domingo, 12 de outubro de 2014

O papel de Nossa Senhora na vida da Igreja, segundo as leituras da missa do dia em que se comemora Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil






                                                    Acima: Fotos da Catedral de Brasília


Santuário de Dom Bosco, em Brasília

  O papel de Nossa Senhora na vida da Igreja, segundo as leituras da missa do dia em que se comemora Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil:

 A primeira leitura é a do livro de Ester. É bom ler o livro todo, que  seria, também, uma profecia a respeito do papel Nossa Senhora na vida da Igreja. Conta a história da rainha Ester, cujo povo, o judeu, corria o risco de ser exterminado devido a intrigas feitas contra ele.

Por ser a rainha, casada com Assuero, que reinava desde a Índia até a Etiópia, recebeu do seu tutor Mardoqueu, o pedido de intercessão junto ao rei, para que fosse suspensa a ordem dada com o selo de Assuero, por Amã detentor de alto cargo no governo,  para que os judeus fossem exterminados.
Ester se preparou  por três dias, com jejum e orações.

 "Três dias depois Ester se revestiu de seus trajes reais e se apresentou na câmara interior do palácio, diante do aposento real, onde estava o rei sentado sobre seu trono, diante da porta de entrada do edifício. 

Logo que o rei viu a rainha Ester no átrio, esta conquistou suas boas graças, de sorte que ele estendeu o cetro de ouro que tinha na mão. E Ester se aproximou para tocá-lo. 
No segundo dia, bebendo vinho, disse ainda o rei a Ester: "Qual é teu pedido, rainha Ester? Será atendido. Que é que desejas? Fosse mesmo a metade de meu reino, tu obterias". 

A rainha respondeu: "Se achei graça a teus olhos, ó rei, e se ao rei lhe parecer bem, concede-me a vida, eis o meu pedido; salva meu povo, eis o meu desejo". (Est 5, 1-2; 7, 2-3)


 O Evangelho trata da importância e postura de Nossa Senhora, quando aconteceu o primeiro milagre de Jesus, feito a pedido dela. A exemplo da rainha Ester, ela pede com humildade, a seu Filho Deus, que acuda às necessidades das pessoas que receberam o milagre:

"Naquele tempo,  três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. 

Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: "Eles já não têm vinho". 
 Respondeu-lhe Jesus: "Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou". 
 Disse, então, sua mãe aos serventes: "Fazei o que ele vos disser". 

Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas.  Jesus ordena-lhes: "Enchei as talhas de água". Eles encheram-nas até em cima.  "Tirai agora" , disse-lhes Jesus, "e levai ao chefe dos serventes". E levaram. 

 Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo 
 e disse-lhe: "É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora". 
 Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele." (João 2,1-11)

A segunda leitura é do Apocalipse, escrito depois da morte e ressurreição de Jesus, por São João. Fala da contínua perseguição da Igreja, representada pela figura de Maria, a Esposa do Espírito Santo, Filha de Deus Pai e Mãe de Deus Filho, por um ‘dragão’ muito mais poderoso que os pobres seres humanos. A defesa dela (da Igreja, do povo de Deus), é feita pela intervenção divina na sua própria criação. ("A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara”).

Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. 

O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. 
A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir. 
A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. (Apocalipse 12,1.5.13.15-16)

Todas essa leituras nos asseguram o que o povo de Deus tem vivido ao longo dos últimos dois milênios: a Mãe de Deus é nossa Mãe. Ela usa todas as suas prerrogativas da sua posição, em favor daqueles que recebeu com filhos aos pés da Cruz do seu filho Deus: “Mãe, eis aqui o teu filho”, dissse Jesus no Calvário, olhando para São João que representava toda a humanidade, ou, pelo menos todos os “homens de boa vontade", os que O aceitam como Deus, com todo o Seu Poder, Majestade e Bondade. O Deus perfeito que é incapaz de rejeitar um ser humano que o deseje,  estando em condição que estiver;  afinal Ele sempre pode restaurar, e fazer atingir a plenitude, a obra da qual Ele é o Autor.

Nós, aqui no Brasil temos a Nossa Rainha, a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, não deixemos jamais de pedir a sua intervenção junto a seu perfeito e poderoso Filho Deus. Com toda certeza, Ele jamais negará um pedido dela…


Nenhum comentário:

Postar um comentário