Entre milhares de histórias do mundo católico que são transmitidas oralmente em sermões, catequeses e na vida familiar, existe a de um jovem francês que, considerado de pouca inteligência, que demorou muito tempo para conseguir concluir os estudos e ser ordenado padre.
Quando o conseguiu, foi enviado para um lugarejo no qual duas ou três velhinhas perfaziam o total dos frequentadores das missas.
Começou ali a exercer o seu ofício de sacerdote com naturalidade e a alegria de ter conseguido ser o que queria, segundo os critérios de sua crença. Com o tempo as pessoas foram aproximando-se, cada vez em maior número, até que chegou o dia em que vinham de todos os cantos da França.
Sua popularidade chegou à Sorbonne, importante universidade de Paris, de onde saiu um professor para entrevistá-lo, com o objetivo de fazer um estudo sobre a grande capacidade de comunicação daquele homem tão rústico.
Diante de tantas perguntas do professor que queria colocar em termos pragmáticos os mistérios da fé católica, o padre respondeu com toda a simplicidade: “Não posso explicar-lhe, o senhor é ignorante”. E o professor disse, indignado: “Como posso ser ignorante se sou professor da Sorbonne?”
Ao que o padre respondeu: “O senhor pode ser professor em muitos assuntos, mas não conhece nada de Jesus Cristo, sua doutrina e sua Igreja. Se quiser, posso lhe ensinar o catecismo”.
Este padre rústico é São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, que viveu de 1786 a 1859, o padroeiro dos padres, cujo dia a Igreja comemora hoje.
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