terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As dificuldades

                                                      Autora: Santa Madre Cabrini
                     
   Texto extraído do livro:
Santa Francisca Xavier Cabrini- Mãe dos emigrantes-
                        Compilação de Ângela Martignoni-
         Edição: Companhia de Livros Religiosos da Cidade do Vaticano- Nova York, EUA.

       De uma carta escrita em 1895.
           
           “Dificuldades, dificuldades! Que coisas são, filhas, as dificuldades? Brinquedos de criança, aumentado pela nossa fantasia, não ainda habituada a fixar-se e mergulhar-se em Deus, onipotente.
            
             Perigos, perigos! Que são os perigos? Fantasmas que surpreendem as pessoas que, que dedicadas a Deus, ou supostamente dedicadas a Ele, vivem, no entanto, segundo o espírito do mundo, ou ao menos com muitas cintilações do espírito mundano que, a guisa de brasas debaixo das cinzas, saltam para queimar, a cada soprar de vento contrário.

  É necessário então, então, filhas, que nos invistamos do verdadeiro espírito, que vivamos uma verdadeira vida de fé e fé viva. É necessário que não mintamos nunca a nós mesmas e que sejamos sempre féis à graça que nos acompanha em qualquer lugar.

  No santo Batismo prometemos solenemente renunciar ao mundo, ao demônio, à carne, mas tal renúncia deve ser verdadeira e provada a cada dia com a ação. Vivenciando a religião dizemos muitas vezes: “Eu estou crucificada para o mundo e o mundo está crucificado para mim.” Mas isto não deve ser uma palavra vazia de sentido. Na realidade devemos viver como pessoas de uma nação santa, que não mais pertence ao mundo.

  Pegando o crucifixo da Missionária, dizemos com todo o entusiasmo da alma fervorosa: “Estou disposta a dar o meu sangue por Cristo, chamarei bem- aventurado o dia em que me será dado sofrer pela salvação das almas e pela glória de Deus.”

  Palavras sublimes! E quem faltará a tal juramento pronunciado com tanto fervor?

 Filhas, meditemos profundamente na sublimidade do estado para o qual Deus nos chamou, que é o de cooperar com Ele na salvação das almas! E diante de tais considerações, não poderemos jamais faltar às nossas promessas e nos aviltarmos por causa das razões do mundo.

 “Mas eu estou fraca”. Com Deus tudo se pode, e Ele não falta nunca à alma humilde e fiel.

 “Mas eu sou frágil”. Se você for humilde e constante, Deus será sempre a sua fortaleza, e, feita forte da fortaleza de Deus, do que temerá?

“O demônio é terrível!” O demônio é um cão amarrado, que não nos pode machucar, nem molestar-nos, se Deus não o permite. Então a alma humilde e fiel tampouco deve temer.

“Mas eu faltei de generosidade, e às primeiras dificuldades caí, Agora não se pode fazer mais nada de bom.” Você caiu? Pois bem, humilhe-se. E no caminho da contrição, peça perdão com grande humildade e de novo prometa a Deus e a quem O representa. E depois, vá em frente com coragem mais forte do que antes, para reparar também as faltas de confiança.

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