terça-feira, 15 de abril de 2014

A arte de distorcer



A manchete do jornal “O Estado de São Paulo” de 15/04/2014 diz: “Dilma acusa oposição de  ‘campanha política’ contra Petrobrás”. Tal manchete traz exposta, para quem quiser observar, um grande exemplo da arte de distorcer os fatos, pelo uso insidioso das palavras.

  A fala da presidente traz, nas entrelinhas, o desejo dos especialistas em comunicação que estão a serviço do partido governante: que o povo (visto apenas como um conjunto de eleitores)  sinta e pense que os opositores do seu governo são pessoas maldosas, que desejam destruir a imagem da Petrobrás, com acusações indevida,  para  denegrir a imagem da governante, com vistas à eleição próxima.

 Ela não considera que existe vida além da incessante luta pelo poder entre os membros da classe política;  que existem inúmeros  brasileiros que percebem o significado das notícias publicadas pela mídia. Principalmente entre os que trabalham honestamente, os que sustentam o governo e  suas instituições   à custa dos  altos impostos  que  lhes são cobrados.

Muitas pessoas conseguem discernir que tal administração dilapidou a Petrobrás,  patrimônio de  todos os brasileiros, devido à  "má gestão", para usar da generosidade  que o ‘politicamente correto’ tem para com os que cometem delitos; basta perceber os claríssimos dados  publicados  por todos os veículos de comunicação.

Os brasileiros comuns,  que amam e sustentam  este país,  são os  verdadeiros interessados em defender sua maior empresa estatal de administração tão danosa. Se os adversários políticos da presidente vão se beneficiar, ou não, dos lastimosos fatos, não é do interesse deles; amanhã, caso estiverem governando, serão alvo da mesma indignação se cometerem semelhantes atos.

Fica publicado então, mais uma ofensa da governante ao povo, por supor que seja idiota, e também, o posicionamento  tíbio do jornal pois,  apesar das aspas, a manchete ajuda muito a estabelecer dúvidas sobre  matérias  que ele mesmo publicou. Salve-se, quem puder.

Giselle Neves Moreira de Aguiar

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