domingo, 31 de março de 2013

Liturgia da Luz








Liturgia da Luz, celebrada na Catedral de Nossa Senhora da Ponte em Sorocaba, SP., na Vigília Pascal de 2013. Ao fundo os belíssimos afrescos do artista ítalo-sorocabano Bruno de Giusti.


sexta-feira, 29 de março de 2013

Páscoa




Que esta Páscoa seja verdadeiramente uma passagem           para a nossa percepção da onipresença de Deus.

A vida sem Ele é sempre cheia de angústia, dor e insatisfação.


“Vós nos criastes para Vós ó Senhor e nosso coração estará inquieto até que 
repouse em Vós. “ - Santo Agostinho -


segunda-feira, 18 de março de 2013

Oração a São José



(Oração dos pais pelos filhos)



Glorioso São José, esposo de Maria, concedei-nos vossa
proteção paterna, nós vos suplicamos pelo Coração de
Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vós, cujo poder se estende a todas as necessidades, sabendo
tornar possíveis as coisas impossíveis (pois Jesus não nega
nada a quem escolheu por pai adotivo), volvei vossos olhos
de pai sobre os interesses de vossos filhos.

Na dificuldade e tristeza que nos afligem, recorremos a vós
com toda confiança. Dignai-vos tomar sob vosso poderoso
amparo este assunto importante e difícil, causa de nossas
preocupações. Fazei que o seu êxito sirva para a glória de
Deus e bem de seus servos:

Glorioso São José, pai e protetor, pelo amor tão puro que
tivestes ao Menino Jesus, defendei e preservai meus filhos,
os amigos dos meus filhos, e os filhos dos meus amigos das
corrupções: das drogas, do sexo, de todos os vícios e de to-
dos os males ( em especial das corrupções do pensamento e
dos sentimentos).

São Luiz Gonzaga, Santa Maria Goretti, São Tarcísio,
socorrei os jovens.

Santos Anjos defendei meus filhos, os amigos dos meus
filhos e os filhos dos meus amigos  dos assaltos do demônio
que quer perder suas almas.

Jesus, Maria e José, ajudai-nos a nós, pais de família. Amém!

                                                               
                             †††

Oração integrante do livreto:


domingo, 10 de março de 2013

Declaração de Chapultepec


                   
           
            A Declaração de Chapultepec é uma carta de princípios e coloca “uma imprensa livre como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam a sua liberdade. Não deve existir nenhuma lei ou ato de poder que restrinja a liberdade de expressão ou de imprensa, seja qual for o meio de comunicação”.

            O documento foi adotado pela Conferência Hemisférica sobre liberdade de Expressão realizada em Chapultepec, na cidade do México, em 11 de março de 1994. Ela não é um documento de governo, como são os acordos internacionais. Trata-se de uma carta de princípios assinada por chefes de estado, juristas e entidades ou cidadãos comuns. O compromisso foi assumido pelo Brasil quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assinou a declaração em 9 de Agosto de 1996. o presidente Luis Inácio Lula da Silva deu continuidade ao trabalho renovando o compromisso no dia 03 de Maio de 2006.

            Uma imprensa livre é condição fundamental para que as sociedades resolvam seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam sua liberdade. Não deve existir nenhuma lei ou ato de poder que restrinja a liberdade de expressão ou de imprensa, seja qual for o meio de comunicação. Porque temos consciência dessa realidade e a sentimos com profunda convicção, firmemente comprometidos com a liberdade, subscrevemos esta declaração com os seguintes princípios:

I – Não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício dessa não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo.

II – Toda pessoa tem o direito de buscar e receber informação, expressar opiniões e divulgá-las livremente. Ninguém pode restringir ou negar esses direitos.

III – As autoridades devem estar legalmente obrigadas a pôr à disposição dos cidadãos, de forma oportuna e equitativa, a informação gerada pelo setor público. Nenhum jornalista poderá ser compelido a revelar suas fontes de informação.

IV – O assassinato, o terrorismo, o sequestro, as pressões, a intimidação, a prisão injusta dos jornalistas, a destruição material dos meios de comunicação, qualquer tipo de violência e impunidade dos agressores, afetam seriamente a liberdade de expressão e de imprensa. Esses atos devem ser investigados com presteza e punidos severamente.

V – A censura prévia, as restrições à circulação dos meios ou à divulgação de suas mensagens, a imposição arbitrária de informação, a criação de obstáculos ao livre fluxo informativo e as limitações ao livre exercício e movimentação dos jornalistas se opõem diretamente à liberdade de imprensa.

VI – Os meios de comunicação e os jornalistas não devem ser objeto de discriminações ou favores em função do que escrevam ou digam.

VII – As políticas tarifárias e cambiais, as licenças de importação de papel ou equipamento jornalístico, a concessão de frequências de rádio e televisão e a veiculação ou supressão da publicidade estatal não devem ser utilizadas para premiar ou castigar os meios de comunicação ou os jornalistas.

VIII – A incorporação de jornalistas a associações profissionais ou sindicais e a filiação de meios de comunicação a câmaras empresariais devem ser estritamente voluntárias.

IX – A credibilidade da imprensa está ligada ao compromisso com a verdade, à busca de precisão, imparcialidade e equidade e à clara diferenciação entre as mensagens jornalísticas e as comerciais. A conquista desses fins e a observância desses valores éticos e profissionais não devem ser impostos. São responsabilidades exclusivas dos jornalistas e dos meios de comunicação. Em uma sociedade livre, a opinião pública premia ou castiga.

X – Nenhum meio de comunicação ou jornalista deve ser sancionado por difundir a verdade, criticar ou fazer denúncias contra o poder público.

Fonte: Biblioteca virtual de direitos humanos da USP

sábado, 9 de março de 2013

Chorando Chorão


                 

                                                                                          

            A morte do roqueiro Chorão atingiu grande número de 
jovens que cresceu ouvindo suas músicas. A notícia chegou no 
dia em que a morte de Hugo Chávez ocupava todas as mídias. 
Choro aqui e choro lá.

As matérias jornalísticas falam muito da morte de Chávez. 
Mostram como o povo da Venezuela se vestiu de um luto 
vermelho pela morte de seu líder, contradizendo toda a história 
cristã do seu povo que sempre associou luto com preto e o 
vermelho à alegria e excitação.

Há muito para se observar nessas notícias que passam rápido 
pelo nosso dia-a-dia. Os comentaristas fazem observações quase 
unânimes dizendo que a Venezuela padece de sérios problemas 
econômicos e está à beira de um desabastecimento. Dizem que 
investidores não se arriscam a investir num país no qual as 
leis e as regras dos negócios internacionais são submissas ao 
sentimento e pensamento governante local; há insegurança 
jurídica. Em contrapartida, dizem articulistas, uma grande 
vantagem Hugo Chávez conseguiu para sua terra: conseguiu 
baixar, e muito, o índice de desigualdade social.

O que é esse índice de desigualdade social? É o que mede as 
diferenças entre ricos e pobres. Para os que apreciam as 
quer dizer que há maior igualdade de riquezas entre as pessoas 
desse país.

É natural pensar que o desenvolvimento traga uma igualdade 
de renda entre as pessoas. À medida que evolui, o ser humano 
vai adquirindo cada vez mais conhecimentos, informações que 
possibilitam melhorar de vida e usufruir de mais conforto  a partir 
do trabalho criativo com os recursos de que já dispõe. Trata-se 
do natural uso do talento e capacidade que cada pessoa traz ao 
nascer usado como ferramenta que trabalha cada vez melhor 
quando alimentada com conhecimento. Evoluir, crescer, desenvolver 
é a aventura da existência humana, o que torna a vida estimulante e 
atrativa.

Pois bem, no nosso pequeno planeta existem seres humanos em 
todos os níveis de evolução, dependendo do ângulo observado na 
vasta gama de valores da humanidade. Já foi observado que o 
planeta Terra abriga pessoas que vivem desde quase como os 
como os ‘Jetsons’, na era dos jatos espaciais; duas famílias conhecidas 
que nasceram nos gibis e que foram para os desenhos animados da TV.

O que todas elas têm em comum? O direito à evolução, ao 
progresso em todos os níveis das atividades humanas. As etapas 
dessa evolução variam quase infinitamente e cada povo ou membro 
dele tem o direito de escolher o que considera evolução ou progresso.

Os países mais evoluídos, que conseguiram atingir alto nível de 
desenvolvimento social, são antigas civilizações que cultivaram 
seus valores por inúmeras gerações; detêm conhecimento acumulado 
e multiplicam as aplicações deles a inúmeros usos.  Produzem 
“maravilhas” que se tornam objeto do desejo de pessoas de todos 
os lugares. Assim, como rio corre para o mar, o talento desses povos 
atrai os recursos dos que querem seus produtos. É preciso então 
produzir mais, e, naturalmente, pessoas são promovidas de 
atividades mais toscas para mais sofisticadas enquanto adquirem 
o conhecimento e a habilidade necessários para tal. Até que todos
 atinjam o grau mais alto de evolução que, em seguida é superado.

Nos países pobres, a desigualdade é muito grande. Poucas pessoas 
detêm o controle da produção dos produtos necessários e desejados 
por todos, e assim também, a renda relativa à venda desses bens. 
Mas, quando há liberdade e leis justas e seguras, o risco do 
empreendimento é um direito de todos.

Desde o fim do século XIX o pensamento de Karl Marx apregoa 
que basta transferir o controle dos meios de produção para 
os assalariados que acontece o milagre da igualdade social. Isto 
aconteceu de maneira violenta na Rússia, na China e em outros 
lugares. Hoje vigora na Coréia do Norte e em Cuba, para citar 
os mais conhecidos.  A Rússia e a China já retornam à maneira 
natural da evolução humana, nesses países o livre comércio já 
se mostra presente e já existem russos e chineses pobres 
e ricos. Onde a ideia marxista existe com todo vigor, em Cuba 
e na Coréia do Norte, o índice de desigualdade social é zero. 
Todos os cidadãos, em teoria, são proprietários de todos os 
bens do país.

Mas como é a vida nesses países? Por que tanto mistério acerca 
desses que deveriam ser verdadeiros paraísos? As informações 
que nos chegam são raríssimas e grandemente filtradas, mas, 
de vez em quando, pode-se ver algumas imagens da Coréia do 
Norte e seus habitantes que mais parecem robôs de tão iguais. 
A mesma roupa, o mesmo corte de cabelo, a mesma comida...

Em Cuba também não é muito diferente, ouvimos tantos elogios 
e referências à Ilha, mas não nos são mostradas as fotos desse 
lugar maravilhoso. Quando vemos alguma foto ou vídeo, notamos 
que a arquitetura das construções, muito desfeitas pelo tempo, 
assim como todos os veículos automotores, são ainda dos anos 50 
do século passado.
 O progresso parece andar longe desses países onde os 
habitantes não mais demonstram o interesse natural do ser 
humano em evoluir e empreender; lembram o nosso Jeca 
Tatu, do censurado Monteiro Lobato. Esse personagem, doente 
de verminose, por sustentar no próprio corpo vermes parasitas, 
dizia que “trabalhar não vale a pena”.  O governo, nesses lugares, 
não dá a ninguém o prazer de usar os talentos, produzir benefícios 
e se beneficiar do fruto do próprio trabalho, escolhe e decide tudo 
pelas pessoas. Daí a falta de perspectiva, e o desinteresse. 
Empreender para quê? Não existe lucro, não se tem expectativa 
de novos benefícios, trabalhando bem ou mal a recompensa é 
a mesma. Como pode haver progresso onde vigora este sentimento?

Outro ponto em comum nesses países, em que a religião foi banida 
como ópio do povo, é o culto à personalidade obtida por meio 
de uma verdadeira doutrinação religiosa imposta pelos meios 
de comunicação que veiculam somente informações do interesse 
do governo. Assim, o povo destituído do seu Deus, assimila a figura 
de um mero ser humano, o chefe do poder, como uma verdadeira 
divindade, voltando aos costumes dos povos antigos de que nos fala 
a história.

A igualdade imposta, como vontade humana desse ou aquele líder,
mata na alma das pessoas o desejo de produzir e progredir. 
Produtores bem sucedidos são demonizados na nova religião que 
cultua meros seres humanos.

Ver o povo venezuelano uniformizado de vermelho assusta e 
entristece. O que ali já acontece, principia a acontecer 
também na vizinhança. Caminhamos para a “cubanização” da
 América Latina?

Por outro lado, a esperança vem do choro dos nossos jovens 
com a morte de Chorão. Eles ainda têm outros, a que chamam 
ídolos, não deuses, por quem chorar...


Publicado no jornal "Diário de Sorocaba" em 13/03/2013