Uma visão cristã do PL122




No meu antigo trabalho, como comerciante de artigos de arte, convivi com muitas pessoas homossexuais, principalmente masculinas. Gostava muito de trabalhar com essas pessoas porque geralmente são dotadas de grande sensibilidade artística,  rica bagagem cultural além de muito bom gosto.

Sempre se mostravam conosco, meu marido e eu, como verdadeiros gentlemen, ou seja, pessoas educadíssimas e respeitosas. 

Como éramos todos seres civilizados, jamais o assunto sexo era abordado entre nós; tínhamos vários outros assuntos interessantes dos quais tratávamos, e as preferências sexuais tanto deles como as nossas, absolutamente, não eram relevantes e nem da conta de nenhum de nós.

De maneira que, quando é mencionado o assunto homossexualismo, sempre me lembro de tais pessoas, que conheço ou conheci, com carinho e tenho sempre muito a agradecer a Deus por benefícios que nos vieram por meio delas.

Nenhum ser humano pode impor sua maneira de ser aos outros. Entre nós criaturas, nenhuma pode se arvorar em fiscal da conduta alheia, uma vez que todas nós temos o mesmo nível de importância diante Criador Todo Poderoso, que é ao mesmo tempo Pai amoroso. Isto quer dizer que Deus está disponível a todo instante para dar atenção a quem desejar se comunicar com Ele, desde que O considere como é na realidade, Deus e Senhor de todas as situações, enquanto se observa a própria condição de Sua criatura. Noutra palavra: respeito.

É neste ambiente que um cristão de DNA católico vê a questão do homossexualismo e a lei PL 122 que tramita no Congresso Nacional e que tenciona tornar criminoso(a) quem disser algo que seja considerado desabonador para os homossexuais.

A nossa fé vê uma pessoa homossexual como um (a) filho (a) de Deus como qualquer um de nós, sujeita aos mesmos direitos e deveres. Cada pessoa considerada adulta é responsável diante de Deus por si e pelas consequências de seus atos, e essa é matéria que cada um trata diretamente com Ele e ninguém pode exercer nenhum tipo de julgamento ou pressupor algo. Já diziam os antigos: “coração dos outros é terra que ninguém vai, só Deus tem acesso.”

Assim como os religiosos têm o dever de tratar com respeito e amor cristão os irmãos que escolheram este tipo de comportamento, assim também os homossexuais têm o mesmo dever de respeitar os direitos das pessoas religiosas que, usando do mesmo direito que eles, escolheram continuar no caminho que aprenderam com seus antepassados. Ou será que todas as pessoas serão obrigadas a considerar a vida homossexual como algo desejável e elogiável?

Os homossexuais têm o direito de escolher seu caminho, mas não podem obrigar todas as pessoas a trilhá-lo ou a aceitá-lo como bom; no entanto, esse parece ser o objetivo do PH122.  Há se convir, portanto, que ninguém pode ser obrigado a considerar o homossexualismo um bem. E todos têm o direito de manifestar seu pensamento numa democracia. Em caso de excessos, de ambos os lados já existem leis suficientes para agasalhar a quem se considerar atingido ou injuriado.

Já temos notícias de diversos casos de aplicação da lei Maria da Penha em que os companheiros, (até casos de homossexuais) que sofreram agressões por parte das mulheres reivindicam na Justiça seus direitos.

Seguindo este raciocínio qualquer pessoa pode se sentir ofendida ao ver o que acontece numa parada gay, por exemplo, quando são externados ataques de todas as maneiras às instituições religiosas, e a todos os que não prestam culto a esse modus vivendi.  Ou no dia a dia, nas ruas, quando performances ostensivas e agressivas de certas pessoas em horários de trabalho e de escolas podem ser consideradas ofensas e agressões a pessoas que não obrigadas a fazer público para expressões de comportamento que podem totalmente ser aceito e elogiável por quem teria pleno direito de apreciá-los em recintos fechados.

Como estas pessoas têm o direito de manifestar seu pensamento e comportamento os religiosos também não podem ser impedidos de manifestar os seus. Tanto pensamento como comportamento.  Impedir os religiosos de se manifestarem, civilizadamente, contra constitui uma injustiça tão grande quanto a qual dizem querer defender os homossexuais. E por esse direito, o direito de se manifestar, que os religiosos ou conservadores devem lutar com todas as suas forças. Vale lembrar o que já vi escrito, mas não me lembro por quem: “Os que não lutam por seus direitos não fazem jus a eles.”

Suponho que em primeiro lugar deveríamos propor uma lei que proíba e puna a quem chamar os cristãos de homofóbicos. Este termo foi inventado por quem deseja ofender os cristãos, seguidores do Cristo que morreu por todos, e não faz distinção de pessoas. Os fóbicos são os que não podem suportar a visão de uma  família feliz que vive à luz da fé; e como de hábito deles, atribuem à vítima a condição de algoz, porque são especialistas em distorcer os fatos para tentar justificar sua carência de Deus.

Foto cortesia de Vlado, FreeDigital/Photos.net

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