segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Uma casa no céu

                          


Quando criança, ouvia contar a história do homem rico que morreu e foi para céu. 
Lá chegando, foi recebido pelos anjos que lhe lembraram que  ali “havia muitas moradas”. 
Elas eram construídas com os recursos que as pessoas enviavam da terra por meio das boas ações.

Logo à entrada, o anjo mostrou-lhe uma mansão esplendorosa, riquíssima, e disse ao homem que era a reservada ao seu empregado. O homem ficou felicíssimo, imaginando como seria a sua, uma vez que a do seu empregado era tão rica. Foram caminhando, ou melhor, levitando, pelo céu;  e homem observava que  as casas eram cada vez mais pobres.   Perguntou, então, ao anjo : - Mas é por aqui a minha casa? - Não, respondia o anjo, a sua é um pouco mais longe. 

Quando chegaram a lugar muito pobre, o anjo mostrou-lhe um taperinha e lhe disse: - É aqui a sua 
casa. O homem não se conformava: - Mas, como, ao meu empregado está dirigida uma casa tão rica, e a mim, uma tão pobre?   - Ele manda muitos recursos para construir a sua casa, no entanto, os que você enviou, só deram  para construir esta.
                 

                                                                                 Giselle Neves Moreira de Aguiar

terça-feira, 24 de setembro de 2013

As construções artísticas antigas e o trabalho escravo





Um amigo do Facebook postou uma informação a respeito da construção de uma antiga igreja, dizendo que ela havia sido construídas pelos indígenas, escravizados pelos jesuítas, no ano de 1535 ( a da foto é só ilustrativa, não se trata desta construção).

Postei uma pergunta no espaço dos comentários: “o projeto também”? Ele respondeu que os portugueses e espanhóis dizimaram várias nações indígenas, matando e saqueando com participação da Igreja. 

Respondi que esta era visão marxista da História.

Ele, então, contou o caso de um padre italiano, lá na sua cidade, que havia contratado escravos para construir  uma igreja com a promessa de alforria, que não aconteceu; ao invés, o padre mandou matar os escravos.

Minha resposta:  A narrativa dos fatos depende da visão de quem a faz.
Dizer que foram os índios que construíram a igreja sob a escravidão dos jesuítas, é o mesmo que que dizer que foram os pedreiros que construíram Brasília. Niemeyer e JK foram apenas exploradores dos pobres "calangos".


Catedral de Brasília
Como é preciso saber as entrelinhas para não ser manipulado!
É de se lamentar a incapacidade das pessoas, que recebem como conhecimento
só uma visão de mundo, de valorizar os trabalhos realmente criativos. 
Tornam-se incapazes de considerar as condições e o grau de evolução do mundo 
e do lugar na época em que foram construídas.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

sábado, 7 de setembro de 2013

Fraternidade / Igualdade/ Fratenidade



Na ordem cristã, as relações entre os homens estão comandadas pela humildade fraterna; na ordem laica, baseiam-se numa igualdade orgulhosa. 

Ora bem, assim como a fraternidade cristã tende a abolir progressivamente as desigualdades artificiais das sociedades humanas devidas a injustiças, o igualitarismo laico só desemboca na morte da fraternidade entre os homens. A ordem laica pretende fazer derivar a fraternidade da igualdade: todos os homens são iguais e, por conseguinte, são irmãos. 


No cristianismo, o ponto de partida não é a igualdade, mas a fraternidade: pelo fato de os homens serem - não a título simbólico, mas realmente - irmãos, esse vínculo de sangue, fortalecido pelo vínculo sobrenatural da filiação divina, cria entre eles uma igualdade substancial e leva-os a reduzir as diferenças que os separam. Pelo contrário, o igualitarismo nivelador não pode pode originar a fraternidade; só pode produzir rivais. - Georges Chevrot - 

Texto de Georges Chevrot no livro: Simão Pedro - 
Editora Quadrante - São Paulo - 19910