Pelo que posso acompanhar por meio da mídia, no Brasil
vivemos hoje um tempo em que grande parte da população saiu da condição de
quase miséria à condição de pobre, e ainda grande parte dos pobres passaram a
ser classificados no que os especialistas da área denominam classe média.
Há um grande ufanismo por parte do governo em contabilizar
como obra sua essa elevação no padrão de vida da população. No entanto, o
grande provedor dessa transmissão de recursos é na verdade o pequeno
trabalhador da classe média, o pequeno empreendedor, o profissional liberal, o
pequeno produtor rural que constantemente é espoliado pelo governo por meio de
taxas e impostos escorchantes com os quais o governo pode simplesmente doar às
pessoas mais pobres por meio do projeto bolsa família. Se assim fosse estaria
bem, porém, o que entristece é ver que a população pobre está sendo comprada
com dinheiro da mesma maneira que os socialistas acusam os liberais de
manipular as pessoas através dos meios de comunicação.
Na verdade a pobre classe média financia todo o gasto do
país pagando mais de 40% em cada compra que efetua, sem receber em troca o que
seria devido como retorno em saúde e educação, por exemplo. A “pobre classe
média” ainda tem que pagar escola particular para os filhos, e cada vez mais
caros, planos de saúde os quais, pode
mesmo parecer cômico, elegem quais as doenças as pessoas poderão ter, e quais
os exames a que poderão ser submetidos.
Ainda assim a pobre classe média brasileira tem poucas
chances de ver dias melhores, uma vez que a grande burocracia de um governo
socialista a impede de exercer a livre iniciativa tirar proveito da grande
criatividade e empreendedorismo natural do nosso povo, que poderia gerar
inúmeras riquezas se não fossem as leis cada vez mais rigorosas que transformam
possíveis empresários em contraventores, porque se torna cada vez mais difícil
atender as exigências legais para se estabelecer.
Por
isso vivemos um tempo em que todos se dizem “concurseiros”, todos querem um
emprego público, todos preferem ter como patrão aquele que fica com quase a
metade o faturamento de todo o trabalho no país, do sócio de todos os que
empreendem, trabalham, dão emprego enquanto recebem o estigma de exploradores
do trabalho alheio e o governo posa de paternal e bondoso com o fruto do
trabalho deles, faz cortesia com o chapéu alheio.
Mais sobre o assunto em: http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/11/crise-europeia-fruto-da-escola-de.html
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