segunda-feira, 4 de abril de 2016

Quinto dia da novena ao Sagrado Coração de Jesus pedindo graças, e a beatificação da Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola




Quinto dia


Oração pela beatificação  (Com aprovação eclesiástica)

Composta por Padre Paulo Dionê Quintão, seu diretor espiritual nos últimos anos, e aprovada por D. Luciano Mendes de Almeida, quando Arcebispo de Mariana (MG).

Deus Pai, que revelastes as maravilhas do Reino aos pequeninos, nós Vos agradecemos pelos tesouros de virtude e sabedoria que em vida concedestes a Vossa filha Floripes Dornelas de Jesus, Lola.

Nós Vos pedimos, pela força do Vosso Espírito, exaltai sua humildade elevando Vossa fiel serva à honra dos altares.

Concedei-nos a graça da oração e total confiança no Sagrado Coração de Vosso Filho e na proteção materna de Maria, para que o maior número de pessoas possa tê-la como intercessora e modelo de vida cristã. Amém.  



 Vida ativa

Lola tinha imensa alegria em presentear as pessoas com imagens do Sagrado Coração de Jesus. Para isso se empenhava na administração da sua pequena produção de leite com a qual adquiria proventos para custear suas despesas de devoção. 

Embora vivendo reclusa em sua propriedade rural, participava ativamente da vida da cidade. Era uma sitiante ativa, e de grande tino administrativo; fazia parte do sindicato dos produtores rurais da cidade. Do seu leito, administrava a produção de leite do sítio. Quando nascia um bezerrinho, era levado ao seu quarto para que "se conhecessem”. Os gatos e cachorros do sítio estavam sempre no seu quarto;  dizia-se amiga dos passarinhos que cantavam de dia perto da sua janela, e dos grilos e sapos que compunha sua orquestra,  à noite. Tinha grande carinho com os animais.

Usava seu tino administrativo especialmente para a causa do Reino de Deus. Todas as suas atividades eram voltadas somente para tal objetivo. Ela gostava do dinheiro do leite para comprar imagens do Coração e Jesus, imprimir livros de devoção,  e obter objetos de devoção que eram sempre  DOADOS. 

Era a grande responsável pelo incontável número de  membros do Apostolado da Oração, e pela fundação do Apostolado Masculino, que aconteceu por diligências suas. Gozava do respeito e consideração de todos, em especial dos sacerdotes que, às vezes, vinham de longe, para pedir suas orações e ter a alegria de celebrar uma Santa Missa no altar de “quarto-santuário.”


Um testemunho

(testemunho do Sr. Agostinho Lopes, publicado no Jornal “O Imparcial”, de Rio Pomba)


           " Lá no Pomba uma garotinha caiu de uma árvore e ficou paralítica numa cama para nunca mais se levantar. Filha de um sitiante, seu apelido era Lola. Já adulta surgiu o comentário que ela não se alimentava: sua única refeição era a hóstia  da comunhão que o padre Galo lhe levava toda manhã. Quando algumas pessoas que iam visitá-la disseram que tinham sido curadas de suas mazelas, o movimento foi aumentando, virou romaria, a ponto de não caber mais gente na cidade. Da árvore em que ela caiu não sobrou nem a raiz: todo mundo tirava um pedaço para guardar como relíquia. Foi notícia no Brasil todo e até no estrangeiro.

            Um dia resolvi ir lá também e depois de muita espera consegui falara com a Lola. A simplicidade do catre onde ela dormia combinava com a pobreza da casa de roça. Ela era muito magra, tinha o semblante envelhecido (não sei que idade poderia ter), mas não demonstrava sofrimento. Eu disse que não estava precisando de nada, que minha família estava bem de saúde e tinha ido apenas por curiosidade. Ela me perguntou se eu era católico e me pediu que quando aparecesse uma oportunidade fizesse uma novena de comungar toda primeira sexta-feira de cada mês. Foi passando o tempo e eu me esqueci do compromisso.

            Um dia estava fiando fumo* com os meninos quando o Luciano – deveria ter uns oito anos – se desentendeu com o Lívio e este jogou um ferro pesado que rolou e atingiu o tornozelo do outro. Não demos muita importância ao machucado. Quando acordamos no dia seguinte , vi que o pé do menino estava duro, não mexia. O tendão de Aquiles estava retesado. Fomos na mesma hora para Ubá ao consultório do Dr. Antônio Cataldo, um médico conhecido e muito competente. Assim que ele viu o estrago, fez cara de quem não gostou e disse que o menino teria que ficar uns vinte a trinta dias  fazendo fisioterapia com ele próprio, porque não tinha confiança nos enfermeiros para aquele caso.  Levei o Luciano para a casa da minha cunhada Nenzinha e no dia seguinte trouxe a Vó Mina para ficar com ele.. Fomos ao consultório e assisti à primeira sessão de exercícios. De noite, em casa não conseguia dormir, pensando que ia ter um filho aleijado e então me lembrei da novena da Lola. Era justamente de quinta para sexta. Consegui dormir um pouco até de madrugada, peguei a bicicleta e de manhã cedinho estava fazendo a comunhão com o Padre Macário.

            No dia seguinte, sábado, estávamos trabalhando na fiação de fumo e vimos chegar o Luciano e a Mãe Mina. Eles tinham vindo de ônibus até o entroncamento do Espanhol e o resto do caminho vieram a pé. O Luciano ainda pegou uma bolinha de papel e fez umas embaixadas para mostrar que estava sarado. Perguntei pra minha sogra se tinha acertado com o dr. Ela respondeu que sim. – “e quanto foi ?”, perguntei – “Nada. Ele falou que milagre não pode cobrar.”"
                                                          - Tocantins, 07-o6-2004 - 



Oração

Sagrado Coração de Jesus, que tantos milagres operastes por meio das orações da Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola, agora que ela se encontra em total união convosco no Céu, mais poderosa se torna ainda, a sua intercessão. Concedei-me,  por ela, a graça que tanto necessito.

Tudo por Vós, ó Sagrado Coração e Jesus!

Pai Nosso, Ave Maria e Gloria ao Pai

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