sexta-feira, 6 de julho de 2012

Meditação sobre a Eucaristia



Texto do livro Hora Santa  do Pe. Mateu Crawley-Boevey SS.CC. – editado pela Serva de Deus, Floripes Dornelas de Jesus – 1987 –

   A voz de Jesus Cristo: - Alma dileta; na Hóstia onde me vês, eu vivo silencioso e mudo perpetuamente, arrastado perante os Herodes modernos. . .

            Não ouves o insolente interrogatório que me fazem suportar, a mim, que sou o  Poder supremo, a verdade  e o único Senhor?. . .

            E calo-me por teu amor, por ti, a quem salvo, sofrendo a condenação ignominiosa dos poderosos da terra, juízes dos homens, não, porém, da  minha doutrina. . .
Ambicionam uma autoridade tirânica, para exercer contra mim. . . e sou perpetuamente  vítima. . .
           
             Para eles o trono, para mim o banco dos réus; para eles o cetro de ouro, para mim a cana de irrisão; para eles o aplauso das turbas, para mim a corte do desprezo e a túnica branca dos loucos; para eles o diadema e as homenagens, para mim a coroa de espinhos, os impropérios, o esquecimento, sempre o esquecimento!
             
            E se, talvez, no meio das suas falsas grandezas, estes poderoso da terra lembram-se da minha realeza, o meu nome vai  desencadear tempestades de ódio, perseguição e blasfêmia. . . Eis como sou tratado pelo mondo, o mundo que vive porque eu consolo!
            
            Mas calo-me. . . Na Eucaristia sou a encarnação da misericórdia e do amor. . . Esta revolta contra minha soberania, este desprezo da minha realeza nas leis que regem os povos são um ultraje direto e uma  blasfêmia contra mim, que, apesar de tudo, fico entre os homens, aniquilado, embora onipotente, no Sacramento do Altar.
            
            Esta injúria não é um verdadeiro desafio ao Deus da Eucaristia que te fala do fundo seu tabernáculo, mudado tantas vezes em pretório de Pilatos? . . .
Aqui suporto, sem me queixar, as afrontas dos escravos e as mofas dos vilões. Aqui ninguém me vem buscar, senão quando os tribunais da terra decretam flagelar-me para me apresentarem depois, ensanguentado, ao furor das turbas..
           
           O meu divino Coração  sente-se consolado com vossas reparações ! Durante esta hora santa o amor ardente dos meus compensa-me  da irrisões  dos poderosos. Vós sois o bálsamo das minhas chagas. Daqui vos abençoo, amigos fidelíssimos.
Falai meus filhos! Pedi milagres ao amor , vós, os predestinados do meu Coração. Falai. Eu sou o Rei das misericórdias infinitas.





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