domingo, 30 de dezembro de 2012

Os direitos da família


Oração pela Família
                                                        Padre Zezinho
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem e o hoje em função de um depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor
Abençoa Senhor as famílias Amém
Abençoa Senhor a minha também

Abençoa Senhor as famílias Amém
Abençoa Senhor a minha também
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida
Que as famílias celebrem a partilha do abraço e do pão
Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos
Que o ciúme não marque a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja firme esperança de um céu aqui mesmo e depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor
Abençoa Senhor as famílias Amém
Abençoa Senhor a minha também
Abençoa Senhor as famílias Amém
Abençoa Senhor a minha também
Abençoa Senhor a minha também.
Estes direitos estão à disposição de todos os que se submetem ao Deus Uno e Trino.
Pedi e recebereis... A Deus nada é impossível....

domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal de 2012





Confirmação e esperança


Com grande alegria, desejando um Natal pleno da Paz, Amor e Alegria que nos traz a Presença de Deus, a todos os que visitam este blog, partilho, com alegria, o artigo que nosso Papa Bento XVI escreveu para o jornal britânico "Financial Times", falando sobre o catolicismo para o público um jornal dirigido aos interessados nos assuntos que movem o mundo material, a parte material da nossa única vida...
Observemos o que o Papa diz : 
quem é Jesus, como se coloca diante do mundo?
Dai a César o que é de César... 
Como devemos também nos colocar diante do mundo de hoje, nós,
que nos dizemos cristãos.
Um artigo cheio de confirmação e esperança, disponível no site no site news.va :


2012-12-20 L’Osservatore Romano
O «Financial Times» de hoje, quinta-feira 20 de Dezembro, publica um artigo que Bento XVI escreveu a pedido do jornal britânico por ocasião do Natal e da publicação do livro sobre a infância de Jesus. Reproduzimos em seguida o texto integral.
«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» foi a resposta de Jesus quando lhe perguntaram o que pensava sobre o pagamento dos impostos. Obviamente, os que o interrogavam desejam preparar-lhe uma armadilha. Queriam obrigá-lo a tomar uma posição no debate político inflamado  sobre a dominação romana na terra de Israel. E  o que estava em jogo era ainda mais:  se Jesus fosse realmente o Messias esperado,    então certamente ter-se-ia oposto aos dominadores romanos. Portanto, a pergunta era calculada para o desmascarar  como uma ameaça para o regime ou como um impostor. A resposta de Jesus leva habilmente  a questão a um nível superior,  atestando com fineza contra a politização da religião e a deificação do poder temporal, e contra a incansável busca da riqueza. Os seus interlocutores deviam entender que o Messias não era César, e que César não era Deus. O reino que Jesus vinha instaurar era de uma dimensão absolutamente superior. Como respondeu a Pôncio Pilatos: «O meu reino não é deste mundo».
As narrações de Natal do Novo Testamento têm a finalidade de expressar uma mensagem semelhante. Jesus nasceu durante um «recenseamento do mundo inteiro», desejado por César Augusto, o imperador  famoso por ter levado a Pax Romana a todas as terras submetidas ao domínio romano.  E no entanto, este menino, nascido num obscuro e distante recanto do império,  estava para oferecer ao mundo uma paz muito maior,  verdadeiramente universal nas suas finalidades e para além de qualquer limite de espaço e de tempo. 
Jesus é-nos apresentado como herdeiro do rei David, mas a libertação que ele trouxe ao próprio povo não dizia respeito à vigilância dos  exércitos inimigos; ao contrário, tratava-se de vencer o pecado e a morte para sempre. O Menino Jesus, vulnerável e débil em termos mundanos, tão diverso dos dominadores terrenos, é o verdadeiro rei do céu e da terra.
O nascimento de Cristo desafia-nos a reconsiderar as nossas prioridades e  valores, o nosso modo de viver. E enquanto o Natal é sem dúvida  um tempo de grande alegria, é também uma ocasião para uma reflexão profunda, aliás, um exame de consciência.  No fim de um ano que significou privações económicas para muitos, o que podemos aprender da humildade, da pobreza, da simplicidade da imagem do presépio?
A narração do Natal pode introduzir-nos a Cristo, tão indefeso  e tão facilmente abordável. O Natal pode ser o tempo no qual aprendemos a ler o Evangelho, a conhecer Jesus não só como o Menino da manjedoura, mas como aquele no qual reconhecemos o Deus que se fez Homem.
É no Evangelho que os cristãos encontram inspiração para a vida diária e para o seu envolvimento nas questões do mundo – quer isto aconteça no Parlamento quer na Bolsa. Os cristãos não deveriam fugir do mundo; ao contrário, deviam ter zelo por ele. Mas a sua participação na política e na economia deveria transcender qualquer forma de ideologia.
Os cristãos combatem a pobreza porque reconhecem a dignidade suprema de todos os seres humanos, criados à imagem de Deus e destinados à vida eterna. Os cristãos lutam  por uma partilha equilibrada dos recursos da terra porque estão convictos de que, como administradores da criação de Deus, temos o dever de zelar pelos mais débeis e  vulneráveis, agora e no futuro. Os cristãos opõem-se  à avidez e à exploração, convictos de que a generosidade e um amor abnegado, ensinados e vividos por Jesus de Nazaré, são o caminho que leva à plenitude da vida. A fé cristã no destino transcendente de cada ser humano implica a urgência da tarefa de promover a paz e a justiça para todos. Dado que tais fins são partilhados por muitos, é possível uma grande e frutuosa colaboração entre os cristãos e os outros. Todavia, os cristãos dão a César só o que é de César, mas não o que pertence a Deus. Às vezes ao longo da história os cristãos não podiam aceitar as exigências feitas por César. Desde o culto do imperador da antiga Roma até aos regimes totalitários do século que acabou de transcorrer, César procurou  ocupar o lugar de Deus. Quando os cristãos rejeitaram ajoelhar-se diante dos falsos deuses propostos nos nossos tempos, não foi porque tinham uma visão antiquada do mundo. Pelo contrário, isto acontece porque estão livres dos vínculos da ideologia e são animados por uma visão tão nobre do destino humano, que não possa aceitar comprometimentos em relação a nada que o possa ameaçar.
Na Itália, muitos  presépios são adornados com ruínas dos antigos edifícios romanos como pano de fundo. Isto demonstra que o nascimento do Menino Jesus marcou o fim da antiga ordem, o mundo pagão, no qual as reivindicações de César pareciam impossíveis de desafiar. Agora temos um rei novo, o qual não confia na força das armas, mas no poder do amor. Ele traz esperança a todos os que, como ele mesmo, vivem à margem da sociedade. Traz esperança a quantos são vulneráveis nos destinos mutáveis de um mundo precário. Desde a manjedoura, Cristo chama-nos a viver como cidadãos do seu reino celeste, um reino que cada pessoa de boa vontade pode ajudar a construir aqui na terra.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Canção de Natal, com crianças felizes

Vídeo apresentando crianças da catequese de preparação  para a  
Primeira Eucaristia nos anos de 2007 e 2008, da comunidade São 
Judas em Rio Pomba, MG.

Uma peça teatral encenada durante a Novena de Natal de 2007.
A música Canção de Natal é de autoria do Padre Lúcio Floro. 




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Herança familiar


Os valores cristãos constituem a maior riqueza que se pode
receber como herança. Eles contêm toda a sabedoria
necessária para viver em plenitude. Em todas as situações.

Minha sobrinha neta, Nayara  Lopes, escreveu este texto.
Ela fala sobre o avô que está acamado há dois anos.
Seu artigo, publicado no Facebook, demonstra que temos a maior 
riqueza que uma família pode ter: o bom exemplo assimilado.
Toda gratidão a Deus é pouca!

         9 de dezembro de 2012.... Aniversário de um guerreiro! E digo guerreiro com muita propriedade. Vovô Nelinho, você é a prova viva de que há muita coisa nessa vida e nesse mundo que nós ainda não conseguimos entender.

         Mas nossa fé é grande e nos dá a certeza de que Deus sempre tem um propósito maior. Esses dois anos de batalha diária no hospital nos motivaram e nos deram a oportunidade de refletir e de pensar na vida que queremos viver, e em que seres humanos queremos ser.
        
         Preferi seguir o seu exemplo. Preferi acreditar que somos fortes, somos felizes e devemos sorrir sempre que tivermos vontade. Preferi acreditar que somos privilegiados, temos uma família bonita com problemas pequenos demais diante de tantos problemas do mundo.
        
         Preferi acreditar que pessoas boas são alegres mesmo diante das dificuldades! Seguir o seu exemplo não é fácil. Ser guerreiro e não fugir à luta não é para qualquer um. Exige trabalho, auto avaliação, percepção das coisas e pessoas a nossa volta, fé, esperança e atenção. Mas, diante do seu exemplo diário, não há quem não se inspire a pelo menos tentar.
        
         Seu olhar, mesmo muitas vezes distante, me diz isso o tempo todo! O desespero é o caminho errado. É preciso enxergar a vida com alegria e entusiasmo... O pessimismo e o derrotismo são pensamentos cíclicos que só atraem mais sentimentos negativos.
        
         Se o perguntam, embora todo o sofrimento de estar preso a uma maca há meses, e nas poucas vezes que conseguiu se expressar com palavras, Vovô Nelinho sempre responde: "Tudo bem, graças a Deus.".



         Eu também não entendo como pode uma pessoa tão boa ter que passar por tudo isso... E sofro junto. Mas se ele, tão aparentemente frágil, pode ser forte assim, nós também temos a obrigação de ser. E talvez esse seja um dos grandes ensinamentos deste grande homem.   Vovô Nelinho, meus desejos esse ano são os mesmos: Que Deus continue ao seu lado, te resguardando, amenizando os seus sofrimentos físicos e proporcionando PAZ e tranquilidade a toda a família.

         Minha árvore de natal já está aí do seu lado, e o primeiro pedido eu, carinhosamente, já escrevi com muita ESPERANÇA de que realize! Te amo, admiro a cada dia mais! Antes de existir um corpo, existe um espírito sempre presente inspirando a todos nós! Parabéns!

                                                               ***

        Mesmo acamado, muito doente e quase sempre em silêncio, Nelinho exerce grande influência em sua família.É lindo ver como os filhos, netos, genro e noras  e principalmente a esposa, estão em contínua atenção a ele e podem perceber suas mais sutis reações. Percebem a lucidez e a presença dele acompanhando atento tudo o que dizem e sempre emitindo  silenciosa e humilde opinião assimilada por todos.
No hospital, é lindo ver como o profissionais da saúde se encantam em ver tanta virtude.
Pode-se perceber que a Presença de Deus é muito mais importante que a própria saúde  Nelinho e sua família são testemunho concreto desta verdade. 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Estado laico não é Estado ateu


                                                                               IVES GANDRA DA SILVA MARTINS

 Publicado no jornal Folha de São Paulo em 26/11/2012, disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1191166-tendenciasdebates-estado-laico-nao-e-estado-ateu.shtml



No "Consultor Jurídico", leio artigo de Lenio Streck, eminente constitucionalista gaúcho. Ele, até com certa ironia e um misto de humor britânico e local, destrói todos os argumentos da pretensão de membro do Ministério Público que impôs ao Banco Central 20 dias para retirar das cédulas do real a expressão "Deus seja louvado".

Concordo com todos seus argumentos. Lembro que o referido procurador deveria também sugerir aos constituintes derivados, que são todos os parlamentares brasileiros (513 deputados e 81 senadores), que retirassem do preâmbulo da Constituição a expressão "nós, os representantes do povo brasileiro, sob a proteção de Deus, promulgamos esta Constituição".

Creio, todavia, que por ser preâmbulo da lei suprema, é imodificável. Terá o probo representante do parquet de suportar a referência ao Senhor.

Aliás, é bom lembrar que, sob a proteção de Deus, a Constituição promulgada permitiu que, pelos artigos 127 a 132, tivesse o Ministério Público as relevantes funções que recebeu e que ensejaram ao digno procurador ingressar com a ação anticlerical.

Tem-se confundido Estado laico com Estado ateu. Estado laico é aquele em que as instituições religiosas e políticas estão separadas, mas não é um Estado em que só quem não tem religião tem o direito de se manifestar. Não é um Estado em que qualquer manifestação religiosa deva ser combatida, para não ferir suscetibilidades de quem não acredita em Deus.

Há algum tempo, a Folha publicou pesquisa mostrando que a esmagadora maioria da população brasileira, mesmo daquela que não tem religião, diz acreditar em Deus, sendo muito pequeno o número dos que negam sua existência.

Na concepção dos que entendem que num Estado laico, sinônimo para eles de Estado ateu, só os que não acreditam no criador é que podem definir as regras de convivência, proibindo qualquer manifestação contrária ao seu ateísmo ou agnosticismo. Isso seria uma autêntica ditadura da minoria contra a vontade da esmagadora maioria da população.
Deveria, inclusive, por coerência, o procurador mencionado pedir a supressão de todos os feriados religiosos, a partir do maior deles, o Natal. Deveria pedir a mudança de todos os nomes de cidades que têm santos como patronos e destruir todos os símbolos que lembrassem qualquer invocação religiosa, como uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor, para não criar constrangimentos à minoria que não acredita em Deus.

O que me preocupa nesta onda do "politicamente correto" é a revisão que se pretende fazer de todo o passado de nossa civilização, desde livros de Monteiro Lobato às epístolas de São Paulo -não ficando imunes filósofos como Aristóteles, Platão ou Sócrates, que elogiavam uma democracia elitista servida por escravos.

Talvez o presidente Sarney tenha resumido com propriedade a ação do eminente membro do parquet ao dizer que, com tantos problemas que deve a instituição enfrentar, deveria ter mais o que fazer.

A moeda padrão do mundo, que é o dólar, tem como inscrição "In God We Trust". A diferença é que os americanos confiam em Deus e na sua moeda -nós "louvamos a Deus" na esperança de que também possamos confiar na nossa.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 77, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra