Hoje conversei com Maria José, uma pessoa que
tempos atrás seria conhecida como “irmã de caridade”,
uma pessoa consagrada ao
serviço de Deus na pessoa
do irmão necessitado.
Antigamente essas pessoas eram facilmente distintas
das outras, separadas pelo seu hábito, uma vestimenta
pesada,
inadequada para o clima tropical de nosso país.
Todos se sentiam à vontade na presença de uma
irmã de caridade,que era sempre uma pessoa despojada,
totalmente livre de qualquer amarra que pudesse dificultar
o seu serviço que consistia em aproximar as pessoas de Deus.
E era sempre Ele que tinha e dava solução para qualquer tipo
totalmente livre de qualquer amarra que pudesse dificultar
o seu serviço que consistia em aproximar as pessoas de Deus.
E era sempre Ele que tinha e dava solução para qualquer tipo
problema.
Na maioria das vezes "as irmãs" como eram chamadas
atuavam como os braços e mãos do Altíssimo,
executavam qualquer serviço, sobretudo
de enfermagem no atendimento aos portadores de
qualquer sofrimento, mas
principalmente os sofrimentos do
corpo.
Seu reduto eram os hospitais que eram chamados Santas
Casas de Misericórdia, onde não era necessário nada
para ser
admitido como paciente, a não ser a necessidade.
As irmãs viviam da misericórdia divina e eram pródigas em
reparti-la com todos, afinal, a misericórdia não era delas mesmo!
A fonte inesgotável ficava na capela do hospital, mais precisamente
no sacrário, era o Próprio Deus em pessoa!
Quando as dificuldades aumentavam, era ali que elas detinham
mais a sua atenção. Quantas vigílias de oração por essa ou
aquela
necessidade! Porém todas eram resolvidas com os
recursos que Deus lhes dava: fosse enviando um médico para trabalhar
recursos que Deus lhes dava: fosse enviando um médico para trabalhar
de graça ou lhes dando coragem, simplicidade e
humildade para
pedir recursos às pessoas
mais ricas.
Em muitos lugares, a fonte das doenças era a subnutrição e
mesmo a fome.Ai, a enfermeira de Deus pedia,a quem pudesse dar,
todos os dias, ingredientes para um santo remédio: uma sopa .
todos os dias, ingredientes para um santo remédio: uma sopa .
A essa sopa muitos devem o fato de hoje estar vivo e saudável,
ou mesmo a própria "origem" , porque sem a existência dela
muitos pais ou avós poderiam ter morrido na infância,
como tantos “anjinhos” de antigamente, que iam desta vida
por qualquer
desarranjo intestinal ou gripe, devido à subnutrição.
Ai, como me sinto grata a Deus por ter conhecido uma assim,
a Irmã Luíza, com seu "chapéu" tão diferente e tão familiar!
Mas Maria José, uma pessoa da minha geração (quase nos 60),
não traz a alegria, nem a risada gostosa das irmãs de caridade
que
conheci.
Ela é “missionária” em qualquer parte do Brasil,
Ela é “missionária” em qualquer parte do Brasil,
veio para fazer uns
exames e cuidar da saúde. Trabalha na
paróquia com a catequese, mas se dedica
mesmo é
ao “trabalho social”, que, segundo ela, anda muito difícil por
causa
dos políticos e da concorrência dos evangélicos.
Pergunto: Senhor, é este o fruto do trabalho de Vos tirar do trono
e colocar os pobres no vosso lugar?
O que foi feito dos vossos pobres Senhor, a
quem o Senhor
tratava com tanto desvelo e carinho pelas mãos das
irmãs de
caridade?
Eles foram roubados, Senhor, os mais pobres foram
roubados, caíram numa triste cilada. Disseram para eles
que são muito importantes,
que têm direito a inúmeros
bens materiais, que os bem sucedidos são ladrões e
que
são obrigados a dividir com eles todos os bens.
Roubaram-lhes, pelo tempo de mais de uma geração,
a lembrança da Vossa Onipresença, do Vosso Amor e da
vossa Verdade.
Muitos, Senhor, entre os que se diziam enviados vossos,
combatiam (combatem) o amor do povo a Vós, com
críticas
ferinas, verdadeiros deboches; o foco do seu
serviço missionário estava ( está ) em
despertar o povo contra
os seus “exploradores”.
Agora o povo se esqueceu de Vós, cada pessoa anda
centrada nos seus direitos, e é cada vez maior o número
dos que acreditam que
basta desejar para se ter algo,
não importando que meios possam ser usados para
consegui-lo. Todo erro é desculpado, até abençoado. . .
Quanto a Vós Senhor, existem, até mesmo entre
os que
ocupam altos cargos no vosso serviço, os que Vos
consideram como instrumento
de manipulação do
povo, portanto, algo a ser combatido.
Como ficam as “Marias Josés” de hoje Senhor?
As missionárias que não se sentem bem, à vontade, numa
As missionárias que não se sentem bem, à vontade, numa
Santa Missa celebrada com piedade e verdadeira devoção?
As que estão com os corações endurecidos por
As que estão com os corações endurecidos por
tanta ideologia que divide o vosso povo disseminando o rancor.
Elas não conseguem mais sintonizar-se com as práticas de
piedade sobre as quais ouviram tantas
críticas e muitas, e
muitas, delas até mesmo as combateram!
Abri os vossos braços, Senhor, acolhei a todas elas, que
agora são os vossos
doentes cuja doença é passageira,
nada
que não possa ser totalmente alijado pela simples
manifestação da Vossa
inefável Presença, na qual nenhum
mal prevalece, entre eles o erro. Todos os
erros dos que
se consideram vossos são reparados pessoalmente por
Vós mesmo , em pessoa.
Para os que são realmente vossos, Senhor, até mesmo o
pecado pode se tornar fonte de bênção, desde que seja
entregue, pelo pecador confiante,
aos Vossos cuidados.
Esta é uma experiência concreta vivida por inúmeros santos
da vossa Igreja.
da vossa Igreja.
Que cada um deles interceda por nós, Amém!
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