domingo, 3 de julho de 2016

Bruno de Giusti e seu direito autoral pela obra na Catedral de Sorocaba



A foto de cima, de Giselle Aguiar, mostra a tela de Giusti antes de ser restaurada  e agredida.
A de baixo, de Fábio Rogério,  foi publicada pelo jornal " Cruzeiro do Sul" de 13/04/ 2016,
 ilustrando a notícia do sinistro.


É doloroso quando uma notícia triste se torna mais grave quando conhecemos mais detalhes a respeito da mesma. Não bastasse saber que a principal tela de Bruno de Giusti na Capela do 
Santíssimo da Catedral de Sorocaba, a da multiplicação dos pães e dos peixes, tenha sido alvo de 
vândalos, uma dor  mais profunda veio junto com a boa notícia do seu restauro.

Na missa das oito de domingo, 03/07/2016, o pároco da Catedral, Padre Tadeu Rocha Moraes, anunciou a abertura da Capela de Santíssimo que se encontrava fechada para o restauro da tela, alvo de vandalismo. Saiba mais sobre o fato aqui. Junto com a boa notícia, de que a tela já havia sido muito bem restaurada, ele disse que infelizmente a assinatura do autor teve que ser removida.

Este detalhe é motivo de outra dor, mais profunda. O autor do vandalismo atingiu tão somente o lugar da assinatura do autor! Um detalhe intrigante. 

Tão dolorosa coincidência não pode causar um dano irreparável com relação ao patrimônio artístico de Sorocaba. Das futuras gerações não pode ser roubada a autoria desta obra tão linda e tão significativa para os cristãos de Sorocaba e do mundo inteiro, uma vez que a arte é sempre dirigida àqueles que são capazes de apreendê-la. Um tipo de riqueza que só a alma sabe valorizar. 

Diante de tão doloroso e grave fato, peço, em nome das pessoas do futuro interessadas em saber da realidade, que se restaure a assinatura do autor. Caso isso seja considerado impossível, que se coloque uma placa junto do quadro, atribuindo a Bruno de Giusti a sua autoria, assim como todas as outras obras dele que se encontram naquele templo. Além de ser um ato importante, de interesse histórico, seria também uma questão de Justiça para com o artista e, indiretamente, para com as pessoas responsáveis pela sua contratação, Mons. Francisco Antônio Cangro, Mons. Antônio Simon Sola, então párocos da Catedral, e Dom José Carlos de Aguirre, o primeiro bispo e grande benemérito de Sorocaba.



















Artigo publicado na edição de 05/07/2016 no jornal " Diário de Sorocaba

Saiba mais sobre a obra de Bruno de Giusti na Catedral de Sorocaba