HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade
que parecia feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando
Perto da janela havia um pequeno jardim seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.- Cecília Meireles : A Arte de Ser Feliz -
Tela de Telma Foelkel
Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.- Cecília Meireles : A Arte de Ser Feliz -
Tela de Telma Foelkel
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