segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Maravilhoso Valor da Santa Missa





                                                                                   (extraído dos devocionários antigos)



Na hora da morte, as missas das quais houveres assistido serão a tua maior consolação.        

Toda missa implora o teu perdão junto da Justiça Divina. 

Em toda Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, e diminuí-la mais ou menos consoante com o teu fervor. 

Assistindo com devoção à Missa, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo. 

Ele compadece-se de muitas das tuas negligências e omissões.
Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependeste. 

Diminui o império de Satanás sobre ti.  

Sufraga as almas do purgatório da melhor maneira possível. 

Uma só Missa a que houveres assistido em vida ser-te-á mais salutar que muitas a que outras pessoas assistirão por ti, depois da tua morte; pois pela Missa participas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. 

A Missa preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. 

Toda Missa diminui o teu purgatório. 

Toda Missa alcança-te um grau de glória maior no Céu.

És abençoado em teus negócios e interesses pessoais.   

“Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece em assistir devotamente a uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e a peregrinar sobre a terra”. –São Bernardo- 

“Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa: e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário.” – São Jerônimo –. 

“Se conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa, que zelo não teríamos em assistir a ela! “– Cura d’Ars –

 “A Missa é o sol da Igreja.” – São Francisco de Sales.


 


domingo, 29 de julho de 2012

Anedota Búlgara


O que deveria ser uma anedota tem-se observado como realidade nos nossos dias.

A esse respeito temos um excelente artigo de Reinaldo Azevedo em:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/anedota-bulgara-humaniza-se-o-animal-ao-mesmo-tempo-em-que-se-animaliza-o-homem/

E também um nosso, em que vemos a grande importância das necessidades naturais do ser humano:
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/09/o-direito-humano-de-educar-os-proprios.html

Consideramos importante que todos se manifestem a respeito das leis nos regem, precisamos de um plebiscito:
http://www.peticoesonline.com/peticao/plebiscito-para-o-novo-codigo-penal/618



quarta-feira, 25 de julho de 2012

- São Tiago Maior -



        Jesus realiza os desejos dos seus amigos segundo a extensão deles.Santa Gertrudes mostra-nos um exemplo de desejos universais e perpétuos tornados eficazes pela liberalidade divina. 
         No dia de da festa de São Tiago Maior, esse glorioso apóstolo apareceu à Santa Gerturdes maravilhosamente ornado de todos os méritos dos peregrinos que lhe vão venerar as relíquias. Enlevada de admira,ão, ela perguntou ao Senhor por que tornava o sepulcro desse santo mais glorioso que o dos príncipes dos apóstolos São Pedro e São Paulo.

        O Senhor respondeu: "É por causa do zelo de que ele foi devorado pela salva,ão das almas. Ele não pode converter as multidões, como desejava, para a minha glória; porém como seu desejo, sustado por morte prematura, tem todo o mérito, perante mim, de uma longa vida, indenizo-o por essas conversões inúmeras que se operam agora no seu túmulo, e desde o começo concedi-lhe a recompensa  de todos os méritos dos peregrinos  que a ele vêm  em tão grande número."

 -Trecho do livro : Amor Paz e Alegria - mês do Sagrado Coração de Jesus segundo Santa Gertrudes , do Pe. Dr. André Prévot, editado pela Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola em 1987 -

Urna com os restos mortais do apóstolo São Tiago que se encontra em Santiago de Compostela, Espanha.
                                                                       

    Antífona

Ó bem aventurado apóstolo, que escolhido entre os primeiros, fostes o primeiro dos apóstolos que mereceu  beber o cálice do Senhor!  Ó gloriosa nação espanhola, fortalecida com tal patrono e enriquecida com a prenda de seu santo corpo, por cuja intercessão  lhe tem feito tantos favores, o Todo Poderoso!

- Rogai por nós ó bem aventurado São Tiago

-Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Aceita Senhor, as súplicas que vos dirigimos por meio de vosso apóstolo São Tiago, patrono da Espanha, faça com que a peregrinação a seu sepulcro, sinal de unidade cristã, nos disponha a correr juntos o caminho que conduz à glória eterna.

Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.








segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dom Eugênio Sales e a Lola


                                

Em 2005, não me lembro, exatamente, se em agosto ou setembro, ainda não existia a AACL – Associação dos Amigos da Causa da Lola -. Estávamos no meio de grande carência de orientação a respeito de assunto tão importante como a santidade, na nossa arquidiocese. Os padres só nos mandavam ficar quietos, e,  talvez por causa da nossa insistência em falar com Dom Luciano, ouvimos o pároco da igreja de São Manoel dizer  no sermão de uma missa, que Dom Luciano era um homem muito importante e muito ocupado, que quase não estava disponível em  Mariana; num momento estava em Brasília, noutro em São Paulo, noutro em Madri... ele não tinha tempo para dar atenção a assuntos menores.

Na saída da missa ficamos conversando, procurando uma saída para o nosso assunto, que considerávamos importantíssimo. Lembramos-nos então, que o Cardeal Dom Eugênio Sales, Emérito do Rio de Janeiro, talvez nos ajudasse.  Pelos artigos que escrevia no Jornal do Brasil podia-se notar que a visão que ele tinha da religião católica era a mesma que a nossa. Além disso, o fato de ser emérito com certeza lhe dava mais tempo, e quem sabe, poderia nos orientar?

A escritora carioca, Graça Pierotti (que estava escrevendo seu livro: "Milagres e Testemunhos Eucarísticos" [São Paulo, Palavra e Prece -Cefid, 2006] , que traz um artigo sobre a Lola e foi publicado logo depois), conseguiu-nos uma audiência com o Cardeal, usando a prerrogativa de ser avó de um grande e conhecido jornalista que até hoje não sabemos quem é. Usando o nome do neto, ela conseguiu-nos a audiência. Fomos então, no dia marcado, em dois casais, o Sr. Severino e Myriam Vieira, José Carlos Aguiar, meu marido, e eu.

Disseram-nos que o Cardeal iria nos receber muito rapidamente, que não se manifestaria a respeito de nenhum assunto e nem receberia nenhuma reivindicação; em resumo, nos receberia em nome da caridade cristã. Deveríamos levar por escrito do que se tratava o assunto, em poucas palavras, para que o Cardeal se inteirasse do assunto antes de receber-nos.

Escrevemos então, com apreensão e depois de muita oração, a seguinte carta:

                                                              "Ao Cardeal Dom Eugenio Sales
                                     
                                   Eminência,


                                     Muito agradecidos pela graça de sermos recebidos, vimos pedir sua ajuda por sabermos ser o senhor um homem de Deus. Um servo fiel do Deus Altíssimo; o que podemos comprovar por todas as suas atitudes e pronunciamentos diante das mais diversas situações.
                 

       Podemos notá-lo pelos seus escritos no Jornal do Brasil e, comprová-lo por ter o senhor participado dos funerais do Santo Padre João Paulo II como seu amigo pessoal. Certamente, se o senhor era amigo pessoal do Santo Papa, sabe realmente o que é uma alma santa.              
            

        Sabe Eminência, temos conosco um tesouro que poucas pessoas nos dias de hoje sabem reconhecer o valor. A nossa responsabilidade é enorme principalmente por termos a consciência de que ele não nos pertence, mas a todo o povo de Deus tão carente de tal riqueza. Temos sofrido muito por ver nosso tesouro ser ameaçado de ser enterrado, esquecido sem que nosso povo possa tirar proveito de uma imensa prova de amor que Deus nos dá através do exemplo de vida da nossa Floripes Dornelas de Jesus, a Lola.              
            

      A vida de Lola nos mostra as maravilhas que Deus pode operar através de uma pessoa mesmo que ela seja mulher, pobre, sem cultura acadêmica, reclusa na área rural, doente, paralítica e idosa, que vivia em clausura permanente. Enfim ela tinha todos os motivos para se sentir uma excluída, marginalizada, e, portanto revoltada se se enquadrasse no discurso das pregações modernas. No entanto era a pessoa mais feliz da face da terra. Não tinha carência absolutamente de nada. Tinha o Próprio Deus junto de si. Não precisava nem mesmo de comida e bebida material. Esse fato era apenas um insignificante detalhe para ela. Não sentia falta de nada.  
                      

          Embora presa a seu leito, tinha uma vida totalmente normal. Era uma boa “sitiante” como dizemos aqui. Sabia negociar, gerir os negócios, tinha um espírito empreendedor com o qual ajudava a muitas pessoas. Essa capacidade se manifestava mais na divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Basta ver o número de adeptos do Apostolado da Oração em Rio Pomba. Principalmente o masculino. Tudo por diligencias tomadas a partir de suas orientações.              
                    

           Não existe, praticamente, em Rio Pomba uma casa onde não se tenha alcançado uma graça por intercessão da Lola; através de suas orações, quando viva, ou após a sua morte, pedindo a sua intercessão ao Coração de Jesus.              
            

            Lola sempre foi um ponto de referencia para a nossa fé em Rio Pomba e região. Sempre teve todo o respeito e carinho de toda a população de Rio Pomba e o apoio de todos os sacerdotes que aqui serviam a Deus. E de muitos outros que vinham às vezes de longe para pedir as suas orações. Dom Oscar de Oliveira, nosso antigo Arcebispo permitiu que Santíssimo Sacramento ficasse em seu quarto, onde era adorado dia e noite (ela também não tinha necessidade de sono).              
                                   

      Sempre foi assim até o advento da chamada Teologia da Libertação quando os novos padres foram chegando com uma pregação focada no materialismo; dizendo que só tinha valor a caridade concreta. Pessoas como a Lola foram marginalizadas e ridicularizadas nas entrelinhas das pregações. Ao povo é negado o incentivo dos padres em valorizar o exemplo dado pela Lola.              
              

       Tudo o que se conseguiu até agora foi a custo de muita insistência por parte de uns poucos que não são bem vistos pelos padres, por serem adeptos de espiritualidades estéreis, segundo eles.              
                                 

      Agora temos por iniciado o processo de beatificação com a coleta de inúmeros depoimentos de graças e milagres alcançados por sua intercessão. Mas temos também uma carta do senhor Arcebispo colocando tudo nas mãos dos padres que sabemos não dar nenhum valor ao que mais valorizamos na vida da Lola. Entenda que não esperamos muito deles devido às atitudes que têm tomado até aqui. Gostaríamos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a obra da Lola continue, mas não confiamos nos conselhos que nos dão os nossos padres, que se resumem num só. Ficar quietos.
              
     Não podemos aceitar esse conselho sem antes confirmá-lo com uma pessoa como o senhor, que sabemos ser um adorador do Deus Altíssimo. Será que não podemos fazer nada mesmo? Nós, que somos naturalmente excluídos justamente pelo nosso interesse pela causa da Beatificação da Lola.
              
         Gostaríamos que o senhor nos orientasse nos dizendo o que nós, como leigos, poderemos fazer, para que uma riqueza espiritual da Mãe Igreja, como a vida da Lola, possa ser usufruída pelo maior número de pessoas possível. Mas sem, no entanto, desobedecer em nada a Sé de Roma, mesmo que, se necessário for, com muita dor no coração, contrariar os seus representantes daqui.              
                                   

        Agradecemos a Deus e ao senhor a felicidade de ter a quem reportar tudo isso na certeza de que o Coração de Jesus providenciará tudo o que for necessário para que o nosso coração continue a serví-Lo no gozo da Sua Paz e Sua Alegria.                  

                                 Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo."

                                                         

Ao nos encontramos, pois ela também participaria da audiência, dona Graça nos tranquilizou dizendo que o escrito estava bom.

Ao chegarmos, entregamos a carta à secretária na entrada da sala, e aguardamos. Após alguns instantes, vimos o Cardeal entrar com uma enorme expressão de alegria e nos conduzir para uma ampla sala de reuniões. Queria saber tudo, estava como quem tivesse recebido um grande tesouro com as informações que trazíamos. Myriam mostrava-lhe as cópias de alguns documentos, que ele  olhava com grande entusiasmo.

Depois falou-nos por longo tempo, que as coisas eram complicadas, que ele não poderia aceitar nos ajudar diretamente por causa das normas éticas, uma vez tínhamos um arcebispo a quem reportar, mas que talvez, o então novo bispo auxiliar de Juiz de Fora, Dom Paulo Francisco Machado, pudesse nos dar algumas orientações por estar numa cidade bem próxima a Rio Pomba e ter um pouco mais de disponibilidade como bispo auxiliar.

O que ficou intensamente marcado na nossa memória foi o fato de Dom Eugênio, enquanto falava, ficar apertando contra o coração as cópias dos documentos que Myriam levara, pensávamos que fosse devolvê-los, mas ele disse que tudo deveria ficar com ele.


             Despediu-nos com sua bênção, e seu silencioso estímulo.

Logo em seguida, marcamos uma audiência com Dom Paulo. Ele jovem, muito jovem, ficou muito impressionado com o assunto que levamos. Disse que no seminário não aprendeu nada a respeito de piedade, em palavras dele "só conheceu o Evangelho, seco." Disse que também não poderia nos orientar por razões de ética.


Dom Paulo também foi de grande valia para a Causa da Lola, foi ele que nos disse, ao perguntarmos se poderíamos fundar a associação ( a AACL - Associação dos Amigos da Cauda da Lola) que: "Os cristãos podem e devem se associar para realizações, desde que observem os dez mandamentos".





                         

domingo, 22 de julho de 2012

Do quê a senhora tem medo? E ela diz: de ofender a Deus! Este é o único medo que devemos ter na vida.


Do quê a senhora tem medo? E ela diz: de ofender a Deus! Este é o único medo que devemos ter na vida. –Palavras da Lola segundo o Dr. Cláudio Bomtempo em seu artigo publicado n'O Imparcial do dia 12 de setembro de 2010



Na verdadeira doutrina católica, o amor ao próximo é derivado do amor de Deus. Amamos ao próximo porque ele é amado por Deus, a quem amamos sobre todas as coisas, que se existem é porque foram por Ele criadas.

A inversão desses valores, a troca de lugar do amor ao próximo pelo amor de Deus é responsável por todo o caos em que vivemos. O caos do relativismo. Se o próximo fica no lugar de Deus, tudo o que ele faz está certo, mesmo se vai contra todas as leis natureza e dos preceitos divinos.

O pecado passou a ser admoestar, chamar atenção para erros cometidos, principalmente por aqueles cujos atos atingem um grande número de pessoas, cada uma delas com seus direitos inerentes.

Em Rio Pomba vivemos estes tempos com total intensidade porque a santidade da Lola é maior do que todo o materialismo, por mais poderoso que ele seja.
Por mais que a queiram olhar com olhos pragmáticos, a transcendência da sua vida se mostra maior.

Porém, o raciocínio materialista e pragmático já se  encontra atuante na maioria das pessoas, principalmente porque estas ideias têm sido veiculadas  há muitos anos, pelos padres, pela catequese, pelos livretos de cursos de batismo e noivos, pelas músicas cantadas na igreja, todas de fundo materialista, ou seja, trazem a mensagem de o que importa é o conforto material do outro, do próximo; tudo mais é sem sentido se for desvinculado do amor incondicional ao próximo.

Apesar de a piedade cristã fazer parte do DNA do povo, ela é continuamente desmotivada; quantas missas temos, por dia, na cidade cuja população aumentou consideravelmente?

A Santa Missa é o cerne da vida católica, é nela temos o Cristo presente em corpo, alma e divindade, para atender pessoalmente a cada ovelha do seu rebanho. No entanto, cada vez temos menos missas. . .

O pseudocatolicismo de hoje, pragmático, passa por cima de tudo o que remete ao transcendente, assim os ritos são cada vez menos solenes, cada vez mais teatrais, envolvendo a participação de cada vez mais pessoas, que se sentem importantes por serem evidenciadas.

Cada vez mais o social ocupa o espaço do espiritual.

Nesse ambiente, inóspito à espiritualidade, a Lola passou seus últimos dias, tomou as precauções que podia quanto à guarda da sua espiritualidade, fazendo um testamento que tece detalhes do que haveria de ser feito por quem quisesse fazer uso do seu patrimônio material, que para ela era apenas instrumento, suporte, para fazer com que o Sagrado Coração de Jesus fosse cada vez mais conhecido, e, portanto, amado.

Mas o pragmatismo materialista não considerava relevante sua espiritualidade, para ele, a espiritualidade é estéril, não traz nenhum benefício material ao povo.

Desta maneira, segundo o relato de quem participou do evento, logo após sua morte, algumas pessoas entraram na sua casa, fizeram uma assepsia das coisas que poderiam ser consideradas relíquias, e até suas roupas, foram levadas para Juiz de Fora para serem doadas aos pobres, porém, como houvesse reclamações a esse respeito, essas roupas voltaram, depois.

O que foi feito do seu tesouro, das caixas com os santinhos marcados pelas comunhões das primeiras sextas-feiras, que as pessoas que alcançavam graças lhe levavam, sinais de louvor e culto ao Sagrado Coração de Jesus?

Segundo relato de pessoas participantes, nas reuniões que se seguiram logo após sua morte, ficou proibido mencionar o seu testamento, embora o jornal O Imparcial o tenha publicado.

A princípio, o padre Paulo Dionê, seu diretor espiritual vinha sempre a Rio Pomba, assim como frei José, e mais sacerdotes amigos da Lola, que de repente, pararam de vir para as celebrações das primeiras sextas-feiras, enquanto o pároco da Paróquia de São Manoel desestimulava a vinda de pessoas de fora, dizendo que a missa ali celebrada, era a mesma celebrada nas suas cidades, que o pároco de cada uma delas poderia ficar enciumado se elas viessem a Rio Pomba.

Ao ver a memória da Lola se tornar quase um tabu, porque falar da santidade dela provocava a crítica dos padres, foi, a duras penas, vencendo todas as barreiras impostas pela Arquidiocese, fundada a AACL, Associação dos Amigos da Causa da Lola.
Durante os trâmites da fundação constatou-se o golpe à memória da Lola, as escrituras de suas terras, (por que se tornaram duas?) diziam que elas estavam livres e desimpedidas de qualquer ônus ou obrigação podendo receber o destino que quiser do seu proprietário.

As pessoas se acostumaram a nos ver como quem está muito preocupado com as terras, como fossemos delas tirar algum proveito pessoal, ou que déssemos muita importância à propriedade material em si.

É muito proveitoso, para quem está do outro lado, que a confusão ocupe a cabeça de quem não dá tanta importância ao assunto.

Mas o que concretamente acontece é que:

-Lola fez um testamento especificando o destino de suas terras: integralmente para a divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, segundo Santa Gertrudes e Santa Margarida Maria de Alacoque.

- Seu testamento "desapareceu" das escrituras, o que isso significa:

- Que Dom Luciano Mendes de Almeida, que as assinou recebendo, considerou sua vontade irrelevante, sem valor, o que significa que:

- Para Dom Luciano a santidade de Lola não tinha nenhum valor, porque se ele a considerasse, não teria coragem de fazer o que fez, receber as escrituras em tais condições, omitindo o testamento, porque consideraria que a vontade da Lola, manifestada no testamento, estava totalmente de acordo com a vontade de Deus, a Quem ele, mais do todos, deveria servir fielmente.

- Dom Luciano, ainda que não considerasse Lola santa, por dever de autoridade eclesiástica e cidadão civil não poderia aceitar receber escrituras das quais foram omitidas a averbação do testamento a que estavam vinculadas. Isto constitui uma fraude, um crime pelas leis do nosso país.

- É sabido que as ações urdidas em sigilo, ao arrepio da lei e dos princípios morais são denominadas, pelos intelectuais, de manipulação, pelos que se dizem politicamente corretos, desvio de função e objetivo; mas para as pessoas sérias e de coração simples o termo correto seria tramoia ou trambique, não importando quem e quais sejam as pessoas nelas envolvidas.


A diretoria da AACL procurou por diversas vezes as autoridades da Arquidiocese pedindo que fosse sanado esse erro, pelo qual só recebia adjetivos desqualificativos de todos os tipos, proferidos no altar. Findados todos os recursos entrou-se com um pedido judicial no Fórum de Rio Pomba.

Durante todos esses anos Dona Myriam, que era, então, presidente da AACL, sofreu todas as pressões para que retirasse o processo do Fórum.

Importante notar que nunca era cogitada a correção do erro no cartório por iniciativa da Arquidiocese.

Por que a necessidade de que o processo seja retirado do Fórum pela parte queixosa?

A resposta nos veio, por Dom Geraldo Lyrio, atual arcebispo de Mariana, quando convocou uma reunião com a diretoria da AACL, cujo objetivo, ficou claro, era tirar o processo do Fórum e extinguir a associação:

Suas palavras foram ameaçadoras:
"Cuidado com o que vocês escrevem sobre a Lola, qualquer, mas qualquer, coisa que for publicado sobre um candidato ao altar será considerada num processo de beatificação."

Se for verdade, a beatificação de Dom Luciano Mendes de Almeida, o grande, conhecido no mundo inteiro por suas atividades políticas, está sendo ameaçada por um processo na justiça no qual ele é acusado de receber escrituras de terras de maneira fraudulenta, prejudicando a memória de uma humilde serva de Deus que vivia somente do seu Deus na Eucaristia.

Pode soar como um insulto a ouvidos sensíveis o dizer uma coisa dessas, mas, a AACL, que reivindica na justiça a reparação do erro, se sente sobremaneira insultada pela atitude do então arcebispo.

Embora considere e peça que esta falta lhe seja reparada pelo Sagrado Coração de Jesus e que sua alma goze da companhia da Lola no Céu, a associação não tem o poder de abafar este fato, em prejuízo do Reino de Deus. Seria arrogância e prepotência passar por cima dos interesses do Reino de Deus, tal como é concebido pela espiritualidade da Lola e diz a nossa fé, para acobertar um erro do então arcebispo, para agradar as pessoas, por mais importantes que sejam.

Aqui cabe de novo:
Do quê a senhora tem medo? E ela diz: de ofender a Deus! Este é o único medo que devemos ter na vida.

Deveríamos obedecer a quem dá ordens contra o reino de Deus?

Seria justo, diante de Deus, deixar como estão as escrituras desvinculadas do testamento, para que Dom Luciano Mendes goze da glória dos altares, ele que tanto trabalhou para que os interesses sociais sobrepusessem os interesses espirituais defendidos e praticados pela Lola e que compreendem os verdadeiros interesses da nossa religião?

Esperamos poder deixar claro que o motivo que nos move nesta luta é apenas espiritual, que as terras deixadas pela Lola possam ser usadas segundo o seu testamento somente para a prática, estudo  e divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Isto constitui um direito nosso como parcela da população católica, quer seja ou não do agrado de quem ocupe os cargos administrativos da Arquidiocese de Mariana, uma vez que estão em perfeita comunhão com o as orientações do Santo Padre, o Papa.

Respeitamos o direito dos adeptos da teologia da libertação de lutar para o mundo seja segundo o seu ideal, porém não abrimos mão do nosso espaço na vida eclesial, não podemos calar a voz da nossa piedade cristã por decisão de vontade meramente humana.

Quem acredita no princípio da igualdade, bandeira desse movimento, deve reconhecer que nós, adeptos da espiritualidade da Lola, da religião Católica Apostólica Romana tal como se encontra registrada no Catecismo da Igreja Católica e em todos os documentos da Santa Sé de Roma, também temos o direito de lutar pelo nosso ideal de viver e divulgar a nossa crença, conforme assegura o Código de Direito Civil Brasileiro (CF, art. 5º, VI a VIII).

Dentro do pensamento da teologia da libertação, reivindicamos o tão proclamado direito das minorias. Gostaríamos de ser considerados próximos deles para gozar de todas as prerrogativas que conferem às pessoas alvos dos seus processos de inclusão. Precisamos que eles reconheçam e lutem pelo nosso direito assim como abraçam causas tão diversas.

De nossa parte, se deixarmos de fazer o que fazemos, se capitularmos às promessas lisonjeiras e às pressões ameaçadoras, estaremos ofendendo nosso Deus, estaríamos entre os que trocam o amor de Deus pelo amor ao próximo, ao próximo que cada vez recebe menos amor, porque Deus, que é o Amor, tem sido cada vez mais excluído de suas igrejas.

Confiamos no Sagrado Coração de Jesus, nos apoiamos no exemplo da Lola, e somos infinitamente gratos a Ele por poder viver o seu amor com tanta intensidade! Quanto mais difícil a situação, mais presente Ele se mostra, uma vez que sabe que só conseguiremos o que for, por Ele, com Ele e nEle.

Tudo por Vós ó Sagrado Coração de Jesus!

Leituras complementares:








Testamento da Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola


COMARCA    DE   RIO  POMBA  –  MG.
            RITA DE CÁSSIA SILVA VIEIRA CAMPOS
                             Escrivã 2º Ofício Cível
                                   Tabeliã 2º Ofício de Notas
Forum “Nelson Hungria” – Praça Gov. Valadares, 234 – Fone 571-1113
TRASLADO DA ESCRITURA DE TESTAMENTO LAVRADA NO LIVRO 1 T,fls.71v a 75,em 07 de fevereiro de 1983.

“ESCRITURA PÚBLICA DE TESTAMENTO QUE FAZ FLORIPES MARIA DE JESUS, também conhecida pelo nome de FLORIPES DORNELLAS D COSTA, na forma abaixo: "SAIBAM quantos este público instrumento de testamento virem que, aos sete (07) dias do mês de fevereiro do ano de hum mil novecentos e oitenta e três (1983), da Era Cristã, na zona rural deste Município de Rio Pomba, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil, na residência da testadora, no lugar denominado "LINDO VALE", onde vim a chamado, compareceu a testadora FLORIPES MARIA DE JESUS, também conhecida por FLORIPES DORNELAS DA COSTA, brasileira, solteira, maior, com setenta e um anos de idade, de prendas domésticas, estando também presentes as cinco (05) testemunhas idôneas, previamente convocadas para este ato e que são as seguintes: D. Cleonice de Carvalho Deotti, solteira, maior, cotnadora, TE nº 20596, 142ª ZE-MG., residente e domiciliada em Juiz de Fora-MG.; Francisco Pereira Campos, pecuarista, casado, C.ID. RG.M-2.320.111-SSP-MG., em 03/06/1980; Antônio Mendes de Oliveira Campos, casado, industrial, cartão de Id. Reg. nº 330.301, SSP-MG em 17/04/1962; Amantino Teixeira Quintão, casado, beneficiário do INPS, TE nº 5.613 230ª ZE-MG.; Geraldo de Assis Coelho, solteiro, maior, eletrotécnico, TE nº 11.249 230ª ZE-MG, todos brasileiros, pessoas capazes, sendo a testadora minha conhecida e das testemunhas referidas, também minhas conhecidas e, que comigo constataram achar-se a mencionada testadora FLORIPES MARIA DE JESUS, também conhecida por FLORIPES DORNELAS DA COSTA, em pleno gozo das faculdades do entendimento, revelando estar em perfeito juízo e, livre de toda e qualquer coação ou constrangimento, do que dou fé. E, na presença das testemunhas, a testadora que se encontra em uma cama, onde permanece há vários anos, declarou a mim tabeliã, o idioma nacional, que resolveu fazer, como ora faz, pela presente escritura e nos melhores termos de direito o seu testamento e disposição de última vontade; que é brasileira, solteira, maior, tendo nascido no dia vinte e sete (27) de junho de hum mil novecentos e onze (1911), em Mercês, neste Estado de Minas Gerais, tendo passado a residir neste Município de Rio Pomba, desde a idade de (03) três anos; que sempre professou a religião Católica Apostólica Romana; que a cruz que a ela testadora foi entregue, quem a carrega é o Sagrado Coração de Jesus, em todos estes anos de sua existência; que ao Sagrado Coração de Jesus, a testadora entregou sua vida, e a ele deve a própria vida e tudo o que tem; que é filha legítima de Joaquim Dornellas da Costa e de D. Deolinda Maria de Jesus, ambos falecidos, não tendo a testadora, ascendentes e nem descendentes, podendo, pois, dispor livremente de seus bens. Disse a testadora, sempre em presença das testemunhas que, por compras feitas do Dr Último de Carvalho e sua mulher e Luiz Homem da Costa Campos e sua mulher e, ainda, em virtude de heranças de seus pais Joaquim Dornellas da Costa e D. Deolinda Maria de Jesus, é ela testadora senhora e legítima possuidora de bens imóveis consistentes em terras e benfeitorias, situados na zona rural deste Município de Rio Pomba-MG.; que é também possuidora de bems imóveis, inclusive semoventes, que se encontram no referido imóvel, localizado no lugar denominado "LINDO VALE". Declarou, então, a testadora FLORIPES MARIA DE JESUS, também conhecida por FLORIPES DORNELLAS DA COSTA, que determina que por ocasião de seu falecimento os bens imóveis referidos, bem como os bens móveis, semoventes que possuir, ficarão pertencendo em sua totalidade à CONGREGAÇÃO DOS PADRES JESUÍTAS DO BRASIL, ficando reservado o usufruto vitalício dos mesmos bens para DORVINA MARIA DE JESUS, também conhecida por DORVINA DORNELLAS DA COSTA, brasileira, solteira, maior, de prendas do lar, com a idade de, mais ou menos, setenta e sete (77) anos, residente e domiciliada em companhia da testadora, sua irmã. Declarou a testadora, que sua irmã Dorvina Maria de Jesus, também conhecida por Dorvina Dornellas da Costa, depois do falecimento dela outorgante testadora, terá o direito de usufruir dos referidos bens enquanto viva for, administrando os ditos bens, sem a intervenção de terceiros, não ser que essa intervenção se faça em virtude de consentimento expresso da usufruta’ria. Disse, ainda, a testadora, que no caso de sua irmã Dorvina falecer, antes dela testadora, os mencionados bens pertencerão à CONGREGAÇÃO DOS PADRES JESUÍTAS DO BRASIL, isentos da cláusula de usufruto, por ocasião do falecimento dela testadora; sendo que os bens deverão ser administrados pelos Reverendíssimos Padres Romeu Ribeiro de Faria e Roque Schneider, ou se estes já tiverem falecidos, seus respectivos sucessores nos cargos em que ocupam; que os bens terão a seguinte destinação: os representantes da Congregação deverão conservá-los, podendo construir nas terras, convento, seminário, casa de retiro, mas utilizar referidos bens, principalmente para propagar a devoção do Sagrado Coração de Jesus, na mesma medida em que a outorgante testadora propaga, a fim de que o Sagrado Coração de Jesus seja conhecido e amado; que deverão ser distribuídos anualmente, vinte e quatro (24) imagens do Sagrado Coração de Jesus, quadros para entronização, quarenta mil exemplares da novena eficaz do Sagrado Coração de Jesus, trinta mil exemplares do livrinho "Grande Promessa", trinta mil exemplares do santinho de anotar novenário e, fitas para os homens do apostolado do Sagrado Coração de Jesus de Rio Pomba-MG., sendo a distribuição gratuita. Disse a testadora que é desejo seu que os bens imóveis e móveis sejam conservados e nunca alienados, mas se for necessária e benéfica a alienação dos bens, que seja feita, mas de maneira que nunca seja interrompida a propagação do Sagrado Coração de Jesus conforme foi determinado; que a permuta por outros bem imóveis; somente poderá efetivar-se, se estes bens estiverem situados neste Município de Rio Pomba-MG.; que qualquer que seja a forma de alienação, a propagação ao Sagrado Coração de Jesus, as distribuições gratuitas não poderão ser interrompidas neste Município de Rio Pomba-MG., pois é aqui que a outorgante testadora sempre viveu e pretende ficar até os últimos dias de sua vida, se esta for a vontade de Deus. Disse finalmente a testadora que todos os demais bens que possuir por ocasião de seu falecimento e que não foram expressamente mencionados neste instrumento, ficarão pertencendo à CONGREGAÇÃO DOS PADRES JESUÍTAS DO BRASIL; que, por este instrumento revoga todo e qualquer testamento público ou particular, codici-lo que, por ventura, haja anteriormente feito, para que só este tenha inteira e plena validade como manifestação de sua última vontade; que nomeia testamenteiros os Reverendíssimos Padres Romeu Ribeiro de Faria e Roque Schneider, servindo um na falta ou impedimento do outro, na ordem em que foram nomeados".Ato contínuo escrevi este testamento em meu livro de notas, de acordo com as declarações ditadas pela Testadora, em presença de das cinco(5) testemunhas, já qualificadas, senso que as últimas quatro residem na cidade de Rio Pomba-MG.,testemunhas essas idôneas e, foi considerado conforme as declarações da testadora,não só por esta, como pelas cinco testemunhas que assistiram este ato desde o princípio até o fim. E, pela testadora me foi dito, finalmente, que pede à JUSTIÇA deste país que cumpra e faça cumprir este testamento conforme se acha redigido, em virtude de estar o mesmo de pleno acordo com as suas declarações. E, em seguida à leitura deste testamento, em voz alta, ante a testadora e as cinco testemunhas que assistiram a todo o ato desde o princípio até o fim, vais devidamente assinado pela testadora, testemunhas e por mim (a) Rita de Cássia Silva Vieira Campos, Tabeliã do 2º Ofício de Notas da Comarca de Rio Pomba-MG., que lavrei este instrumento, subscrevi e assino em público e raso, certificando e portanto por fé, haverem sido fielmente observadas todas as solenidades e formalidades legais e,principalmente aquelas especificadas no art. 1632 do Código Civil Brasileiro e circunstanciadamente mencionadas neste ato.Certifico, ainda, que da presente será enviada nota ao competente distribuidor.EM TEMPO: Às fls.72, onde se lê “do aposentado”, leia-se “do INPS”. Dou fé. Rio Pomba, 07 de fevereiro de 1983. EM TESTEMUNHO    (SINAL PÚBLICO) DA VERDADE.(a) RITA DE CÁSSIA SILVA VIEIRA CAMPOS.(a) FLORIPES MARIA DE JESUS.(a) FLORIPES DORNELAS DA COSTA. Test.:(a) Cleonice de Carvalho Deotti. Test.: Francisco Pereira Campos.Test.:(a) Antonio Mendes de Oliveira Campos. Test.: (a) Amantino Teixeira Quintão. Test.: Geraldo de Assis Coelho. (a)RITA DE CÁSSIA SILVA VIEIRA CAMPOS. “Nada mais. Traslado fiel extraído”na mesma data por mim____   assinatura____ (Rita de Cássia Silva Vieira Campos) Tabeliã do Segundo Ofício de Notas que o datilografei, subscrevi e assino em público e raso.
                   Rio Pomba,07 de fevereiro de 1983
Em testemunho __rubrica_ da verdade
___assinatura________________________
RITADE CÁSSIA SILVA VIEIRA CAMPOS

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno



A tarde do dia 19 de julho de 2012 foi muito importante para os católicos que conhecendo bem a sua religião, têm visto com sofrimento os efeitos da contaminação da nossa doutrina com a ideologia marxista, feita de tal maneira que nem mesmo muitos agentes desta contaminação têm consciência clara do movimento de participa.

Uma voz dissonante das inúmeras que pregam, direta ou indiretamente,  que o amor ao próximo seja  mais importante que o amor a Deus, está a do professor Felipe Aquino, doutor em engenharia mecânica, que se tornou escritor de quase 80 livros sobre a nossa Igreja, sua história, sua doutrina, seu tesouro de sabedoria amealhado por mais de 2000 anos por meio de seus santos. Os santos católicos são pessoas que se tornaram exemplo por terem conseguido uma perfeita harmonia entre sua crença e a vida pessoal, e assim, conseguem produzir todo o bem que seriam capazes, graças à uma amizade plenamente acontecida entre Deus e a pessoa santa.

Em publicar estas riquezas culturais, divulgando o conhecimento que pautou a evolução da ciência no mundo ocidental, e principalmente tornando-as palatáveis para os jovens do nosso tempo, tem sido a vida do prof. Felipe Aquino, por meio dos seus livros, do sistema Canção Nova de comunicação e da internet.

Em consequência de sua obra, o Papa Bento XVI o condecorou com o título de Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, por meio do bispo de Lorena, Dom Benedito Beni dos Santos durante cerimônia que antecedeu uma missa festiva no imenso recinto da Canção Nova em Cachoeira Paulista, SP., da qual participou milhares de pessoas.

Esta condecoração significa muito para os que, confiando em Deus, veem nesta homenagem uma confirmação de Deus, por meio do seu representante na terra,o Papa, de que os que os que têm fome e sede da Verdade, do amor de Deus, serão saciados, e que nenhuma confusão existe para aqueles que põem nele a sua confiança  (Dan 3, 41).

É como se Deus nos dissesse: Confirmo seu professor, tudo o que ele ensina, e o que aprendeu com ele, está certo.

Para registrar esse momento, que tive a felicidade de participar, está aqui uma foto do professor na procissão de entrada da Santa Missa.








terça-feira, 17 de julho de 2012

Carta aberta ao Dr. Cláudio Bomtempo



autor do livro: “O que meu Coração Aprendeu”.
           
Em resposta ao artigo publicado nO Imparcial do dia 12 de setembro de 2010. Esta carta foi postada no blog dO beija-flor em 18 de setembro de 2010.




Agradeço profundamente a oportunidade dada pelo seu artigo no último número de O Imparcial. Ele trouxe a oportunidade de falar, a uma pessoa tão importante, a respeito de nossa querida AACL- Associação dos Amigos da Causa da Lola, que é quase tão singular como foi a vida de nossa querida Floripes Dornelas de Jesus.
           
        Gostamos de dizer que nossa associação nasceu de uma sociedade entre a onipotência do Sagrado Coração de Jesus e a nossa indigência. Poderia o senhor dar outra explicação para o fato de que pessoas tão imperfeitas terem tido condições e coragem de realizar o que até agora foi feito, a não ser por meio da Graça de Deus movendo a peculiar audácia dos que se sabem pequeninos?
           
           Seria possível, aos olhos de quem ainda preza a lógica, que alguns poucos cidadãos se reunissem para defender e lutar por algo tão pouco valorizado no mundo atual, como um caso de Santidade como o da Lola, e que ainda tivessem algum sucesso? Acredito que concordará que não é razoável fazer o que fazemos pelo raciocínio do mundo profano.
            
           Não seríamos capazes de realizar nem um décimo do que fazemos se não fosse à custa de nosso Sócio Maior: o Sagrado Coração de Jesus, que todos os dias nos alimenta a alma e nos reveste da ‘armadura do cristão’, a que o senhor se refere em efésios 6...
           
         Se assim não fosse, há muito nossa associação teria perecido, pois sempre recebemos dos que esperávamos que ocupassem o nosso lugar, os mesmos adjetivos que senhor cita no seu artigo: arrogantes, intransigentes, mesquinhos, ambiciosos... No entanto apesar de todos eles nossa humilde associação tem resistido a todas as tormentas. Certamente não por nossas virtudes.
            
           Tornou-se muito difícil acontecer nos dias de hoje a beatificação de uma pessoa como a Lola, que vivia somente da Santíssima Eucaristia. Hoje o ambiente está mais propício aos militam em favor das causas como: o meio ambiente, os animais e os pobres de bens materiais.
            
            Os que se propõem a defender os direitos de Deus e de seus santos são vistos como se fossem de outro planeta. Às vezes, quando falamos da Lola, algumas pessoas até se assustam, duvidam. Torna-se cada vez menor o número dos que valorizam uma vida de recolhimento e oração.
            
             Ficamos muito felizes quando o senhor diz que se sente chamado para trabalhar nesta obra. Nós, que fomos chamados antes, somos muito gratos ao Sagrado Coração de Jesus por hoje haver uma Causa pela qual o senhor possa lutar.
            
            Só não nos peça para “flexibilizar” (expressão muito usada pelos relativistas) no que tange a tirar da Justiça o processo que pede a anexação do Testamento da Lola às escrituras de suas terras.
            
           Não somos capazes de fazer isso doutor Cláudio, pelo mesmo motivo que o senhor diz no seu artigo: A Lola não tem culpa de nada!

Se realmente o senhor a considera uma pessoa santa, com certeza concordará conosco que a sua vontade consignada num Testamento Público não pode ser considerada irrelevante. Não seria justo!

Não podemos, como pessoas formadas na fé e no exemplo de Lola, outorgar a quem quer que seja, o direito de simplesmente ignorar a vontade dela consignada em Cartório, de acordo com todos os trâmites das leis de nosso país. Seria como se sua vontade, tão enfaticamente manifestada, fosse de menor importância, podendo ser suplantada pela opinião e desejo de qualquer pessoa, por maior que seja a sua importância aos olhos do mundo.
            
           Acreditar, além de aceitar tal ideia, seria diminuir o seu valor, a sua importância e até mesmo o grau de sua santidade.
           
           Nós procuramos viver concretamente a cada dia a nossa fé, fazendo sempre o possível ao nosso alcance para que, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus aconteça com toda a intensidade que possa alcançar herança moral, espiritual e material da Serva de deus, Floripes Dornelas de Jesus, a Lola.
            
         Se a sua herança moral e espiritual fosse tão valorizada como deveria, certamente não seria necessária a luta a que somos obrigados a enfrentar para defender sua herança material.
            
              Quem aceita trabalhar na‘vinha do Senhor’ não pode escolher serviço que deve fazer, tem que, pela graça de Deus, realizar o se fizer necessário ao Reino de Deus.
`          
         Podemos lhe garantir que não há serviço mais valioso, prazeroso e gratificante. É maravilhoso ter as constantes feridas do coração curadas pessoalmente por Aquele por Quem lutamos.
            
         Tudo o que fazemos, o fazemos por raciocinar ancorados na fé e doutrina abraçadas pela Lola, a doutrina da Santa Igreja Católica Apostólica Romana e com o intuito de continuar a sua obra de divulgação à devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Portanto doutor Cláudio, esperamos e pedimos que o próprio Coração de Jesus se entenda com senhor e o esclareça a cerca da AACL, que acreditamos que tenha nascido da Vontade de Seu Coração, a ponto de aliciar alguns católicos para que cultivem o seu Amor à moda Lola, para que ele sacie a, cada vez mais intensa e sofrida, fome de Deus que humanidade padece.

Tudo por Vós ó Sagrado Coração de Jesus!

                                                                                             Giselle Neves Moreira de Aguiar