domingo, 12 de julho de 2015

Romaria à Aparecidinha, julho de 2015




É possível notar-se como uma gota d'água no meio do imenso oceano, e ao mesmo tempo gozar de preciosa  sensação de singularidade, na plenitude da própria  identidade.  

Tal mistura de sentimentos  é observada  numa romaria à Aparecidinha, que em Sorocaba acontece há mais de  100 anos, duas vezes em cada um. A primeira no segundo domingo de julho, que leva a pequenina imagem e Nossa Senhora Aparecida para seu santuário distante cerca de 16 Km,  e a segunda no primeiro raiar do sol do ano, quando a imagem volta para seu nicho na Catedral da cidade.

 Tal sentimento aparece ao se ver no meio de dezenas de milhares de pessoas, de todas as idades e dos mais variados perfis, unidas pela mesma vontade de se sentir filho, ou filha, de Maria Santíssima, a mãe de Jesus, o homem-Deus. Ele, que devido à perfeição divina, é o mais amoroso dos filhos, com toda certeza possui um amor filial exemplar por aquela que foi instrumento da sua humanidade. Por meio dela tornou-se humano, irmão de todos de nossa espécie. Tal  carinho, a ela e aos seres humanos, foi expresso  em duas de suas últimas frases antes de ser crucificado: apontando João, o menor dos seus apóstolos, e que representava a humanidade, disse:  – Filho, eis aí a sua Mãe. E à ela: –Mãe, eis aí o seu filho. A partir desse momento todos os humanos podem chamar de Mãe, à Mãe de Deus feito humano. E os católicos do mundo inteiro tiram proveito de tal fato.

Por isso, é deliciosa a sensação da irmandade que une os devotos de “Nossa Senhora”, a mãe do Todo-poderoso, que se torna incapaz de negar um pedido seu. Num evento como tal romaria, semelhante a milhares que acontecem em todo o planeta, não  se observa nenhuma disputa, nenhuma rivalidade, nenhum tipo de contenda. Todos se sentem seguros e acalentados como filhos pequenos ao redor de uma mãe amorosa. 

Talvez seja por isso que a cada ano o número de participantes parece ser maior, e grandes avenidas de Sorocaba se mostrem inundadas  por um  mar de pessoas felizes. 


Depois de horas de caminhada,  em espírito de alegre recolhimento e espalhando milhares de Ave-Marias, a volta nos ônibus lotados é uma verdadeira confraternização de pessoas da mesma fé. Agora riem e comentam como são felizes, como é necessária a fé em tempo tão difícil, como é preciso rezar e pedir ajuda de Deus por meio de Nossa Senhora, que é mãe. Com certeza, ela  usará o poder que lhe foi dado, de enternecer o coração de Deus, para defender e proteger os seus filhos.  Consideram que a própria romaria  seja um sinal deste fato. Todos comentam como saem dela mais fortalecidos,  restaurados em suas  dores, alimentados e refeitos na atmosfera leve de um ambiente  sagrado, numa verdadeira irmandade de filhos da mesma Mãe.
































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