Até há
bem pouco tempo, as informações
nos chegavam ao espírito como águas de um terno regato. Era possível
sorver-las gole a gole, sentindo a delícia ou dor do seu significado,
exercer a natural liberdade de confrontá-la com os conhecimentos do acervo
pessoal e escolher se queríamos ou não incorporá-la ao nosso modo pessoal de
ver a vida e viver. Hoje já não é bem assim. Novos conhecimentos e informações nos chegam como tsunamis; é preciso, então, desenvolver um processo contínuo de análise de novas informações, se
quisermos preservar a identidade do que somos diante de nós mesmos.
Parecem
ser tempos difíceis, mas não são mais do que simplesmente emocionantes. Hoje
quem deseja e luta para preservar a identidade de seus valores, se sente mais
vivo do que os personagens de seriados de ação que assistimos na TV, porque necessita da ação de todos os seus neurônios na luta
invisível que vê travada entre o comodismo de uma vida cheia de tecnologias, regada a informações
que são simplesmente engolidas como fast
food e o fascínio da inteligência em
digerir as informações de cada
dia e usá-las para fortalecer e
enriquecer o edifício virtual da própria identidade.
Há,
portanto escolha. Nenhuma pessoa hoje pode ser considerada vítima se não for
incapaz, aos olhos da natureza. Segundo novos cientistas da Linguística como o
canadense Steven Pinker e o americano Noam Chomsky, o nosso conhecimento
acontece como se o cérebro fosse um hardware
de computador e a nossa mente um software. Escolher, portanto os dados a serem
assimilados e que farão parte do nosso programa pessoal é o que caracteriza um
legítimo representante da raça Homo sapiens,
em contínua evolução.
Nós
cristãos, católicos, brasileiros e principalmente rio-pombenses, vivemos um
tempo especial em que necessitamos muito reforçar o processo de contínua
análise de novos valores oferecidos. Isto porque muitas vezes as informações nos
são oferecidas de maneira tal que simulam estar em coesão e coerência com os
valores segundo os quais fomos forjados, mas que na verdade, infringem pontos
vitais da civilização cristã que nos deu origem, os que, seguindo os instintos
naturais, temos necessidades, sensíveis fisicamente, de transmitir aos nossos
descendentes.
É muito
importante que percebamos que estamos vivendo um importantíssimo caso de
interpretação semântica entres duas concepções, no que se refere à vida
espiritual e moral. De um lado temos o que aprendemos de nossos pais e avós, da
qual temos um exemplo de plenitude, a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus,
a nossa querida Lola, e de outro a interpretação oferecida pela Teologia da Libertação
que tem como grande expoente o pretenso candidato ao altar Dom Luciano Mendes
de Almeida.
A
espiritualidade da Lola é totalmente baseada no que tem a oferecer a Igreja
Católica Apostólica Romana em dois mil anos vividos segundo a doutrina ensinada
por Jesus Cristo, Deus. O fato desta doutrina ter permanecido incólume até os
nossos dias, apesar de estar sempre aparentemente à mercê de pobres mortais
capazes dos piores pecados, já é, em si, uma prova de que Deus faz questão de Se
oferecer (como Verdade) aos que verdadeiramente O buscam de todo coração e entendimento.
A vida
da Lola e as vidas de um sem número de santos que a Igreja recebe como
modelos de plenitude, ao longo destes dois mil e poucos anos, constituem provas do
interesse de Deus por nós. E cada uma delas é um intrumento da pedagogia usada pelo Pai, em cada tempo, de acordo com a
necessidade de cada época.
A concepção
do que seja vida para os que evoluem à luz de Deus, guardando os valores
intangíveis da fé, cujo primeiro mandamento é Amar a Deus sobre todas as coisas,
e que foi vivida por Lola com toda intensidade, está muito distante da chamada
Teologia da Libertação. Entre elas existe um oceano de pareceres humanos que tenciona
enxertar na árvore da Igreja um galho da doutrina marxista pretextando focar
toda a religião apenas no amor ao próximo.
Essa doutrina demonstra considerar que toda energia humana deve ser dirigida a proporcionar bem-estar físico às pessoas as quais consideram pobres. Este foco torna-se tão ofuscante que todos os Mandamentos da Lei de Deus passam a ser estorvo para se atingir o fim de proporcionar bem-estar aos pobres, embora os critérios que classificam pessoas como pobres sejam meramente humanos e subjetivos. Este fundamento é considerado muito importante, a ponto de impedir que a lei de Deus seja atendida em situações que se tornam cada vez mais abrangentes.
Assim,
o aborto, a prostituição, o uso antinatural do corpo para obter prazeres
físicos, a insuflação de pessoas a se tornarem vândalos por invadir propriedades
públicas e privadas e o estímulo de animosidades de empregados contra patrões,
embora constituam um modo de vida totalmente adverso à maneira cristã de ver e
viver a vida, são acalentados pelos seguidores da Teologia da Libertação.
Cabe a
cada um de nós escolher o próprio paradigma entre a tradição católica, representada pela santidade da Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, Lola, ou o que representa Dom
Luciano Mendes de Almeida, candidato ao altar pela Teologia da Libertação. Fato claro é que, se um
for santo, o outro certamente não o é.
Da
nossa concepção do que seja santidade depende o nosso posicionamento.
É
importante lembrar que o assunto santidade tem a ver com Deus, o ser todo
poderoso que é capaz de se ver rejeitado pela própria criatura, por amor e
respeito a ela.
Acontece,
porém que Deus pode viver sem a criatura, mas e a criatura humana poderá viver
num mundo que rejeita Deus tão ostensivamente? Por que será que atmosfera no
planeta anda cada vez pesada? Haverá futuro para espécie Homo sapiens sem Deus, fonte e origem de sua existência?
Giselle Neves
Moreira de Aguiar
12/11/2010
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