quarta-feira, 29 de março de 2017

Quem foi a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus





A Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola, foi uma  pessoa singular na vida da cidade de Rio Pomba, MG, e  também para  inúmeros católicos que conhecem sua maravilhosa história.
Nasceu em 1912, e passou o resto do instável século XX como um alicerce da vida católica. Faleceu em nove de abril de 1999.

Como normalmente acontece a todo instrumento de sustentação, passou a maior parte toda a sua vida singular quase invisível para as muitas pessoas que a conheciam através dos efeitos da sua vida de oração. Era reclusa numa cama, num quarto de sua casa, na zona rural de uma então pequenina cidade do interior. 

Paralítica desde a juventude, vivia a sua religião Católica total dedicação. A reclusão a aproximava mais, e mais,  dos preciosos escritos dos santos, especialmente os sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus trazida à cidade pelas irmãs do Colégio Regina Coeli, filhas da então futura, Santa Francisca Xavier Cabrini

O alimento espiritual lhe saciava tanto, que ela aos poucos foi rejeitando o alimento para o corpo. Não se alimentava mais, não tomava nem água e, consequentemente, também não tinha nenhuma outra necessidade fisiológica. O sono também não lhe fazia falta, passava as noites em mais profunda oração. Recebia diariamente a Santíssima Eucaristia.

Lola sempre foi acompanhada pela assistência eclesial. O pároco da cidade, Padre Gladstone Galo,  lhe dava assistência espiritual e mantinha o então arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira, a par de tudo o que se passava com aquela especial ovelha do seu rebanho.

A fama de Lola se espalhava, e ela recebia milhares de romeiros que iam pedir sua oração para alcançar as inúmeras graças de que precisavam. Por ordem de Dom Oscar, ela deixou de receber os peregrinos  e passou a viver em contínua oração diante do Santíssimo Sacramento, que passou ficar num altar, no seu quarto, com a devida permissão do senhor arcebispo.

Mas, se era reclusa, o seu apostolado crescia enormemente,  graças ao fermento da fé e, sobretudo, da oração. A oração a induzia a levar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, a milhares de pessoas, de perto, e de longe, através dos santinhos com as marcações  das datas das comunhões  reparadoras ao Sagrado Coração de Jesus, nas primeiras sextas-feiras de cada mês. Recebia bilhetes com pedidos de orações e os respondia, com a receita infalível: a devoção sincera e confiante no Sagrado Coração de Jesus, na qual ela se aprofundava seguindo os escritos sobre Santa Gertrudes e Santa Margarida Maria Alacoque.

Através das pouquíssimas ocasiões de comunicação de que dispunha, demonstrava um grande tino administrativo na condução dos trabalhos do seu sítio, cuja renda era toda aplicada na edição de livretos e folhetos devocionários, e aquisição de imagens do Sagrado Coração de Jesus,  além de terços, e medalhas, que eram todos distribuídos GRATUITAMENTE. 

Ela vivia somente para que o maior número possível de pessoas tivessem contato com o Coração divino, e ao mesmo tempo humano, de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, portanto, humano o suficiente para compreender as angustias da existência humana, e poderoso como Deus, para curar as suas dores e dar-lhe ânimo para viver em plenitude.

A Lola, este ano fará maioridade de vida plena no Céu. No próximo nove de abril, se completa 18 anos de sua morte, acontecida em odor de santidade. E nós daqui, da terra esperamos que o Sagrado Coração de Jesus faça acontecer, o quanto antes, a sua beatificação (ela já teve sua Causa aceita  pela Congregação das Causas dos Santos, no Vaticano, tendo já, portanto, o título de Serva de Deus), e logo a seguir, sua canonização.

Tudo por Vós, ó Sagrado Coração de Jesus! 


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