sexta-feira, 13 de junho de 2014

Participação popular e facções - Roberto Romano


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“Só anjos ignoram que os ”movimentos não Institucionalizados” têm líderes, ideólogos, agenciadores. Dilma busca um Estado nas dobras do Estado. Ninguém, em movimentos desprovidos de instituição, 
assume a responsabilidade  oficial, ou seja, diante do povo soberano, pelos erros nas decisões. O caso de um deputado paulista, popular graças aos recursos de campanha, é importante. O político recebeu um mandato nas urnas e guarda relações  enigmáticas com “movimentos não institucionais, os perueiros,  que têm elos “não institucionais” com… setores que operam na margem da lei."
                                                                      
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"O decreto presidencial lembra um texto a ser lido pelos imprudentes: Estado, Movimento, Povo, de Carl Schmitt. O poder, segundo o jurista, se divide me três setores: o povo inerte que diz “sim”ou “não” plebiscitariamente e segue o partido, que, por sua vez, segue o líder ( princípio da Führung), mantendo
o Estado. Schmitt deseja conselhos de líderes, eleitos ou escolhidos pelo Führer...

No despotismo dos que imperam sem responsabilidade pública, decidem as facções. Com seu decreto,o próprio governo se transforma em facção, esquece um compromisso com o povo na sua totalidade soberana. De um lado, a Secretaria da Presidência e, de outro, os almejados tentáculos do Executivo.Se houvesse algo democrático no decreto, ele seria discutido amplamente com a sociedade, depois enviado ao Legislativo. O resto é propaganda."



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