domingo, 18 de setembro de 2011

A lei da Palmada e o Direito Humano de educar os próprios filhos


                                          

 A preocupação com o futuro da vida no planeta Terra e com o meio ambiente nos faz levar em conta, cada vez mais, cuidados antes não observados. O que consideramos quando falamos em preservação da vida no planeta?

Fazendo um exercício de projeção, não podemos imaginar um bom futuro para o nosso planeta  se os acontecimentos atuais continuarem no mesmo sentido, se os sintomas que 
existem no Brasil ocorrem também em muitos outros lugares:

Caso passe a vigorar a lei, de projeto nº 2654 /2003, que tramita no Congresso Nacional, já conhecido como “Lei da Palmada”, os pais serão obrigados a dar os recursos materiais para o desenvolvimento dos filhos, mas não poderão exercer o direito que lhes é devido biologicamente, o de “lamber e pisar na cria” (que a neurociência deve hoje explicar com maestria). Trata-se de um direito natural, que alguns desejam revogar por meio de uma lei. 

Paralelamente, podemos observar que a evolução do reconhecimento dos direitos dos animais deu origem ao veganismo, uma maneira de viver que recusa o uso de qualquer coisa de tenha origem animal.

Se buscarmos o sentido da lógica, os seres humanos também deveriam recorrer às leis aplicadas aos animais para poder exercer o direito animal de criar os filhos segundo sua natureza.

É indevida a cobrança que se faz à espécie humana; querem obrigá-la a respeitar as mínimas necessidades dos animais enquanto a obriga a tratar os próprios filhos com se fossem anjos. Afinal, cada ser humano também é um animal como todos os outros, com grandes limitações. Não se pode cobrar dele, imediatamente, atitudes abnegadas, porque sua espécie também é dotada dos mesmos instintos e necessidades que fazem dos animais seres dignos de atenção e respeito. Tal cobrança, nos tempos atuais, seria uma 
desanimalidade”.

Uma palmada ou beliscão de alerta, entre pessoas consanguíneas, são manifestações de preocupação com o comportamento da criança,defesa natural do ambiente familiar ameaçado por um risco iminente de acontecer  um comportamento que pode conduzir a um sofrimento muitíssimo maior do que a dor de uma palmada. Da mesma maneira, beijos e abraços entre eles têm uma conotação muito mais profunda e abrangente do que a mera sexualidade, que parece andar sendo vista com lentes de aumento.

Pelo fruto se conhece a árvore. Depois que passou a vigorar a mentalidade desumana e antinatural de coibir as manifestações afetivas entre pais e filhos, apesar de as leis atuais serem suficientes para tratar os ocorrentes casos de abusos, o nível de violência em todos os ambientes das crianças, desde casa até na escola, foi grandemente aumentado. 
A insegurança induz à agressão. Pessoas sem a vida amorosa familiar se tornam cada vez mais áridas e prontas a fazer os piores juízos de seus semelhantes.

O que mais parece faltar no planeta Terra hoje é o sentido verdadeiro de humanidade, o velho e bom respeito ao filho de Deus que existe em cada ser humano. Cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus (sendo dotada de criatividade, livre arbítrio e outros dons específicos da espécie), diferente de todos os outros animais, já nasce com a capacidade de amar. Exercer este atributo é o apogeu de sua existência, que só pode acontecer se ela tiver contato com o amor para, pelo menos, reconhecê-lo.  Desde várias gerações ancestrais, o DNA humano é marcado pelo conhecimento de que o amor é Deus, Deus é amor. Mas Deus tem sido cada vez mais banido dos pensamentos e dos sentimentos humanos. 

O que fazer, então, da essência de Deus, o amor, que já vem no pacote de vida de sua criatura humana, assim como uma semente traz em si mesmo tudo o de que precisa para germinar e tornar-se uma árvore? A falta das condições necessárias, num ambiente onde prevaleça o amor e que, por consequência, pressupõe também a dor (de uma palmada, de uma correção familiar), impede o ser humano de atingir a sua plenitude, da mesma maneira que uma árvore pode não chegar à estatura que poderia ter se não estiver em condições satisfatórias.Uma tendência que tem sido observada é o fato que , na ausência de uma 
vida familiar que interaja com Deus, fonte de amor, afeto e virtudes, as pessoas têm se apegado cada vez mais aos animais, nos quais deságuam a afetividade reprimida. 

Existe um ditado que diz: diga-me com quem andas que direi quem és; talvez seja esse motivo pelo qual muitos indivíduos se agrupem em alcateias, tornando-se lobos uns dos outros, dando vazão a uma agressividade animal dirigida a seus semelhantes. Passam a tratar os animais com se fossem pessoas e as pessoas como animais.

Resumindo, o homo-sapiens precisa, como qualquer outro animal, de condições específicas à sua espécie para que possa continuar a evoluir, de uma família segundo a lei natural, contra a qual nenhuma lei idealizada por simples criaturas poderá sobrepor. Não se pode revogar a lei natural, divina, por meio de um simples decreto humano.Salvar a vida no planeta significa manter sustentável a conexão dos seres humanos com Deus, autor do projeto, origem, fonte e mantenedor de toda existência; considerando e respeitando as mais variadas maneiras de se relacionar com Ele. 

Com todo respeito aos 7% da população brasileira que dizem não acreditar em Deus, considerar as necessidades dos 93% que acreditam é uma salutar atitude democrática. Abaixo a lei, de projeto nº 2654 /2003. Abaixo a lei da Palmada!


     Giselle Neves Moreira de Aguiar

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