domingo, 8 de dezembro de 2019

A Imaculada Conceição



Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”
O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”.
Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se. - Lc 1,26-38 -


Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia,  pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre,
ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre virgem, Maria.
Rogai por nós Santa Mãe de Deus,
 para sejamos dignos das promessas de Cristo.




sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Sintonizando o coração com o Coração de Jesus

Primeira sexta-feira de dezembro, tempo de reflexão e de um ajuste, de verificarmos  como anda a sintonia do nosso coração com o Coração de Jesus.


Esta oração abrange toda a nossa esfera de vida, coloca todos com os quais convivemos no Coração de Jesus, onde nenhum mal prevalece.

Peçamos a intercessão da Serva  de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola, ela que, quando alguém lhe pedia ajuda com algum tipo de orientação, dizia sempre: "Vou perguntar ao Sagrado Coração de Jesus." E, algum tempo depois, a resposta vinha clara, e precisa.



Apartai, Senhor, de nossos corações toda a ira, indignação e disputa, e tudo quanto possa alterar a caridade e diminuir o amor do próximo.





"Senhor, eu vos ofereço todos os piedosos desejos  das almas fiéis, as necessidades de meus parentes, irmãos, amigos, conhecidos e de quantos me hão feito bem a mim e a outros por vosso amor; e de todos os que desejaram e pediram que eu orasse por eles e por todos os seus, vivos e defuntos.

Para que todos sintam o favor de vossa graças, o auxilio de vossa consolação, a proteção nos perigos, o alívio nos trabalhos, para que, livres de todos os males, vos rendam alegres e afetuosíssimas graças.

Ofereço-vos enfim, minhas orações e o sacrifício de propiciação, especialmente  pelos que, em alguma coisa me hão feito dano ou agravo; e por todos a quem eu mesmo escandalizei  por palavras, por obras, por ignorância  ou advertidamente; para que vós a todos nos perdoeis os nossos pecados e ofensas recíprocas. 

Apartai, Senhor, de nossos corações toda a ira, indignação e disputa, e tudo quanto possa alterar a caridade e diminuir o amor do próximo.

Compadecei-vos , Senhor, compadecei-vos dos pobres que pedem vossa graça, imploram vossa misericórdia; e fazei que sejamos dignos de gozar neste mundo de vossos dons, e alcancemos, depois, a vida eterna. Amém.   
  - Imitação de Cristo ( livro IV, capítulo IX)-


domingo, 27 de outubro de 2019

Sobre o Sínodo da Amazônia:


"É muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma
do que falsificar a moeda, 
que é o meio de prover a vida  temporal.
Se, pois, os falsificadores de moeda são, 
a bom direito, condenados à morte pelos 
príncipes seculares, com muito mais razão os hereges.”

(S. Tomás de Aquino, Suma Teológica II-II, 11, 3c)




Mundanização

6 de outubro 
Postado no Facebook, nessa data.






"O Papa Francisco nomeou 13 novos cardeais, incluindo especialistas em diálogo com o Islã e religiosos ligados a temas como imigrantes e meio ambiente, que neste sábado, 05, recebem seu barrete vermelho.

Cada Consistório para criar novos “príncipes da Igreja” é visto como mais um passo para modelar uma escola cardinalícia que compartilhe a visão do papa argentino e que, um dia, deverá escolher seu sucessor." Diz a revista Exame.

Para quem conhece e pratica a fé católica, essa noticia é muito preocupante. Observa-se que a Igreja está sendo conduzida por mera estratégia humana, por um jogo político semelhante às indicações dos ministros do STF pelos últimos presidentes da República aqui no Brasil, esperando uma cumplicidade deles para com a defesa de seus interesses pessoais.

Agindo desta maneira, o Papa estaria reduzindo o status da religião católica ao nível das mera ideologias que contam com as estratégias e espertezas humanas para conduzir o povo segundo as ideias pessoais de seus líderes, cada vez mais endeusados por recursos de comunicação, na maioria deles descompromissados com a Verdade.

O fato mostra a possível intenção de uma verdadeira usurpação da Igreja de Jesus Cristo por um grupo de seres que desejam exercer nela o poder. Algo muito semelhante ao aparelhamento da máquina governamental brasileira por seguidores da ideologia marxista, opositores ferrenhos da religião católica, que sempre foi considerada por eles como ópio do povo.

Já não estranha mais a repentina identidade e o alinhamento entre as forças da esquerda mundial e a cúpula da Igreja católica que defendem hoje um verdadeiro panteísmo, que pretende anular as milenares crenças religiosas, reduzindo-as à palavras de ordem relativas à “bondade" e “tolerância”. Tal objetivo atingido seria o paraíso dos que desejam governar o mundo a partir do controle das mentes e corações humanos.

Para isso não se envergonham de ofender os valores intangíveis da fé católica, até mesmo colocando São Francisco de Assis como patrono do tal Sínodo pseudo ecológico que acontece partir de hoje no Vaticano, regado a ritos de adoração à mãe terra. Tal fato é uma grande ofensa à São Francisco um santo que se revelou combatendo a mundanidade que vigorava, na sua época, na Igreja e no mundo.

São Francisco, o restaurador da espiritualidade na Igreja, como patrono de um evento que promove a oficialização da sua mundanidade, é uma ofensa ao próprio santo e a seus devotos.

Quem prega tanto a tolerância não se importa em ofender profundamente o que é sagrado para as ovelhas de seu próprio rebanho. Esse é um claro e perigoso sinal de degradação da espécie humana. Onde fica o AMOR nessa “religião”?

Ainda tentam tirar proveito da “obediência cristã”, dizendo que não se pode falar mal da hierarquia da Igreja, impondo assim a espiral do silêncio, à moda da proibição do porte de armas para cidadãos comuns. Não estou falando mal de ninguém, apenas manifesto o que sinto, os efeitos das ações que têm acontecido na Igreja e vejo sua consequências para os católicos e para toda a humanidade.

Apenas exerço aqui o direito que a ovelha tem de balir.
Assim, o Senhor da Igreja, o verdadeiro dono do Rebanho,Jesus Cristo, Deus feito homem, haverá de se levantar e vir em nosso socorro.

Mais sobre o assunto:

Papa nomeia cardeais especialistas em Islã, imigração e meio ambiente.
https://exame.abril.com.br/mundo/papa-nomeia-cardeais-especialistas-em-isla-imigracao-e-meio-ambiente/?fbclid=IwAR20oXfG-HUp-luJROkOBb6aaPtrNP_9GTh1qvcXmIEm86zvJX3SjnT1E0E

Cardeal Biffi apresenta anticristo ao Papa e à Cúria - postagem do Zenit de 2007
https://www.obeija-flor.com.br/2019/08/cardeal-biffi-apresenta-anticristo-ao.html

Teologia da Libertação- O materialismo marxista na teologia espiritualista
Prefácio do livro: Teologia da Libertação: O materialismo marxista na teologia espiritualista, do famoso jurista Sobral Pinto
https://www.obeija-flor.com.br/p/teologia-da-libertacao-o-materialismo.html

domingo, 18 de agosto de 2019

Cardeal Biffi apresenta anticristo ao Papa e à Cúria


Cópia da postagem do site Zenit.org na referida data.


Cardeal Biffi apresenta anticristo ao Papa e à Cúria

Reduzir o cristianismo a uma ideologia esquecendo o encontro com Cristo salvador


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org).- O cardeal Giacomo Biffi apresentou a Bento XVI e à Cúria Romana «a advertência profética de Vladimir S. Soloviev» sobre o anticristo. 

O pregador dos exercícios espirituais fez referência ao filósofo e poeta russo, que viveu entre 1853 e 1900, para explicar que o anticristo, na verdade, consiste em reduzir o cristianismo a uma ideologia, em vez de ser um encontro pessoal com Cristo salvador. 

Citando a obra de Soloviev, «Três diálogos» (1899), o arcebispo emérito de Bolonha recordou que «o anticristo se apresenta como pacifista, ecologista e ecumenista». 

«Convocará um Concílio ecumênico e buscará o consenso de todas as confissões cristãs, concedendo algo a cada um. As massas o seguirão, menos alguns pequenos grupos de católicos, ortodoxos e protestantes», disse. 

Segundo a síntese de sua pregação desta terça-feira pela tarde, oferecida pela «Rádio Vaticano», o cardeal explicou que «o ensinamento que o grande filósofo russo nos deixou é que o cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de valores. No centro do ser cristão está, de fato, o encontro pessoal com Jesus Cristo». 

«Chegarão dias nos quais na cristandade se tratará de resolver o fato salvífico em uma mera série de valores», escreveu Soloviev nessa obra. 

Em seu «Relato sobre o anticristo» Soloviev prevê que um pequeno grupo de católicos, ortodoxos e filhos da Reforma, resistirá e responderá ao anticristo: «Tu nos dás tudo, menos o que nos interessa, Jesus Cristo». 

Para o cardeal Biffi,esta narração é uma advertência. «Hoje, de fato, corremos o risco de ter um cristianismo que põe entre parênteses Jesus com sua Cruz e Ressurreição», lamentou. 

O arcebispo explicou que, se os cristãos se «limitassem a falar de valores compartilháveis, seriam mais aceitos nos programas de televisão e nos grupos sociais. Mas desta maneira teriam renunciado a Jesus, à realidade surpreendente da Ressurreição».

Para o purpurado italiano, este é «o perigo que os cristãos correm em nossos dias»: «o Filho de Deus não pode ser reduzido a uma série de bons projetos homologáveis com a mentalidade mundana dominante». 

Contudo, precisou o purpurado, «isso não significa uma condenação dos valores, mas que estes devem ser submetidos a um atento discernimento. Há valores absolutos, como o bem, a verdade, a beleza. Quem os percebe e os ama, ama também Cristo, ainda que não saiba, porque Ele é a verdade, a beleza, a justiça». 

O pregador dos exercícios precisou na capela «Redemptoris Mater», do Palácio Apostólico do Vaticano, que, por outro lado, «há valores relativos, como a solidariedade, o amor pela paz e o respeito pela natureza. Se estes se convertem em absolutos, desarraigando ou inclusive opondo-se ao anúncio do fato da salvação, então estes valores se convertem em instigação à idolatria e em obstáculos no caminho da salvação». 

Ao concluir, o cardeal Biffi afirmou que «se o cristão, para abrir-se ao mundo e dialogar com todos, dilui o fato salvífico, fecha-se à relação pessoal com Jesus e se coloca do lado do anticristo». 

Os exercícios espirituais concluirão na manhã do próximo sábado. Durante
O pregador dos exercícios espirituais fez referência ao filósofo e poeta russo, que viveu entre 1853 e 1900, para explicar que o anticristo, na verdade, consiste em reduzir o cristianismo a uma ideologia, em vez de ser um encontro pessoal com Cristo salvador.

Citando a obra de Soloviev, «Três diálogos» (1899), o arcebispo emérito de Bolonha recordou que «o anticristo se apresenta como pacifista, ecologista e ecumenista».

«Convocará um Concílio ecumênico e buscará o consenso de todas as confissões cristãs, concedendo algo a cada um. As massas o seguirão, menos alguns pequenos grupos de católicos, ortodoxos e protestantes», disse.

Segundo a síntese de sua pregação desta terça-feira pela tarde, oferecida pela «Rádio Vaticano», o cardeal explicou que «o ensinamento que o grande filósofo russo nos deixou é que o cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de valores. No centro do ser cristão está, de fato, o encontro pessoal com Jesus Cristo».

«Chegarão dias nos quais na cristandade se tratará de resolver o fato salvífico em uma mera série de valores», escreveu Soloviev nessa obra.

Em seu «Relato sobre o anticristo» Soloviev prevê que um pequeno grupo de católicos, ortodoxos e filhos da Reforma, resistirá e responderá ao anticristo: «Tu nos dás tudo, menos o que nos interessa, Jesus Cristo».

Para o cardeal Biffi,esta narração é uma advertência. «Hoje, de fato, corremos o risco de ter um cristianismo que põe entre parênteses Jesus com sua Cruz e Ressurreição», lamentou.

O arcebispo explicou que, se os cristãos se «limitassem a falar de valores compartilháveis, seriam mais aceitos nos programas de televisão e nos grupos sociais. Mas desta maneira teriam renunciado a Jesus, à realidade surpreendente da Ressurreição».
Para o purpurado italiano, este é «o perigo que os cristãos correm em nossos dias»: «o Filho de Deus não pode ser reduzido a uma série de bons projetos homologáveis com a mentalidade mundana dominante».

Contudo, precisou o purpurado, «isso não significa uma condenação dos valores, mas que estes devem ser submetidos a um atento discernimento. Há valores absolutos, como o bem, a verdade, a beleza. Quem os percebe e os ama, ama também Cristo, ainda que não saiba, porque Ele é a verdade, a beleza, a justiça».

O pregador dos exercícios precisou na capela «Redemptoris Mater», do Palácio Apostólico do Vaticano, que, por outro lado, «há valores relativos, como a solidariedade, o amor pela paz e o respeito pela natureza. Se estes se convertem em absolutos, desarraigando ou inclusive opondo-se ao anúncio do fato da salvação, então estes valores se convertem em instigação à idolatria e em obstáculos no caminho da salvação».

Ao concluir, o cardeal Biffi afirmou que «se o cristão, para abrir-se ao mundo e dialogar com todos, dilui o fato salvífico, fecha-se à relação pessoal com Jesus e se coloca do lado do anticristo».

Os exercícios espirituais concluirão na manhã do próximo sábado. Durante esta semana o Papa não está mantendo nem audiências públicas nem privadas. 

domingo, 4 de agosto de 2019

São João Maria Vianney, o Cura d'Ars








Entre milhares de histórias do mundo católico que são transmitidas oralmente em sermões, catequeses e na vida familiar, existe a de um jovem francês que, considerado de pouca inteligência, que demorou muito tempo para conseguir concluir os estudos e ser ordenado padre.

Quando o conseguiu, foi enviado para um lugarejo no qual duas ou três velhinhas perfaziam o total dos frequentadores das missas.

Começou ali a exercer o seu ofício de sacerdote com naturalidade e a alegria de ter conseguido ser o que queria, segundo os critérios de sua crença. Com o tempo as pessoas foram aproximando-se, cada vez em maior número, até que chegou o dia em que vinham de todos os cantos da França.

Sua popularidade chegou à Sorbonne, importante universidade de Paris, de onde saiu um professor para entrevistá-lo, com o objetivo de fazer um estudo sobre a grande capacidade de comunicação daquele homem tão rústico.

 Diante de tantas perguntas do professor que queria colocar em termos pragmáticos os mistérios da fé católica, o padre respondeu com toda a simplicidade: “Não posso explicar-lhe, o senhor é ignorante”. E o professor disse, indignado: “Como posso ser ignorante se sou professor da Sorbonne?” 

Ao que o padre respondeu: “O senhor pode ser professor em muitos assuntos, mas não conhece nada de Jesus Cristo, sua doutrina e sua Igreja. Se quiser, posso lhe ensinar o catecismo”. 

Este padre rústico é São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, que viveu de 1786 a 1859, o padroeiro dos padres, cujo dia  a Igreja comemora hoje.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Ter Lola como madrinha.




Monica Siqueira enviou-me uma foto da Lola, a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, com uma criança no colo. Ela a encontrou na internet e não sabe quem é a criança.

A princípio pensei, quem será essa pessoa abençoada? Certamente, alguns de seus inúmeros afilhados e afilhados, que tiveram, ainda que sem o saber, a felicidade de ter sido batizado/a no quarto da Lola.

Observemos o olhar intenso e ao mesmo tempo suave da Lola. Que tipo de pensamento teria, o quê estaria sentindo? Sua expressão é serena, confiante. Aquela pessoa, tão pequenina, no seu colo, já era uma pessoa abençoada.  Nosso Senhor Jesus Cristo estava ali, reinando no seu ser, como gostaria de reinar nos seres de todos nós. 

Logo após o batismo, tendo seus pais e padrinhos renunciado a todo o mal  em seu nome, e pedido à Igreja que usando do seu atributo ("Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu” e tudo o que desligar­des sobre a terra será também desligado no céu.” - Mt 18, 18 -)  de ligar ao Céu aquela pessoa, pelo Sacramento do Batismo, o Espírito Santo  vem habitar naquela alminha abençoada na qual repousa Nosso Senhor, com todo conforto, como Ele deseja. Lola estava adorando Jesus na alma daquela criança abençoada. Ela sabia o que acontecia na sublimidade daquela ocasião.

Portanto, Lola estava contente e feliz. Quantas pessoas foram motivo dessa a alegria para a nossa santa? Quantas receberam a graça de a ter por madrinha de representação, a pessoa que a representa, que a apresentou à Igreja de Cristo, à toda a Corte Celeste, e às  almas do Purgatório, como quem diz; “Olhem que alegria, temos mais uma pessoa conosco. O Reino de Deus está mais rico. Esta criança é motivo de grande alegria no Céu, na Terra e no Purgatório. Com todos os padrinhos acontece isso, em relação a seus afilhados. Mas ter uma pessoa  que viveu a santidade como madrinha, é um carinho especial de Deus.

Essa  madrinha também continua a acompanhar a evolução desta alma, a se alegrar com seus progressos, a regar com suas orações as suas necessidades. Se já o fazia tão bem na terra, imagina estando agora no Céu, sem nenhum limite material que a impeça de estar com seus afilhados, compadres e descendentes de seus amigos, ao mesmo tempo em que repousa, feliz e contente, no Coração de Jesus?

O contato com a Lola, que antes era bem difícil agora nos é fácil, fácil. Basta lhe dirigir um pedido, por meio da comunhão dos santos. Se for diante do Santíssimo Sacramento então, é certeza de  ser ouvido/a. 

Uma foto, aparecida de repente, tem tanto significado para quem cultiva a vida espiritual, a vida onde estão guardadas as verdadeiras riquezas, as que nos fazem felizes, realizados como seres humanos completos e atuantes,  em todas as esferas da vida. 


Você conhece alguém que é afilhado/a da Lola? 

domingo, 23 de junho de 2019

Pe. Mateo Crawley-Boevey, um dos grandes influenciadores da Lola










O Sagrado Coração de Jesus não se deixa vencer em bondade e misericórdia. Sabendo que as dificuldades aumentariam na renhida e constante luta pelo Reino de Deus, cada vez mais atacado pelas forças do inferno, e como consequência desses ataques os filhos de Deus têm-se apresentado cada vez mais fracos, e pobres em virtudes, ele fez aparecer, no nosso tempo a internet.

Talvez como resposta ao silêncio imposto às maravilhas de bons exemplos vindos dos santos, durante dois milênios de vida eclesial, pelas forças que querem submeter o mundo todo, até mesmo a Igreja de Cristo, ao domínio de Satanás,

Parece que ainda ontem a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola, estava entre nós, numa presença oculta, invisível, mas real e concreta para o povo de Rio Pomba e redondezas.

Ao mesmo tempo parece que foi há séculos que ela esteve entre nós. As novas gerações, acostumadas à pregações que enfatizam o amor fraterno, a necessidade de acolhida ao irmão, à partilha do amor e dos bens materiais, quase não têm mais referências naturais ao amor de Deus, aquele do primeiro mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. 

No tempo da Lola entre nós, até há três ou quatro décadas, esse amor era tão simples e natural, que era sentido desde as crianças na mais tenra idade, até à pessoa de idade mais avançada. Ninguém passava por grandes necessidades porque tinha, à sua volta, Amor de sobra. Deus, o Verdadeiro Amor, estava presente na maioria das pessoas e seu reinado era dominante. 

Apesar das mudanças sofridas na nossa religiosidade, o Sagrado Coração de Jesus "da Lola”, é o mesmo de antes, e o será sempre. Continua atendendo seus miseraveizinhos com mesmo desvelo, com o mesmo amor que o fazia através das diligências da Lola; as espirituais, na sua contínua oração, e nas materiais, com o seu frutuoso apostolado que acontecia a partir do seu leito de paralítica. Basta que encontre um coração com uma abertura, por pequena que seja, que Lhe permita o acesso. 

Num tempo de tanta secura espiritual ele nos traz o conhecimento da pessoa do Padre Mateo Crawley-Boevey, o autor do livro “Hora Santa”, que a Lola mandava imprimir e  distribuir gratuitamente.  

No YouTube, descobrimos  a narrativa de uma palestra que ele teria feito num mosteiro, para monges trapistas. Ao ouvir a leitura da narrativa do monge que assistiu a palestra do padre Mateo, conseguimos ver nela a própria humildade e fecundidade apostólica da nossa Lola, como obra do seu adorado Coração de Jesus. 

É encantador ouvir a linda narrativa. Ela reascende em nós aquele espírito de Paz, Amor e Alegria que o próprio Jesus promete aos devotos do seu Sagrado Coração. Podemos ver que é real aquilo que vivemos na infância e na juventude, que o Reino de Deus e o prestígio da Sua Igreja está alicerçado nas orações e vidas de inúmeras almas humildes e desconhecidas, pecadoras como são as nossas e eram as de nossos avós e pais.  Estas, eram tão seguras pela misericórdia do Sagrado Coração de Jesus que conseguiam passar adiante o bastão da Verdade e da Sabedoria cristãs a seus filhos e netos; fazendo perceber um futuro de grande esperança. 

Dessa visão de futuro baseada na fé vivida, que forjava os acontecimentos da vida real, descansava a Paz, o Amor e alegria, reais e naturais que os mais velhos de nós puderam vivenciar.

Mas, quando poderíamos pensar que tudo estava perdido, que tudo aquilo que acreditamos ter vivido fora uma fantasia da nossa imaginação, aparece o vídeo do YouTube: “Como o Padre Pio viveria o mês do Sagrado Coração de Jesus”, da Associação Regina Fidei, que maravilha!

 Com uma pesquisa no Google encontramos a rica biografia do Padre Mateo Crawley-Boevey.  Descobrimos que ganhamos mais um intercessor no Céu, para a nossa Causa, uma vez que a santidade da Lola  deva muito, também, à obra de apostolado tão produtiva e profunda. Impossível deixar de pensar que o Padre Mateo também merece a honra dos altares. Nossa Mãe Igreja transpira santidade, pena que temos tido pouco acesso a tantos ricos exemplos.

Neste mesmo link encontramos as 15 meditações do Livro distribuído pela nossa Lola: “Hora Santa”. Agora todos nós podemos atender ao pedido de Jesus à Santa Margarida Maria Alacoque em Paray le Monial: 

“Todas as noites de quinta  para sexta-feira, te farei sentir a tristeza moral que eu quis sofrer no Jardim das Oliveiras; essa tristeza te fará, se que possas compreender, experimentar uma agonia mais difícil de suportar que própria morte. E para te unires a mim, na humilde súplica que então apresentei a meu Pai em meio de todas as minhas angústias, te levantarás desde as onze horas até a meia noite, para te prostrares, durante uma hora, comigo, com o rosto no chão, tanto para abrandar a cólera divina, pedindo misericórdia para os pecadores, como para suavizar de algum modo a amargura que senti no abandono dos meus apóstolos, que me constrangeu a censurá-los não terem podido velar uma hora comigo. E durante esta hora farás o que vou te ensinar.”

Em outro lugar, diz a Santa: “Ele disse-me, naquele tempo, que todas as noites de quinta para sexta-feira eu deveria levantar-me à hora que me tinha indicado, para rezar cinco Pai-Nossos e cinco Ave Marias, prostrada em terra, e fazer cinco atos de adoração, que Ele me ensinara , para Lhe prestar homenagem na extrema angústia que sofreu na noite de sua Paixão.” - Trecho da introdução do Livro "Hora Santa". -

Ainda que não as façamos todas as quinta-feiras, podemos fazê-las todas as primeiras quinta-feiras, com a devida meditação de cada mês, como o faziam tantos devotos do Sagrado Coração de Jesus, no tempo da Lola.

Com certeza, as graças que receberemos serão ainda maiores, uma vez que nosso apostolado de oração, e reparação, será fruto do apostolado de tantas almas humildes e devotas que fizeram essa reparação nos tempos passados. Elas, também, serão nossas intercessoras, porque sentirão grande alegria  ao ver os frutos do seu apostolado sendo profícuos para o Reino de Deus.

Tudo por Vós, ó Sagrado Coração de Jesus!



Assista ao vídeo “Como o Padre Pio viveria o mês do Sagrado Coração de Jesus”:




quinta-feira, 20 de junho de 2019

Lola é um verdadeiro Milagre Eucarístico

 Lola e seu diretor espiritual padre Paulo Dionê Quintão.  A autoria  da fotografia me é desconhecida


Lola é um verdadeiro Milagre Eucarístico

A melhor biografia da Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola.

Somente uma alma culta, adoradora da Santíssima Eucaristia e de vivência cristã exemplar, como a de Graça Pierotti,  seria capaz de traduzir o que leu dos escritos de Claudio Reis, rio-pombense culto e de alma verdadeiramente piedosa, e do testemunho do padre Paulo Dionê Quintão diretor espiritual da Lola nos seus últimos anos. Uma leitura agradável e fiel a tudo que vimos e ouvimos falar sobre a  nossa Lola ao longo todos os nossos muitos anos.

Que Deus seja bendito e adorado pelos carinhos com que nos faz re-descobrir peças do seu inesgotável tesouro de graças.

Que este texto ajude a acelerar o  processo de beatificação da nossa Lola, uma vez que é baseado em dados concretos e escritos por pessoas ilibadas  e de comprovada  fidelidade à Igreja.  

No  seu livro “Milagres e Testemunhos Eucarísticos” a, publicado em 2006, a escritora Graça Pierotti, dedicou 10 páginas para falar sobre a nossa Lola.


Eis o que ela escreveu, da página 196 à 205 :


“Floripes Dornelas de Jesus, - Lola

Em resposta à informação  sobre os acontecimentos em torno de Floripes Dornelas de Jesus, o órgão do Vaticano comunicou (1992) que, “vivendo exclusivamente da Santa Eucaristia, só havia registro de cinco casos; dois dos quais radicados na Europa e, da Três Américas um único caso: o de Floripes Dornelas de Jesus”, a nossa Lola, como é mais comumente conhecida.

Para apresentar aqui a extraordinária vida de Lola, apesar de nossa muitas pesquisas, conseguimos apenas o material que nos enviou Norma Gribel, irmã da extraordinária Maria Helena Gribel, que na sua longa e dolorosa luta contra um câncer, levou com alegria e entusiasmo tantos e tantos pacientes na Clínica São Carlos (RJ) à fé e ao amor a Jesus crucificado. Do referido material utilizamos aqui uma ótima “Pequena biografia de Floripes Dornelas de Jesus”, de autoria de Cláudio Reis, ainda datilografada em vinte e cinco páginas, e uma outra folha, igualmente datilografada, intitulada “Simples e profundamente bela ( refere-se à vida de Lola) assinada pelo Padre Paulo Dionê Quintão - Vigário Episcopal; e sete páginas soltas, com testemunhos de graças recebidas por intercessão de Lola.

Lorpices Dornelas de Jesus nasceu em 27 de junho de 1013, última dos treze filhos ( seis homens e sete mulheres) do casal Joaquim e Deolinda Dornelas de Jesus. Floripes, ou melhor, Lola, como sempre fie e ainda é conhecida, nasceu em Mercês, estado de Minas Gerais.

Boa família roceira, cristã, simples e trabalhadeira; casa de fazenda grande no meio do terreno, cercada pela paz, belezas e riquezas da natureza que tão bem fazem às almas. Cada membro da família tinha suas tarefas diárias, distribuídas pelos pais, para o bem de todos; uns no campo, outros, as moças, nas lidas da casa. 

Ãs 18 horas terminava o trabalho; o chefe da casa reunia todos na grande sala dos antigos casarões e, com grande devoção, recitava o Rosário da Imaculada Virgem Maria. Foi este terço rezado em família que fez nascer na menina caçula uma devoção especial a Nossa Senhora, de tal sorte que ela dirá, aos 19 anos, ao ingressar na Congregação Mariana: “dia feliz em que me aproximei do altar para receber a fita de Filha de Maria; que alegria senti no coração!”Aos domingos iam todos à Missa das 8h na Igreja matriz de São Manoel do Rio Pomba e todos comungavam.

Certo dia, Lola, já moça com 19 anos, ao subir bem no alto de uma jabuticabeira para colher os melhores frutos, se desequilibra num galho mais tênue que se verga e a faz escorregar de galho em galho até cair sobre uma cerca de bambus  que passava sob a jabuticabeira. Desmaiada foi levada para casa onde o pai chamou o médico. A moça volta a si com dores lancinantes, ferimentos e forte hemorragias. Logo foi contatada que alemão atingira terminações nervosas da coluna vertebral com consequente paralisia dos membros inferiores.

Rodeada pelas atenções e carinho dos seus, Lola foi submetida a toda sorte de tratamentos. Nenhum lhe devolveu os movimentos dos membros inferiores; os remédio, para minorar as dores, causavam-lhe náuseas e vômitos e as injeções muitas vezes voltavam pelo buraco da agulha.

Variavam a alimentação na esperança de uma melhora, mas aos poucos tiveram que desistir; ficou reduzida a um caldo de cidras que também teve que ser abolido. Além de não se alimentar e nada beber, Lola também não sentia mais sono. Mas, para a surpresa geral, não estava definhando, pelo contrário, revelava-se cada vez mais lúcida e até bem disposta, apesar das dores que, em vez de obstáculos, eram encaradas com certa alegria. 

É que Floripes foi procurar e achou a verdadeira saúde, o verdadeiro vigor do seu ser na oração, alimento e vigor das nossas almas, princípio espiritual e fundamento do nosso ser. Ah! Se em vez de tantos cuidados, receitas, remédios, ginásticas, dietas, regimes e até cirurgias - algumas bem perigosas - para melhorar a saúde, o bem estar e beleza do corpo, despendendo rios de dinheiro, tempo precioso, propaganda de toda sorte, etc, cuidássemos mais, ou, primordialmente, de nossa vida espiritual  - princípio vital de nosso ser humano - quão mais felizes seriamos nós!

Foi o que nossa Lola descobriu. Rezando, meditando e lendo sobre a vida dos santos ela vai encontrar a pérola rara das parábolas do reino ( Mt 13, 44), o único necessário na vida, que Jesus nos ensinou ( Lc 10,42).

Começa por dar um sentido aos seus sofrimentos, oferecendo-os para a salvação de sua alma e depois a de todos aqueles que  a procuravam. Com o consentimento do seu vigário, Padre Gladstone Batista Galo, suspende qualquer alimentação para viver somente da Eucaristia, que ele lhe levava diariamente. Manda retirar o colchão de sua cama e, sobre tábuas, recostada sobre almofadas ficará ela pelo resto de sua vida (mais de cinquenta anos).

Eram tantas as provas de um clima de tatos espirituais envolvendo Lola, que facilmente se constatava a veracidade das palavras de Jesus: meu corpo é verdadeiramente uma comida.

Para afastar qualquer dúvida sobre o jejum absoluto de Lola o Padre Vigário organizou uma equipe de senhoras de sua inteira confiança que por algum tempo se revezaram, dia e noite, junto a paralítica  e confirmaram que realmente Lola não tomava nenhum alimento.

Ãs orações, leituras de livros de espiritualidade e de vida de santos Lola intercalava trabalhos manuais: bordados de minúsculas flores e ramos montados com paciência e perfeição que causavam admiração, e hoje são relíquias de estimação para os que as possuem.

Entregou-se aos cuidados de sua Mãe do Céu e esta aos poucos a foi levando ao Sagrado Coração de Jesus. Lola compreendeu, então, que estava irremediavelmente presa àquela torrente de amor que jorra incessantemente do Rei e Centro de todos os corações: o Sagrado Coração de Jesus. E por Ele a paraplégica vai trabalhar arduamente \, alegremente, serena e perseverante, pelo resto de seus dias.

Com o correr dosa anos, os irmãos foram casando, constituindo família e deixando o grande casarão. Uma das irmãs entrou para a congregação das Servas do Sagrado Coração, sediada em São Paulo. Outra, Dorvina, resolveu dedicar-se inteiramente à irmã paralítica, compreendendo que, através do eu sofrimento, Deus parecia querer mostrar ao mundo materializado a beleza, a força, da fé, a alegria, a paz e a felicidade daqueles que se entregam à sua santa vontade.

Se Dorvina compreendia a santidade da irmã, esta também compreendia a grandeza do  desapego de Dorvina. Assim, ambas experimentavam a doçura das palavras de Nosso Senhor: prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão.  

No grande casarão só ficaram, então, Lola e Dorvina. Mas o movimento era intenso pois tão logo Lola entregara seus sofrimentos ao Sagrado Coração de Jesus, os parentes, as pessoas, amigas e os vizinhos começaram a procurá-la para pedir-lhe orações e conselhos espirituais; começaram também a circulara notícias de graças obtidas: curas de doenças, operações cirúrgicas que, à ultima hora, não eram mais necessárias, casais que se reconciliavam, inimizades que se desfaziam; enfim, tudo indicava uma assistência espiritual às orações e pedidos dirigidos à Lola. Mas, além de ouvir com interesse os desabafos e as aflições dos que a ela recorriam, Lola rezava com eles e até “marcava hora e dia para rezar rezarem juntas naquela intenção, mesmo que estivessem distantes”. 

A todos recebia com humilde simplicidade, “o que deixava seus interlocutores à vontade. Presença leve e atenciosa com todos, diz Padre Paulo Dionê Quintão, e continua: “possuía uma simpatia que transbordava em gestos e nas palavras; uma inteligência e uma perspicácia colocadas sempre a serviço de Deus, através do seu jeito simples de ser. Possuidora de autêntica consciência crítica, sabia muito bem discernir os acontecimentos. Sua pureza de coração emanava da graça de Deus e nunca de ingenuidade. Sofria muito, porém, não perdia a paz e serenidade. Muito mais se teria a destacar de seus valores pessoais!”.

Perto da janela do quarto de Lola beija-flores e pombas-rolas fizeram seus ninhos. Aos poucos foram ele entrando no quarto de Lola, afeiçoando-se a ela, pousando no seu leitor, diziam os mais íntimos, chegaram até a estabelecer um código de avisos para Lola: se o beija-flor apenas entrava no quarto, pousava nas flores e retirava era sinal de nada, além do quotidiano normal, aconteceria naquele dia, mas, se se ele se dirigisse à imagem do Coração de Jesus, voando em círculos, Lola podia chamar logo a Dorvina pra preparar o altar, pois o vigário estava a caminho para lhe trazer o doce Jesus Eucarístico. Era o que sempre acontecia, para a admiração de quem estivesse presente.

São muitos também os casos em que Lola, para surpresa de todos, previa acontecimentos futuros que, no tempo previsto por ela, se realizavam.

Na sequência natural dos fatos, a divulgação das graças obtidas através das orações rezada em conjunto pela pessoa interessada (mesmo à distância) e por Lola foi crescendo de tal modo que começaram a chegar ao portão da fazenda “dezenas, depois centenas, ea té milhares de pessoas”. Conta-se até que “pelos meados de 1948 o número chegou a 30 mil”.

O desejo de atender indiscriminadamente a todos que a procuravam e, mais, o abuso de repórteres, que inventavam mil meios de se introduzirem no quarto da paralítica com mini-máquinas fotográficas, levaram Lola a um sério esgotamento  e a perceber a necessidade de mudar de atitude em relação ao seu atendimento. Resolveu, então, receber somente sacerdotes. Mesmo assim, lá apareceram os insistentes repórteres disfarçados de padres.

Lola então, mandou que fechassem a porteira de acesso à sua propriedade com forte correntes e cadeados, e que as futuras visitas de sacerdotes fossem previamente marcadas.

“Aliviada em seu voluntário isolamento nem por isso se acomodou e se recolheu em meditação ou em pequenas obras de artesanato”. Ela já percebera que eram principalmente mulheres que procuravam para orações ou pedidos de orações, e que os homens, por timidez ou por consenso de que a prática religiosa era somente ou, preponderantemente, coisa de mulheres, se abstinham de qualquer participação nos atos religiosos, prejudicando, assim, seu crescimento espiritual. Com seu peculiar senso prático, no intuito de reascender a antiga devoção masculina ao Sagrado Coração de Jesus, entendeu que devia desvinculá-lo da devoção feminina. Expõe seu plano aos poucos senhores profundamente religiosos que conhecia, pede apoio de seu diretor espiritual, o padre Glastone B. Galo, e no dia 16 de agosto de 1954 era fundado, na Paróquia de São Manoel, o Apostolado da Oração masculino, com o lema inspirado pela própria Lola: Tudo por Vós, ó Sagrado Coração de Jesus.

Por esta obra Lola se desdobrou em orações, sacrifícios e mil iniciativas para incentivar, promover e divulgá-la, e de tal sorte que um anos depois já contra com 280 membros. Às suas expensas, mandou, ela própria, a confecciona, com maior esmero,, finamente bordadas, as fitas dos zeladores e zelados.

Dessa obra  surgiu, e cresceu rapidamente, outra, a da Adoração noturna no lar; com livretos escritos por padre Mateo dos Sagrados Corações, e, pouco depois, ainda outra, do Monsenhor Laureano - Honra, louvor e Glória ao Sagrado Coração de Jesus, também com livretos que, como os padre Mateo, foram doados às centenas aos que os procuravam. 

Todas essas atividades chegaram ao conhecimento do padre Romeu Ribeiro Faria SJ, diretor Arquidiocesano do Apostolado da Oração de Rio de Janeiro.  Este, indo várias vezes a Rio Pomba, ficou muito impressionado com a pessoa de Lola e coma atividade apostólica dessa paralítica, cravada num leito de dores sem comer, sem dormir, alimentando-se única e amorosamente da Eucaristia; serena e alegre, inteiramente entregue ao Coração de Jesus, que queria ver cada vez mais conhecido e amado.

Para melhorar o nível devocional dos devotos do Coração de Jesus, Lola incentivou outra publicações, além das já mencionadas e ainda traduções. Somam-se seiscentos os livros que andou reimprimir , e em todos fazia questão que fosse mencionada a jaculatória Sagrado Coração e Jesus eu confio em Vós, impressa também em santinhos distribuídos ã mão cheia. Depois da morte da Dorvina acrescentava um pedido: “lembrai-vos de Dorvina em suas orações”.

Mandando montar um oratório volante com tampa de vido contendo no interior a imagem do Coração de Jesus, que percorreria as casas de família, cremos poder dizer Lola foi pioneira dessa devoção hoje tão difundida com imagens Nossa Senhora.

Fruto de sua incansável atividade, foram também a veneração e a celebração das primeiras quinta-feiras do mês como preparação da Missa, e comunhão na primeira sexta-feira do mês pedida pelo Coração de Jesus à Santa Margarida Maria, origem do Apostolado da Oração. 

Aumentaram de tal sorte as confissões nesses dias que o padre Vigário precisou apelar para sete paróquias vizinhas, para atender ao numero sempre crescente dos que queriam se confessar. As comunhões das primeira sexta-feiras do mês chegaram a atingir a cifra de três mil e oitocentas.

Lola dedicava tosa sua incrível atividade ressaltando que tudo era feito pelo amor Coração de Jesus para que ele fosse sempre mais conhecido e mais amado; acrescentado as intenções mais importantes da Igreja: pela conversão dos pecadores, pelos consagrados nas ordens sacerdotais e religiosas e pelas famílias.

E foi assim, graças ao amor de Lola ao Divino Coração, que Rio Pomba ficou conhecida como a cidade do Coração de Jesus.

Nos últimos cinco anos de sua vida Lola teve a assistência médica do Dr. Cláudio Bomtempo. Este desde criança ficar impressionado com tudo o que ouvia falar de sua futura paciente. Desde a primeira vez que a examinou, exame demorado e minucioso, ficou intrigado com anormalidade de seu organismo, apesar dos trinta e tantos anos* que ela vivia sem comer , sem beber, sem dormir, e sofrendo constantemente  de dores lancinantes.

Consta no seu excelente livro sobre Lola, O que meu coração aprendeu, que, embora algumas vezes tenha ido visitá-la já tarde da noite, nunca a viu cansada e numa a viu bocejar. Dr. Claudio nos conta também com detalhes suas conversas com Lola. Conversas de alta espiritualidade ditas com a maior naturalidade na maior simplicidade. Assim são os santos.

Lola morreu em 1999, dia 9, primeira sexta-feira do mês de abril. “Seu sepultamento no dia 10 - diz padre Dionê Quintão - foi a festa de sua entrada no céu”, acompanhada aqui aterra por vinte e cinco padres, inúmeras religiosas e cerca de 15 mil pessoas que, na praça e Igreja Matriz  de  São Manoel, a aplaudiam demoradamente. 

A Missa de corpo presente foi concelebrada por mais de dez sacerdotes; depois, passaram em ordem e pacificamente diante da urna funerária cerca e 27 mil pessoas.

Por fim, a urna foi foi depositada sobre um carro de Bombeiros da cidade de Ubá e seguiu, acompanhada por por 15 mil pessoas, para o sepultamento “daquela que por mais de sessenta anos fora como uma lâmpada do Evangelho, que se coloca no candeeiro para iluminar uma das e que, por extensão, iluminou uma cidade, uma região e muitas outras regiões" "


Sobre a autora:



Graça Pierotti é carioca e mãe de numerosa família. Durante a juventude integrou a Ação Católica e foi assídua nos programas culturais no Centro Dom Vital, onde mais tarde tornou-se diretora.

Atuou como redatora no Bamba, jornal infantil da Tribuna da Imprensa; também foi diretora e redatora da revista Permanência , no Boletim GC  e 
ACES.

Com data experiência no ensino catequético  elaborou, aos poucos, um método diferenciado de apresentar a doutrina católica, concretizado em seu primeiro livro O que você precisa saber, com o prefácio de Dom Marcos Barbosa. A esta, seguiram-se outras publicações de doutrina e espiritualidade .Milagres e Testemunhos Eucarísticos foi escrito, segundo a autora, "em louvor ao Ano da Eucaristia”trazendo fatos ocorridos "em épocas e lugares diferentes; tendo como protagonistas pessoas distintas quanto ao sexo, idade e cultura; em circunstâncias igualmente diversas. Porém, todas apontando para um mesmo objetivo: a realidade e o poder de Cristo Jesus presente no extraordinário e transcendente mistério da Eucaristia proclamado inúmeras vezes como portentoso Mysterium Fidei!  O mistério da nossa fé.


Capa do livro:



Orelha do livro, que traz a apreciação do então Cardeal Ratzinger , o Papa emérito Bento XVI sobre seu livro "O que precisamos saber".