Santa Zita, na história de Rio Pomba
Hoje, 27/04, é dia de Santa Zita, que para os católicos de Rio
Pomba,
MG, é uma santa
muito querida.
Gerações de rio-pombenses cresceram festejando esta santa,
cuja imagem, a de uma linda moça com o avental cheio de
flores
ficava à direita de quem estava diante do altar-mor.
Os adultos nos diziam que ela fora empregada doméstica.
Trabalhara em casa de ricos patrões que não eram cristãos;
ela,
no entanto, praticava continuamente os ensinamentos da nossa
fé, principalmente a caridade.
A tradição diz que, por sentir muita compaixão, doava as
sobras de
comida da casa aos pobres da cidade; e que, certa vez,
fora surpreendida
pelo patrão saindo de casa com o avental cheio de alimentos
para os
pobres. Ao ser
questionada sobre o que trazia no avental disse que
eram flores. O
patrão então ordenou que mostrasse as flores, cuja
existência era impossível, pois estavam em pleno rigoroso inverno
europeu. A moça então abriu o avental que se mostrou
cheio lindas e frescas flores.
. 
Com sua natural humildade e na simplicidade do amor a Deus, Zita
foi o instrumento da conversão de toda a família ao Deus que eles
sentiram tão bondoso e compassivo por meio das atitudes
da
empregada.
Por isso Santa Zita é a padroeira das empregadas
domésticas.
As empregadas e patroas de Rio Pomba eram (ainda são)
devotas
de Santa Zita. As empregadas devotas tinham sempre boas
patroas
e as patroas devotas sempre boas empregadas.
Quem precisasse de emprego pedia a Deus, por intercessão de
Santa Zita e encontrava uma casa em que se sentisse confortavelmente
acolhida, um bom emprego; quem precisasse de empregada
pedia a
intercessão de Santa Zita e recebia uma amiga como
colaboradora.
Em Rio Pomba existia (e ainda existe) patroas e empregadas
que
eram verdadeiras
amigas; talvez mais que amigas, tinham entre si
um parentesco espiritual que as unia pelo pensamento e
afeição,
desfrutavam da
unidade no amor a Deus, de um mesmo olhar
cristão
sobre tudo:
O interesse pelo bem-estar da família, o progresso de todos,
a
preocupação com a educação das crianças, primeiro os
filhos,
depois os netos. Nesta parte a empregada muitas vezes era
mais
marcante, porque continuava em casa o apostolado da
catequese
que exercia na paróquia.Cultivava o amor de Deus nos
pequenos
corações regando-os com um amor tão sincero que fazia o
adjetivo
incondicional ser absurdamente desnecessário.
Eram cúmplices, algumas patroas e empregadas de segredos
na
confecção de quitutes, verdadeiras obras de arte, que
eram vendidas
para festas e
ocasiões especiais.
Muito comum e natural em Rio Pomba era ver todas as
manhãs,
pares de empregadas
e patroas, voltando da missa matinal,
distribuindo bons-dias aos estudantes e especialmente às
crianças,
que iam para a escola, o faziam com expressões de tão confiável
bondade que infundia grande conforto às almas jovens e infantis.
À Santa Zita precisamos agradecer à bondade distribuída
às suas
devotas, de ontem e de hoje, que traziam, e trazem, nas suas fitas
azul-marinho o distintivo das virtudes forjadas no amor e
na verdade,
que fazem a diferença. São essas mulheres que constroem o
mundo.
A minha geração recebeu tal herança imaterial. Cabe-nos
agora,pela graça de Deus, vinda por sua intercessão, traduzir essa linguagem oculta para os habitantes do nosso tempo.
Que Santa Zita, no seu dia de festa, derrame sobre nós também,
o
dom da verdadeira
caridade, a que produz os benefícios invisíveis que
constituem a estrutura de um ser humano forte e digno,
simples e bondoso.
As devotas de hoje, logo mais estarão cantando, cheias de
santo orgulho, o
hino de Santa Zita, do qual só me lembro da estrofe:
Ó Santa Zita se
formos fiéis
Em abraçar contigo
a Santa Cruz
Então iremos
abraçar no céu
Eternamente a
Glória de Jesus...
Hoje eu e meu marido recebemos uma graça de Santa Zita 30/03/2013 porto alegre
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ExcluirAnônimo,
louvado seja Deus por sua graça alcançada.
Fique à vontade se quiser partilhar conosco esta alegria.
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