domingo, 18 de janeiro de 2015

Não matarás

Misericórdia, segundo  Caldas Aulete, é o "sentimento de dor e solidariedade causado pela miséria alheia".

Para a civilização judaico-cristã, a que construiu o progresso e vigorou no ocidente até pouco tempo,  a misericórdia é um dos principais atributos da Pessoa divina, capaz de bondade infinita. Para  sentir o seu efeito, tanto  em sentimento para com  outras pessoas, ou se considerando alvo dela, é necessário estar de alguma maneira próximo a Deus, por iniciativa própria ou pela intercessão ou intermediação de alguém que a peça e receba de Deus, para si ou para outrem.

A humanidade, cada vez mais distante de Deus, rejeita  Sua Lei, da qual faz parte o mandamento: “Não matarás”. Por consequência, tem mais e mais, se submetido a leis impostas por meros e falhos seres humanos que têm produzido mais e modernas formas de assassinatos. Muitos membros da humanidade (e é cada vez maior o número deles)  vivem hoje, na prática,  sob a retrógrada  lei de talião, a que diz: "olho por olho, dente por dente”.

Certamente, isto não é culpa de Deus! Quem despreza a fonte da bondade, que é Deus, não pode cobrar de outros que tenham tenham misericórdia, para consigo ou para  quem quer que seja. 

Para onde caminha a humanidade, se a misericórdia é cada vez mais um artigo de luxo, coisa de privilegiados que continuam  a se relacionar com Deus, ou que ainda  preservam um certo sentimento  herdado de pais ou avós? E se considerarmos, ainda, que tais pessoas são contínuo alvo de desprezo, e até de injúria, da maioria dos que se manifestam?

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