no Olimpo, contemplando aqueles pobres mortais que eram por eles divididos em duas castas, a dos exploradores e a dos explorados.
            
            Voltavam cada vez mais os olhares para o próprio umbigo. Eram incapazes de sentir alegria e o bem-estar advindos do bem realizado, pelo trabalho feito, pelo objetivo alcançado. Assim sendo,  eles tentavam contaminar o ambiente com as nuvens negras de seus sentimentos negativos. Viam tudo o que acontecia a seu redor com sentimentos altamente conflitantes e simultâneos;  a inteligência vivia em contínua admiração e surpresa com o alto grau de criatividade e qualidade atingidos pelos empreendimentos de tal nação formada por um “pout-pourri” de povos do planeta. Naturalmente, que haviam erros, conflitos e abusos decorrentes das obvias fraquezas  humanas, mas o que prevalecia era um avassalador progresso e evolução, dos quais todos, de uma maneira ou de outra, eram sempre beneficiados.

           A inteligencia deles não podia simplesmente admirar e megulhar nesse mundo da evolução porque era refém da ideologia amarga e ressentida inventada por Karl Marx. Eles então colocavam as lentes negras da negatividade e passavam a estudar minuciosamente o que acontecia com aquele povo, segundo a visão pobre e invejosa do marxismo. E para não ficarem  totalmente à margem da onda das invenções, inventaram a “Teoria da Conspiração” a que chamaram “Teoria Crítica”.
             
          Só faziam mesmo criticar, no sentido mais depreciativo possível. Viam nas inovadoras linhas de montagem somente  a exploração dos  empregados pelos patrões; no sucesso do cinema, não o talento de artistas e  técnicos, mas um ardil pavoroso para apanhar os incautos americanos numa desmesurada teia, para obrigá-los a trabalhar para seus patrões, enriquecê-los e ainda se sentirem felizes.
            
      Como velhos bruxos, cultivavam tais idéias, se alimentavam delas num lento e longo processo ruminante de compartilhamento, no qual o pensamento de um era fermentado pelos dos outros e re-absorvido por todos com maior intensidade de efeito. Cada detalhe da vida das pessoas era analisada  e interpretada negativamente por tais senhores que se achavam capazes de abranger os pensamentos e sentimentos alheios, com o objetivo de, com sua “ciência”, resolver os problemas da humanidade, a qual deveria agir exatamente da maneira que eles consideravam justa.
            
       No entender dos membros da Escola de Frankfurt, asilados e mantidos pelos americanos, aquela cultura  era condenável e, portanto deveria ser exterminada por não estar de acordo com o pensamento daquela “meia dúzia”,  de seres que usurparam os direitos dos deuses.
            
            Imprensiona a maneira como o autor de um texto dá detalhes da riqueza  de nuances, das minúcias, dos - para eles, europeus soturnos - novos costumes desse novo povo.  Dissecavam cada detalhe  sob todos os ângulos,  e tudo o que observavam era  negativamente  visto  por lentes de aumento. É indisfarçável a admiração, de tais  mentes de alta inteligência, pela engenhosidade dessa nova civilização  que eles teimavam em olhar com um olhar de   religiosos ultra-fanáticos, altamente reprimidos, diante de ocasiões de grandes prazeres. Só sabiam expressar condenação.
            
       Poderiam agir de maneira diferente, como Charles Chaplin, que, ao contrário dos soturnos senhores, usou os próprios recursos  do cinema americano para através de seu talento, passar a sua mensagem de crítica aos, então, novos costumes da produção em massa. Sua mensagem foi absorvida, e até hoje é admirada porque foi produzida com eficiencia e talento. Seus compatriotas da Escola de Frankfurt ao contrário, sabiam apenas criticar, produzindo condenações e sentimentos lúgubres para os quais inventavam novos termos para classificar os comportamentos  daqueles que os alimentavam. Agiam como adolescentes imaturos, eles que nem tinham mais para onde voltar, porque sua Europa estava sendo arrasada por uma guerra motivada pela volúpia de poder de Adolf Hitler, inspirado e apoiado nas ideias marxistas, embora seja negado.
            
          Os judeus sentiram na pele como a inveja, alimentada pelas ideias marxistas oriundas dos que não são capazes de produzir bens mas que são vorazes devoradores dos bens  alheios, quase causou a extinção de seu povo. Desse fato os judeus da Escola de Frankfurt são importantes cúmplices. Talvez esteja aí a origem de sua grande infelicidade, que teimavam exorcizar condenado as conquistas dos que viviam à sombra de Deus a  quem eles tinham renegado e criticado com grande veemência considerando ridículos os que nEle criam.
            
        Como alguém que preza a sensatez poderia esperar, os frutos da Escola de Frankfurt não trouxeram alegria e nem bem-estar, muito menos para os próprios fundadores.
           
        Walter Benjamin  suicidou-se logo em 1940.
            
        Max Hokheimer se  desdisse  no prefácio da nova edição da Teoria Crítica, coletânea de ensaios escritos entre 1932  e 1941, assinado por ele em abril de 1968: “ Proteger, preservar e, onde for possível, ampliar a liberdade efêmera e limitada do indivíduo face à ameaça crescente a essa liberdade, é uma tarefa muito mais urgente  que sua negação abstrata, ou o por  em perigo essa liberdade com ações que não têm esperança de sucesso.”
            
        Theodor Adorno pouco antes de sua morte, em 1969 desentendeu-se com Herbet Macuse por não poiar o movimento dos estudantes europeus. Ele não apoiava a ideia defendida por Marcuse de incentivar e apoiar a desobediencia civil.
            
       Marcuse por sua vez, aproveitou a situação para ressuscitar as ideias da Escola de Frankfurt, junto aos jovens da Europa.
           
            Na minha humilde visão, essas ideias disseminadas continuam a infectar o continente europeu e a exportar seus esporos para todo o mundo. Talvez seja essa a razão pela qual a Europa e todos os países que aceitaram essas loucuras como se fossem sabedoria estejam em situação de franca decadência. Como poderá prosperar uma terra onde o empreendedorismo é condenado. Em que as pessoas que proporcionam emprego a outras  são consideradas exploradores de escravos. Onde toda eficácia e eficiência é sobretaxada em favor dos que esperam somente receber benesses das mãos dos governos. Onde todos têm apenas direitos, os infratores são considerados vítimas do sistema e os cidadãos honestos, e realmente trabalhadores, são alvo de espoliação dos governos,  cujos chefes se tornam ícones, fazendo cortesias com chapéu alheio. Em tal ambiente, os produtores de riquezas e subsídios são em número cada vez menor.
            
        Os fundadores da Escola de Frankfurt, deram origem a um mundo triste e soturno como seus integrantes; que pretende que as pessoas reneguem suas origens, sua cultura  de berço em favor de uma ideologia alienígena inventada no fim do século XIX e que querem fazer vigorar, sem levar em conta a sede de evolução própria da natureza humana.
                   
                                                                                         giselle neves moreira de aguiar
                                                                                                          
Baseado nos textos:

A tragédia de Frankfurt:
Da sociologia à filosofia da cultura, numa sociedade massificada -
 Por  Vamireh Chacon e:

-  A Indústria Cultural: O esclarecimento como mistificação das massas - 

Max Horkeimer e Teodor Adorno 

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