Certa vez, uma pessoa estava muito aflita com uma ferida. Procurou então a Lola, como era chamada a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, e pediu suas orações. Ela, com a simplicidade que lhe era peculiar, disse:
-- Tenha calma, você não vê aquela chama naquele vidro de óleo junto do sacrário? É a chama que indica a presença viva de Deus, de corpo presente, na hóstia consagrada. Vá até ali, molhe seu dedo naquele óleo e passe no local, perto da ferida, como sinal da luz da Verdade que o Sagrado Coração de Jesus está presente, junto a você, assim como está no sacrário. Confie então que você e sua ferida estão aos cuidados d’Ele! O Deus Todo Poderoso proverá todos os recursos que se fizerem necessários, com certeza, você ficará bem!
Em pouco tempo aconteceu a cura.
De lá para cá, esse óleo ganhou fama.
Mas, o óleo da lâmpada da luz do sacrário do quarto da Lola passou a ser somente o óleo da Lola, devido a uma razão muito simples: a conhecida maneira dos mineiros gostarem muito de resumir e apostrofar tudo “né mês”?
E até hoje continua a ser muito usado como veículo (sinal de unção) de cura para dores do corpo e da alma.
Segundo Myriam Rodrigues Vieira, afilhada e assídua colaboradora de Floripes ( primeira presidente da AACL- Associação dos Amigos da Causa da Lola) no último janeiro antes da morte de Floripes, as senhoras Jelza e Rita trouxeram-lhe cerca de vinte litros de óleo de mamona (usado antigamente nas lâmpadas de sacrário) para dar continuidade ao seu costume de distribuí-lo. Eles foram bentos, no dia dois de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias, pelo padre Paulo Dionê, seu diretor espiritual, seguindo o costume e o gosto da hoje Serva de Deus.
Continuando fiel a esses mesmos costumes e gostos da madrinha, a fiel Myriam sempre completa o volume com óleo novo toda vez que o nível chega à metade. Assim tem sido distribuído até hoje e inúmeras graças continuam sendo alcançadas pela fé!
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