sexta-feira, 15 de agosto de 2014

São Tarcísio, por Bruno de Giusti, na Catedral de Sorocaba



15 de agosto é dia de São Tarcísio.  Sua história é contada pelo pincel do atista plástico ítalo- sorocabano Bruno de Giusti no retábulo de uma capela em sua homenagem na Catedral de Sorocaba.









A pintura chega a ser assustadora, mostra, de um lado, um adolescente, recebendo a partícula da Eucaristia para ser entregue a alguém, como é feito ainda hoje, quando ministros extraordinários da Santa Comunhão levam este Sacramento às pessoas que não podem comparecer à igreja. Porém, do outro lado, vê-se uma verdadeira cena de violência, esse mesmo menino sendo apedrejado. Impressiona muito as expressões dos rostos, tanto no do apedrejado, como nos dos apedrejadores.
           
São Tarcísio foi coroinha. Na nossa pesquisa, encontramos um texto da catequese feita pelo Papa Bento XVI no dia quatro de agosto de 2010, quando recebia um grande número de coroinhas, vindo de todas as partes do mundo. Ele contou que não se tem muitas informações precisas a respeito da pessoa de São Tarcísio; sabe-se que ele viveu no terceiro século da história da Igreja, que frequentava as catacumbas de São Calixto, em Roma, era muito fiel à Igreja e amava muito a Sagrada Eucaristia. Acredita-se que tenha sido um coroinha, como são chamados os pequenos acólitos que ajudam os padres na celebração das missas.
            
Naquela época, tempo do imperador Valeriano, os cristãos eram muito perseguidos e eram obrigados a se reunir secretamente nas catacumbas ou casas particulares para celebrar a Missa e ouvir a Palavra de Deus. Já era costume naquela época levar a Eucaristia a prisioneiros e doentes, e este trabalho estava se tornando cada vez mais perigoso.
            
Um dia, quando o sacerdote perguntou quem estaria disposto a levar a Eucaristia, o jovem Tarcísio ofereceu-se. Foi muito advertido do perigo que correria; era considerado muito jovem para tal função, mas ele estava muito confiante. O sacerdote, então, entregou-lhe as partículas de hóstia recomendando–lhe que se lembrasse de que portava um tesouro celeste e ele era muito frágil, que evitasse ruas movimentadas e protegesse com fidelidade e segurança os Sagrados Mistérios. Tarcísio diz que morreria se fosse preciso para defendê-lo.
            
Ao longo do caminho encontrou alguns amigos pagãos que o chamaram para se divertir. Diante da sua negativa, suspeitaram de que trazia algo valioso junto ao peito, que parecia defender. Tentaram arrancá-la, mas foi em vão; tornaram mais agressivos quando souberam que Tarcísio era cristão; então, chutaram-no e lhe atiraram pedras, mas ele não cedeu. Foi socorrido, já moribundo, por um soldado que, secretamente, era cristão. Já morto, ainda segurava um pequeno linho com a Eucaristia. Foi sepultado nas catacumbas de São Calixto. Pelo registro do Papa Damaso, Tarcísio morreu no ano 257. Seu dia é comemorado em 15 de agosto, data de sua morte marcada no Martiriológico Romano. - (Texto do nosso livro "A Arte Sacra de Bruno de Giusti - Comunicação e Cultura na Catedral de Sorocaba, inédito.)




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