domingo, 5 de maio de 2013

Nhá Chica é portadora de esperança!



Esperança! Novos ventos sopram na Igreja. Os católicos do mundo inteiro têm motivo para festejar a beatificação de Nhá Chica, principalmente os rio-pombenses, os amigos e os descendentes dos devotos do Sagrado Coração de Jesus “da Lola”.

           
 Lola, assim era conhecida a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, que viveu em evidente santidade por mais de 60 anos, nos quais dependia somente de Deus, sua fonte de vida e também de alimento para o corpo, pois o único alimento que recebia era uma Hóstia Consagrada, se possível, diariamente. Não precisava comer nem beber, nem dormir. Passava dias e noites na presença de Jesus Eucarístico. Tinha ordem do Sr. Arcebispo para te-lo no seu quarto. Era paralítica e jamais saiu de sua cama que no princípio era um catre, sem colchão.  
           
Do seu quarto, na zona rural de Rio Pomba, MG, exercia um profícuo apostolado da oração. Graças às suas diligências a devoção ao Sagrado Coração de Jesus atingiu inúmeras pessoas. Apesar de pouquíssima instrução escolar era, de fato, uma editora. Tomava providências para que os livretos da “Grande Promessa” e outros de meditação e piedade fossem distribuídos gratuitamente para quem deles precisasse.            

Ela faleceu em nove de abril de 1999. O povo da cidade sempre esperou que acontecesse um grande momento de valorização da fé católica logo após a sua morte, uma vez que não era mais necessário guardar o silêncio a cerca da sua vida pessoal necessário, quando ainda ela vivia entre nós, por exigência de sua grande humildade.            

Pessoas da cidade sempre souberam que seu caso era acompanhado de perto pela Santa Sé. Na visita do Beato Papa João Paulo II ao Brasil, em 1980, estiveram em sua casa alguns clérigos que estavam na comitiva do Papa; foram até lá para visitá-la e conhecê-la pessoalmente. Segundo fonte confiável, existe um documento que comprova esta visita.           

No dia 1º de julho de 2005, foi aberto oficialmente o seu Processo de Beatificação, por Dom Luciano Mendes de Almeida, com uma Missa da qual participaram fiéis vindo dos mais diversos lugares. A Mariz de São Manoel estava repleta. Neste dia foram recolhidos grandes cestos de depoimentos de pessoas comprovando sua santidade, graças alcançadas e cura milagrosas. Era mesmo um grande número. Nesse dia muitas pessoas fizeram questão de vir de outros municípios para trazer seus depoimentos assinados e comprovantes para que fossem usados como motivo e pedido de sua beatificação.

No mesmo ano, em 30 de novembro, sua causa foi aceita pela Santa Sé, recebendo o Nihil Obstat de número 2699. O fato de ter sido aceito tão rapidamente ajuda a confirmar que sua história de santidade sempre  teve permanente acompanhamento do Vaticano, por ser caso raro e tão sério . Quando seu processo lá chegou, os responsáveis pela Congregação para as Causas dos Santos já tinham ciência da sua história.            

Confiamos no Sagrado Coração de Jesus, o Deus que é Verdade, que os documentos  reunidos pelos devotos estejam guardados com o necessário respeito para com o assunto santidade. Esperamos, ansiosamente, que Ele mesmo ordene as diligências necessárias para que o povo católico se beneficie dos bens que representam o patrimônio espiritual da Lola, e todos os seres humanos possam tirar proveito do seu exemplo moral.          

 A beatificação de Nhá Chica faz brilhar mais forte a chama da esperança. Afinal, as virtudes que nela são exaltadas são as obras de piedade cristã como a reza diária do terço e todas as devoções da nossa fé, consideradas pelo catolicismo como origem, fonte, de todo apostolado voltado aos bens materiais.            

Assim sendo, o “capital espiritual” de nossa Lola é inegável até mesmo pelos mais céticos.  Pela beatificação de Nhá Chica, pela comprovada santidade da Lola, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!           

           
                                                                           Giselle Neves Moreira de Aguiar
                                                                               Sorocaba, 05 de maio de 2013.

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