domingo, 29 de junho de 2014

São Pedro, retratado por Bruno de Giusti na Catedral de Sorocaba



Fotos do afresco de Bruno de Giusti na Catedral de Sorocaba


               A personalidade de São Pedro não é difícil de ser detectada nos livros dos Evangelhos e no dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia. O pescador escolhido por Jesus para chefiar a sua Igreja manifestava grande intensidade em tudo o que vivia. Era impulsivo, entusiasmado, espontâneo e verdadeiro. Essas características se mostram presentes em diversas ocasiões, como, por exemplo, quando quis impedir que Jesus lhe lavasse os pés na última Ceia, quando Jesus o impôs como condição para estarem juntos, pediu que lhe lavasse também as mãos e a cabeça.
               
No jardim de Getsêmani, quando os soldados vieram prender Jesus, Pedro, com uma espada,  decepou a orelha de um deles, que foi imediatamente  restabelecida  pelo Mestre. Ele e João foram os únicos que seguiram Jesus após a prisão, porém, como Ele havia predito, negou-o por três vezes. Jesus parecia apreciar a espontaneidade de Pedro, isto o tornava mais confiável; assim, a tríplice negação foi substituída por três confirmações de amor ao Mestre.
               
Depois da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, Pedro mostrou-se intrépido na pregação do Reino de Deus. Por isso foi preso e açoitado várias vezes. Sua morte foi ainda mais intensa em sofrimento do que a do próprio Cristo. Condenado, em Roma  ao  mesmo tipo de morte que Jesus,  disse não ser digno de morrer como o Mestre e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo. Foi esta a cena escolhida pelo artista  Bruno de Giusti para retratar a pessoa de São Pedro,  no afresco de sua capela na Catedral de Sorocaba. O humilde pescador que amou a Jesus, mais que os outros, e viveu para confirmar este amor tão intenso, tanto na vida como na morte.

Giselle Neves Moreira de Aguiar

Texto do livro: A Arte Sacra de Bruno de Giusti - Comunicação e Cultura na Catedral de Sorocaba (inédito)



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