sábado, 8 de novembro de 2014

A censura vem aí ?


Os jovens de hoje não sabem o que é censura. Vivem um tempo de tanta libertinagem que não podem nem mesmo supor o que seja censura de pensamento, de ideias de comportamento, de postura diante da vida. 

Mas a censura aconteceu realmente em todos os níveis do jornalismo e do entretenimento cultural no tempo dos militares, quando textos, letras de música e roteiros de cinema TV e teatro eram previamente aprovados ou não, pela figura do censor, cujo cargo existia e era tida como uma influente profissão. 

Foi um tempo dolorido em que muitos justos pagavam pelos pecadores, uma vez que apenas um pequeno grupo queria tomar o Poder para implantar no país outro tipo de ditadura, a ideologicamente  antagônica: o chamado comunismo.  Perseguindo esse grupo o governo militar adquiriu uma espécie de ultra-sensibilidade  e passou a ver o demônio onde havia apenas a sua sombra. Assim qualquer manifestação poderia ser considerada subversiva e seus autores alvos de constante observação.


A tentativa militar de extirpar  o mal pela raiz fez a censura aparecer em todos os cantos. Tal fato estimulou a criatividade de artistas, tanto que só hoje sabemos que muitas das belas canções que cantávamos na juventude tinham, na verdade, um sentido oculto que remetia ao protesto contra os militares  além de loas e glórias aos regime comunista. Nesse caso, haveria espaço para um livro sobre as especulações que poderiam ser feitas sobre a manipulação da juventude pelos artistas populares, através de suas músicas com letras de duplo sentido.

A notícia da demissão da jornalista Eliane Catanhêde, pela “Folha de São Paulo”  depois de um artigo em que ela expõe as mazelas do governo recém-reeleito, reportou-me a algumas aulas do curso de jornalismo recentemente terminado. Mais especificamente de uma leitura obrigatória da unidade curricular Telejornalismo, o livro “Padrões de Manipulação na Grande Imprensa, de Perseu Abramo, publicada pela Fundação Perseu Abramo, instituída pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Falando sobre o comportamento da grande imprensa, durante a ditadura militar,  o livro  de Abramo apresenta os mecanismos de manipulação usados, segundo ele, pelas grande empresas de comunicação da época da ditadura militar (o texto foi escrito em 1988), para manter sob tutela ideológica os incautos leitores, ouvintes e telespectadores de notícias.  Segundo sua visão, o leitor, ouvinte ou telespectador é um ser no mínimo ingênuo, para não dizer otário.

Na primeira leitura do livro, feita por imposição de um professor,  o que me saltou aos olhos foi o olhar negativo sobre a imprensa. Que mau juízo fazem dos profissionais da notícia os que são considerados ícones nas escolas de jornalismo! Como alguém pode se formar para exercer uma profissão da qual faz as piores ideias? Seria como um estudante de medicina que tivesse horror a ambientes hospitalares ou  não suportasse ver  sangue.

Se o jornalismo é assim, um mal tão grande, por que o interesse seguir tal carreira? Por que insistir em fazer parte de um grupo de corruptos e corruptores? Por que se demonstra tanto ódio aos  grandes patrões do jornalismo ao mesmo tempo em que se faz tudo para estar entre seus empregados?

 Há algum tempo, muitas informações depois da primeira leitura, tenho feito uma ligação entre o livro de Abramo e uma frase atribuída a Lênin: “Acuse seus adversários de fazer o que você faz. Faça o que acusa o outro de fazer”. Podemos observar, que depois de tantos anos de governo pró-marxismo, que inclui os governos de Fernando Henrique Cardoso, as redações da grande mídia estão repletas de discípulos e ex-alunos de Perseu Abramo e seus companheiros. Desta forma, não é difícil imaginar que a máxima de Lênin tem sido aplicada, há anos, no meio jornalistico dominante. As acusações feitas às grandes empresas jornalísticas de outrora parecem  caber muito nas dos tempos atuais.

  Observemos alguns trechos do livro aplicados à mídia que temos hoje:

"Uma das principais características do jornalismo no Brasil, hoje, praticado pela maioria da grande imprensa, é a manipulação da informação.

O principal efeito dessa manipulação é que os órgãos de imprensa não refletem a realidade. A maior parte do material que a imprensa oferece ao público tem algum tipo de relação com a realidade. Mas é uma relação indireta. É referência indireta à realidade, mas que distorce a realidade. Tudo se passa como se a imprensa se referisse à realidade, apenas  para apresentar outra realidade, irreal, que é a contrafação da realidade real. É uma realidade artificial, não-real, irreal, criada de desenvolvida pela imprensa  e apresentada no lugar da realidade real." 

Essa parte lembrou-me muito os vídeos da campanha do PT na última campanha eleitoral para presidente da República, que, apesar de ser publicitária, soa como jornalismo.  Espera-se de um trabalho de comunicação nesse ramo que apresente aos eleitores as reais condições em que se encontram o país e quais são as propostas do possível governante para estimular o que for bom e corrigir o que for mal aos olhos de todos; e não a contrafação da realidade, como diz Abramo, que foi apresentada.

Segundo Abramo, os seguintes são os padrões de manipulação da imprensa; procuramos aplicá-los ao nosso jornalismo de hoje:

1- Padrão de ocultação-  Segundo Abramo: Acontece na grande mídia"um deliberado silêncio militante sobre determinados fatos da realidade."

Vale aqui, lembrar alguns exemplos:

 Nesse padrão cabem perfeitamente a demissão de Eliane Catanhêde, uma vez que  as publicações da jornalista falando sobre as mazelas do governo não seriam do interesse do jornal, que serviria de sustentação ao governo.   Cabe também o silêncio imposto aos comentários de Raquel Sherazade no  Jornal do SBT.

O Youtube disponibiliza diversos vídeos de importantes petistas discursando no chamado “Foro de São Paulo”, uma organização comunista que reúne representantes de organizações de vários países da América Latina, entre elas as FARC ( Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia) que  dizem protender fazer  daqui uma imensa Cuba. Nada disso figurou, ou figura, na grande mídia.

Só ficamos sabendo do financiamento brasileiro da construção do porto de Mariel em Cuba depois que ele foi inaugurado. Tudo aconteceu em “em segredo” principalmente o fato de tal financiamento a um país estrangeiro não ter tido o aval do Congresso, sendo por tal meio, inconstitucional, segundo doutora em direito internacional, Maristela Basso, em entrevista a Heródoto Barbeiro.

2- Padrão de fragmentação - “...todo  real é estilhaçado, despedaçado, fragmentado em milhões de minúsculos fatos particularizados, na maior parte dos casos desconectados entre si, despojados de seus vínculos com o geral,  desligados de seus antecedentes e de seus consequentes no processo em que ocorrem”… 

Aqui cabe lembrar o grandioso rombo que parece acontecer há 12 anos na Petrobrás, a maior empresa estatal do país, nas barbas dos grandes veículos de comunicação. As notícias são veiculadas à prestação, ora uma, ora outra… sem que a conexão entre elas fique bem clara para o leitor, ouvinte, ou telespectador. Quase não são vistas matérias com profundidade, que analisam os detalhes, os aprofunda  e faz conexões entre eles.  Somente uma pequena parcela da população se inteira do que realmente acontece, quais são os personagens principais e, principalmente, quais são  as consequências de tais fatos na vida diária dos cidadãos.

3- Padrão da inversão -  Diz Abramo: ”Fragmentado o fato em aspectos particulares, todos eles em descontextualizados, intervém o padrão da inversão, que opera o reordenamento das partes, troca de lugares e de importância dessas partes a substituição de umas por outras e prossegue assim com a destruição da realidade original e a criação da outra realidade.” Tudo isso pode ser admitido como uma definição de gramscismo.  Desconstruindo a realidade e formando outra de acordo com a hegemonia almejada.  

(O site Youtube tem disponível um vídeo de uma aula  sobre Gramsci, em que um professor indefinido faz um gramscismo às avessas, tornando-se um subversivo à moda da ditadura dos anos de chumbo, para explicar aos alunos outra visão de Gramsci, diferente daqueles que o cultuam. Ou talvez ele se comporte como sugere Abramo aos jornalistas na página 38 do seu livro quando afirma que: “é defensável que o jornalismo, ao contrário do que muitos preconizam, deve ser não- neutro, não-imparcial e não isento diante dos fatos da realidade. E em que momento o jornalismo deve tomar posição?  Na orientação para a ação. O órgão de comunicação não apenas pode  mas deve orientar seus leitores/espectadores, a sociedade, na formação da opinião, na tomada de posição e na ação concreta como seres humanos e cidadãos. É esse, exatamente, o campo do juiz de valor, do artigo de fundo, da opinião, do comentário, do artigo, do editorial "

Nessa parte vem a lembrança certa comentarista melíflua que tranformam notícias desabonadoras do governo em algo "nem tão mal assim" e finaliza quase jogando beijos aos telespectadores. 

4- Padrão de indução - Graças a esse padrão, que parece ter sido usado em dose tsunâmica na última campanha eleitoral pelo partido dominante, “O leitor é induzido a ver o mundo não como ele é, mas sim como querem que  ele o  veja.” 

 Aqui, a apoteose é a última campanha eleitoral da Presidente Dilma. As redes sociais estavam cheias de comentários do tipo: "meu sonho de consumo é morar no lugar mostrado pela campanha do PT".

5- Padrão global  ou padrão específico do jornalismo de televisão e rádio - O termo global é empregado no sentido de ser completo, redondo. Segundo Abramo, na radiodifusão (rádio e TV) as matérias sempre acontecem em três atos: no primeiro a exposição do fato que é notícia, no segundo o povo fala, isto é, as pessoas atingidas pelo fato-problema apresentam suas queixas e em seguida uma autoridade é entrevistada e fala das providencias que serão tomadas. Assim se passa a imagem de que as autoridades  são talentosos “resolvedores” de problemas do povo.

O exemplo vivo desse padrão são as célebres entrevistas do atual ministro Guido Mantega, dando explicações curiosas a respeitos dos, cada vez piores, números e índices produzidos pela administração federal. Raramente se vê algum jornalista contestá-lo. Todos parecem preservar primeiramente a própria imagem de politicamente correto antes do interesse pela clareza das informações que chegam ao leitor, ouvinte ou telespectador. Assim, sem serem contestadas, bizarrices ditas por autoridades soam como grandes verdades ao público.

Depois de apresentar tais padrões de comportamento da mídia, Abramo faz uma longa lista de semelhanças de comportamento entre os órgãos de imprensa e os partidos políticos no modus operandi de cooptar simpatizantes.  Menciona  como um dos motivos para tal comportamento, o econômico.   Aqui  devemos nos lembrar que, devido aos altíssimos preços do tempo  na TV e dos grandes custos da produção de alto nível de peças publicitárias, quais são, atualmente, os grandes anunciantes da grande mídia senão o o governo, seus órgãos, as empresas estatais e as autarquias? 

Abramo ressalva que “os padrões de manipulação não ocorrem necessariamente em todas as matérias e programas de todos os órgãos impressos, auditivos ou televisivos, diariamente ou periodicamente. É possível encontrar diariamente, um grande número de matérias em que esses processos de manipulação não existam ou existam em grau mínimo, e também encontrar certo número de matérias em que as distorções da realidade são frutos de erros involuntários ou de limitações naturais à capacidade de captar e transmitir  informações sobre a realidade. É possível, até, que o número de matérias em que tal ocorra seja eventualmente superior ao daquelas em que seja possível identificar a existência de padrões de manipulação. E, finalmente, deve-se levar em conta a variação da intensidade de manipulação  segundo o órgão em exame ou o assunto, o tema ou a “editoria” de cada órgão.” 

 O fato de existir o jornalismo sério faz acontecer as oportunidades de se poder, ainda, formar uma clara consciência da realidade.    No entanto, parece que cada vez mais se tem impressão de que o repórter que dá notícia (e tal fato pode ser melhor observado  entre  os da televisão, por motivos óbvios, vemos suas expressões) não alcançam a importância da notícia que transmitem, ou que,  pelo menos não fazem os devidos "links" com matérias já publicadas, às vezes  por eles próprios; e menos ainda com o que pode significar tal notícia para a vida do leitor, ouvinte, ou telespectador.   Observação que caberia no  segundo padrão de manipulação, o da fragmentação.

É no final do livro, nas suas recomendações e conselhos que Abramo descortina o pensamento a que estamos na iminência de ser submetidos e que confirmam textualmente a aplicação da máxima de Lênin citada acima:

“se estamos na perspectiva da segunda ordem de questões, isto é, na perspectiva da tendência  histórica de mudanças decisivas  e sem retorno, é fundamental antever também as principais transformações que necessariamente  deverão efetuar-se no outro polo da contradição nascente [em relação ao domínio da mídia pela burguesia]. Basicamente haverá a tendência, igualmente histórica, de a sociedade também mudar sua postura tradicional diante dos órgãos de comunicação. Essa mudança de postura  provavelmente se dará em três planos. Como são os grandes empresários da comunicação - a burguesia - que se situam na parte dominante da sociedade, às classes  dominadas caberá o papel fundamental das transformações na visão do jornalismo da população.

Num primeiro plano, as classes politicamente dominadas tenderão, cada vez mais, a desmistificar o jornalismo e a imprensa. Não mais terão motivos para acreditar ou confiar na imprensa e seguir suas orientações. Passarão identificar sua postura crítica , sua análise de conteúdo e forma diante dos órgãos de comunicação. Por meio de seus setores mais organizados, as classes dominadas contestarão as informações jornalísticas, farão a comparação militante entre o real e o acontecido e irreal comunicado, farão as denúncias sistemáticas da manipulação e da distorção. Tomarão uma das suas principais tarefas  de luta a desmistificação organizada da imprensa e das empresas de comunicação.

No segundo plano, as classes dominadas tenderão a passar a um nível superior de defesa e contra-ataque em relação à imprensa. Passarão a tratar os órgãos como eles e apresentam e se comportam, isto é, como entes políticos partidários, e não como instituições de formação e conhecimento, acima do Bem e do Mal . Exigirão que esses novos e sui generis partidos políticos sejam tratados em níveis de equivalência com os demais partidos e demais instituições político-partidárias, tenham os mesmos direitos, sem regalias especiais, e sejam submetidos a diversas formas de controle público. Consequência inevitável serão a revisão e a reformulação de conceitos tradicionais como o de “liberdade de imprensa", "liberdade de expressão “ etc. Evidentemente, o grau de intensidade dessas mudanças estará condicionado pela correlação de forças, mas os alvos perseguidos provavelmente  conduzirão a uma regulamentação  rigorosa sobre toda a atividade de comunicação, como forma de garantir o controle público sobre as empresas jornalísticas.

No terceiro plano, as classes dominadas lutarão pela transformação da própria natureza  dos meios de comunicação . Se os  órgãos de comunicação passaram de instituições  da sociedade civil [na visão de Abramo] a instituições da sociedade política, se deixaram de ser órgãos de comunicação para se transformar em entes político-partidários, não haverá mais razão para aceitá-los como institutos de direito privado, e deverão se transformar em institutos de direito político.  Em outras palavras, a parte dominada da sociedade passará a questionar o regime de propriedade privada dos órgãos de comunicação.

A tendência poderá caminhar no sentido de vedar ao empresário privado a exploração desse setor de atividades. A comunicação e, principalmente , a informação passarão  a ser objeto de exploração apenas por parte do Estado ou de instituições de direito público, sob controle público. A assunção por parte do Estado de toda a comunicação de massa e de toda a informação  também dependerá da conjuntura e da correlação das forças sociais. Para  a parte dominada da sociedade ela é tão desejável  quanto a propriedade privada dos meios de comunicação. As classes dominadas,  portanto, tenderão a lutar   pela transformação dos órgãos privados e estatais em órgãos públicos, sob formas e mecanismos que evidentemente ainda estão por ser  engendrados e desenvolvidos, E finalmente, então, o jornalismo poderá se libertar do seu pior inimigo: a imprensa tal como ela existe hoje. " 

O livro de Abramo parece conter a teoria que rege o conceito de jornalismo que tem o PT. Se encaixa perfeitamente dentro de novos conceitos, muito diferentes dos mencionados por ele no livro sendo apresentados em processo de desconstrução : “Há diferenças fundamentais entre a objetividade  e os demais conceitos. Neutralidade, imparcialidade isenção, honestidade etc. são palavras  que se situam no campo de ação. Dizem respeito aos critérios  do fazer, do agir, do ser. Referem-se  mais adequadamente  a categorias de comportamento moral. Os próprios conceitos têm caráter moralista e moralizante, e, quando conjugados aos seus antônimos, formam pares que vendem a nos convocar a um ajuizamento bom/mau, certo/errado."

 O que teriam eles, Abramo e petistas, contra tais conceitos de bom/mau, certo/errado que fazem parte  da estrutura mental da humanidade há milênios?

 O site da mesma Folha de São Paulo, tem, postado no dia 28/05/2014, um artigo “Dilma  diz ao PT que fará regulação econômica da mídia Traz os seguinte trechos: 

"Em seu mandato, Dilma engavetou a proposta de regulação elaborada durante o governo Lula, de autoria do ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social), que tratava de normatizar o setor de radiodifusão. Na época, Martins defendeu também a criação de um Conselho de Comunicação para regular o conteúdo de rádios e TV.

A ideia tinha apoio de entidades que defendiam o "controle social da mídia", mas foi amplamente criticada por representantes do setor. Para eles, a agência abriria brechas para cercear o jornalismo e a dramaturgia.”

Em recente reunião no Palácio da Alvorada, Dilma deixou claro a petistas não ter a intenção de regular conteúdo, mas sinalizou que topava tratar da parte econômica: "Não há quem me faça aceitar discutir controle de conteúdo. Já a regulação econômica não só é possível discutir como desejável", disse.

"No encontro, líderes petistas comemoraram a fala do ex-presidente Lula no encontro nacional do partido, quando ele defendeu a regulação da mídia num tom interpretado como senha para debater também um controle de conteúdo da imprensa.”

Parece que o ex-presidente Lula tem tido mais poder do que atual presidente. Pelo menos é que demonstra o controle de conteúdo que aparece acontecendo na mesma Folha de São Paulo, pelo menos quanto à Eliane Catanhêde, o mesmo que já aconteceu com Raquel Sherazade no SBT.

Parece  também  que após vários anos de poder o PT pretende implementar de vez a hegemonia do pensamento pelos moldes gramscistas  começando já a  submeter  a grande mídia a seu poder. 

Para quem não tem nenhum problema em desconstruir conceitos como neutralidade , imparcialidade  isenção e honestidade  não terá nenhum constrangimento em invocar a democracia para implantar  a hegemonia…

 Este  vídeo, foi o restou de um que era disponível no Youtube, no qual o PT explicava que precisava da democracia para por meio dela instalar a hegemonia…  Daí  podemos concluir o risco que correm os amantes da liberdade, nesta terra que um dia foi Brasil:


Considerando tudo o vimos,  fica evidente a  real  possibilidade do pleno uso da máxima de Lênin (“Acuse seus adversários de fazer o que você faz. Faça o que acusa o outro de fazer”)  no jornalismo atual e que organizações de comunicação, como a Folha de São de Paulo estariam se comportando como descreve José Arbex Jr. na apresentação do livro de Abramo: ”a  "grande mídia” constitui, hoje  - com todas as suas complexidades,  os seus paradoxos e suas contradições -, uma coluna de sustentação do poder . Ela é imprescindível como fonte legitimadora das medidas políticas anunciadas pelos governantes  e das "estratégias de mercado” adotadas pelas grandes corporações e pelo capital financeiro. Constrói consensos, educa percepções, produz “realidades" parciais apresentadas como a totalidade do mundo, mente, distorce os fatos, falsifica, mistifica - atua, enfim, como um “partido”que proclamando-se  porta-voz e espelho dos “interesses gerais” da sociedade civil defende os interesses específicos de seus proprietários privados.” 

 E, quanto a Eliane Catanhêde, seus artigos estariam em desacordo com o ethos do jornal? Ou seria pressão dos maiores anunciantes, os detentores do Poder, a razão para que a jornalista, que escrevia há longo tempo no jornal, fosse impedida de  continuar a manifestar seu pensamento, de publicar o que considera de interesse do público? Que  neologismo  haverá de  ser  criado para substituir a palavra censura? Estaria havendo o controle de conteúdo?

Como devemos nos colocar diante do que tem nos apresentado a imprensa? 

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