terça-feira, 27 de dezembro de 2011

São João Evangelista, um jovem com sede de Verdade e Amor, como os de hoje.


Hoje, 27 de dezembro, a Igreja comemora São João Evangelista.
Ele era o apóstolo mais novo de Jesus. Um quase adolescente no 
meio de homens já feitos. A este fato pode-se dever a sua natural e 
ainda não “educada”maneira nos relatos dos evangelhos.

Estava sempre o mais próximo possível do Mestre
em todas as ocasiões,sem nenhum respeito humano, transmitia 
seus sentimentos e posicionamentos. Também sempre junto de São Pedro,
 de temperamento impulsivo como o seu. Talvez um estivesse sempre a encorajar
o outro pois partilhavam os mesmo sentimentos em relação ao Mestre.

Na última Ceia, esteve mais próximo do mestredo que Pedro. 
Não hesitou em descansar a cabeça no local relativo ao Coração de Jesus, 
demonstrando um profundo conforto, atitude que os seres humanos 
de hoje têm já grande dificuldade em conhecer e assimilar o significado.




Alguns seriam bem capazes de interpretar de maneira maliciosa esse gesto.
Sãos os “neo-bárbaros” que perdem cada vez mais a capacidade de assimilar 
o divino vendo, lendo, e ouvindo com coração. A tudo reduzem aos miseráveis 
interesses meramente humanos.

Talvez seja por causa desta experiência física do amor de Deus que João teve a
atitude contrária à de Pedro quando, na quinta feira santa, separou-se dele,
cujo medo se mostrou maior do que o amor que dedicava ao Mestre.

O intrépido João seguiu firme, junto a Jesus em todo o seu calvário, até o último instante.
Deve ser por isso também que recebeu a guarda e, ao mesmo tempo, a proteção da
Santa Mãe de Deus,no lugar de todos os que, ao longo do tempo linear, continuassem
a cultivar o Amor- Verdade, e, portanto, a usufruir do convívio inenarrável com Ele, 
 e sua Mãe

Em tempos em que a preservação do meio ambiente é tão priorizada, haverá alguém com
espírito ainda apto a entender essa linguagem da alma com o coração? Tenho certeza de que sim.

Para estas almas, ainda vivas, seguem dois trechos: O primeiro é do livro 
Paz, Amor e Alegria, Mês do Sagrado Coração de Jesus segundo 
Santa Gertrudes, do Pe. André Prévot S.J., editado pela

"Um dia, São João, o Apóstolo dileto do Coraçãode Jesus, foi mostrado 
à Santa Gertrudes no fulgor de uma glória incomparável

--”Meu amabilíssimo Senhor, diz a Santa a Jesus Cristo, 
donde me vem que me apresenteis, a mim, indigna criatura, 
vosso discípulo mais caro?
– Quero, respondeu Jesus, estabelecer entre ele e ti um amizade íntima: 
ele será teu apóstolo para te instruir e dirigir.
Dirigindo-se então, a Gertrudes, João lhe dizia:
--“Esposa de meu Mestre, vinde: juntos repousaremos a cabeça no dulcíssimo 
peito do Senhor; nele estão encerrados todos os tesouros do céu....

As pulsações do Coração de Jesus arrebatavam a alma de Gertrudes:
--“Bem-amado do Senhor, perguntou ela a São João, estas pulsações 
harmoniosas que me rejubilam a alma, rejubilaram a vossa quando
repousastes, durante a Ceia, no peito do Salvador?
-- Sim, ouvi-os e a suavidade delas penetrou-me a alma até a medula. 
– Donde vem, pois, que no vosso evangelho, apenas o tenhais 
deixado entrever os segredos amorosos do Coração de Jesus Cristo?
--- O meu ministério, naqueles primeiros tempos da Igreja, respondeu 
o Apóstolo dileto, devia cingir-se a dizer sobre o que o Verbo Divino, Filho
eterno do Pai, algumas palavras fecundas que a inteligência dos homens 
pudesse sempre meditar, sem lhe esgotar jamais as riquezas; mas aos últimos
tempos estava reservada a graça de ouvir a voz eloquente do Coração de Jesus.
 A essa voz o mundo envelhecido rejuvenescerá; sairá do seu torpor, 
e por calor do amor divino  haverá de ser inflamado."

O segundo é da Primeira Carta de São João, leitura da missade hoje,
quando a Igreja comemora São João Evangelista:

 "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os 
nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado 
no tocante ao Verbo da vida ,porque a vida se manifestou, e nós a temos visto
damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e 
que se nos manifestou .
 O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós 
tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu 
Filho Jesus Cristo. Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja 
completa. (1Jo,1, 1-4) 
                      
Ambas as leituras são dedicadas a quem tem coração apto à compreender e assimilar 
a linguagem dos filhos Deus. Por meio delas se pode alcançar o descansar a cabeça 
no Coração de Jesus e ter nEle, no foco de todo o Bem em todos os tempos, 
o conforto para sentimento e pensamento,o que proporciona o equilíbrio, 
o discernimento e a firmeza necessários para cruzar o oceano de informações, 
nem sempre honestas a que somos continuamente submetidos e que poderá nos 
matar asfixiados, por falta do Verdadeiro Amor, que é essencial, mais precioso 
do que a água para quem deseja ser humano em toda plenitude do significado.



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal


Que neste Natal você reuna todas as suas qualidades
para perceber, com a máxima intensidade, a delícia que é a
Presença de Deus no meio dos que O desejam. E tenha, como
consequência, o sentir-se amado(a) pela Mãe de Deus
(que também é sua) colocando-se no lugar do Deus Menino.
Agradecendo o seu prazeroso convívio durante
o ano que passou, desejo:
Um santo e abençoado Natal para você e todos
os seus queridos.
Um abraço forte,
giselle

domingo, 18 de dezembro de 2011

Sobre editorial da "Folha de São Paulo"- Educando os pais_


Mensagem  enviada ao Painel de Leitores do jornal Folha de São Paulo
em 18/12/2011

Caros senhores,

O editoria da Folha de hoje,18/12/2011 -  Educando os pais -
 fez-me refletir e observar que leis como a da palmada, a da
proibição do cigarro cada vez mais acirrada  e o Pl122 vão, 
pouco a pouco, transformando o  Estado em tutor e "educador"
de um povo cada vez  mais fraco e infantilizado.
Onde fica a liberdade num país assim?

Giselle N.M. Aguiar

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os ateus e a religião




Com base  nos artigos : "O fundamentalismo de cada dia" ,
 assinado por Daniel Sottomaior, no jornal Folha de São Paulo
 no dia 08/12/2011 e  "Fundamentos do ateísmo"no mesmo jornal,
na coluna de Hélio Schwartsman, no dia 10/12/2011
escrevi a seguinte carta ao jornal:
Caros senhores;
 Na últimas edições a "Folha" tem trazido
artigos de ateus falando sobre religião.
À minha simplicidade  vem a imagem de macacos
numa loja de cristais.
Como podem opinar sobre algo em que não acreditam,
não cultivam culturalmente,não tenham lido seus doutores,
e nunca experimentaram um exercício de ascese. Portanto,
não dispõem do conhecimento do assunto,pelo menos
para escrever sobre.
Lembro-me, e agora concordo plenamente, com o que
ouvi em um sermão quando ainda era muito jovem,
por isso, não me lembro se era uma citação:o maior
inimigo da religião é a ignorância, seja advinda dos
próprios adeptos ou dos seus, sempre presentes,
perseguidores.
                              ***
 É confortante  saber que não estou sozinha
neste pensamento, ninguém menos que o grande
humanista Thomas Morus, escreveu no seu livro,
 A Utopia, que é fonte de inspiração para muitos ateus
que vivem de associar  a bondade com o marxismo,
talvez movidos pela mesma ideia que  leva muitas
pessoas a acreditar que os alimentos nascem e
 crescem nas prateleiras dos supermercados.
Os primeiros, como os segundos,  não fazem
senão, agindo como adolescentes, condenar os que
realmente lhes fornecem ( no passado e no presente)
subsídios, para o corpo e para o espírito:

 Os utopianos creem, pois, numa vida futura onde
castigos são preparados para os crimes e recompensas
para as virtudes. Não dão o nome de homem àquele
que nega estas verdades e que rebaixa a natureza
sublime de sua alma à vil condição de um corpo animal;
com mais forte razão, não o honram com o título de
cidadão, persuadidos de que, se o tal não estivesse
amarrado pelo temor, calcaria aos pés, como flocos
de neves, os hábitos e as instituições sociais. Quem
pode duvidar com efeito, que um indivíduo que não
tem outro freio senão o código penal, outra esperança
que a matéria e o nada, não encontre prazer em iludir,
astuciosa e secretamente as leis de seu país, ou violá-las
pela força, desde que satisfaça a sua paixão e o seu
egoísmo?
A esses materialistas não se rendem homenagens, não
se confiam magistraturas ou cargos públicos. São
desprezados como seres de natureza inerte e impotente.
Entretanto não são condenados a pena, na convicção
generalizada de que não está no poder de ninguém sentir
segundo sua fantasia. Não se fazem ameaças para obrigá-los
a dissimular a própria opinião. A dissimulação é proscrita na
Utopia e a mentira é detestada tanto quanto a trapaça.
Unicamente não têm o direito de sustentar seus princípios
perante o vulgo; podendo fazê-lo, entretanto junto aos padres
 e outras graves personagens. São mesmo insistentemente
convidados para essas conferencias, na esperança de que seu
delírio ceda enfim à razão." -  A Utopia – Thomas Morus-
Tradução de Luís de Andrade – Ediouro –

gisellenmaguiar

sábado, 10 de dezembro de 2011

Vícios & Virtudes

Hieronymus Bosch: "A gula". Pormenor dos "Sete pecados capitais" (óleo sobre tela, 1475-80). 
Madrid, Museu do Prado  - Foto Presseurop-

Vícios capitais  -   São costumes nocivos à saude ou ao convívio humano, 
inclinação  a realizar o mal; são sete: 
Soberba – Um comportamento orgulhoso, 
cheio de arrogância e presunção. (Sentir-se melhor 
do que os outros) 
Avareza – Apego excessivo ao dinheiro e às riquezas 
 Luxúria – comportamento desregrado com relação aos 
prazeres do sexo – hedonismo, procura exagerada de prazeres. 
Ira – Intenso sentimento de ódio ou rancor 
Gula – Vício de comer e beber em excesso. 
Inveja – sentimento em que se misturam ódio e o desgosto, 
e que é provocado pela felicidade ou prosperidade de outra (s) 
pessoa (s). 
Preguiça – estado de prostração ou moleza que levam o 
indivíduo à inatividade, desanimo, esmorecimento, indolência. 
Falta de capricho, falta de esmero. Negligência, desleixo. 

Contrapondo-se aos vícios, encontram-se as virtudes, 
o esforço para praticá-las nos afasta dos vícios e e  nos traz os 
benefícios do bem realizado.

Virtude é o hábito sobrenatural, que nos facilita o 
conhecimento e a prática do bem.  As principais são 
sete: três teologais e quatro cardeais 

Virtudes teologais - São as que estão relacionadas diretamente a Deus. 
São  três: a Fé, a Esperança e a Caridade. 
é a confiança absoluta em Deus 
criador-redentor que é a Verdade e o Amor. 
Esperança é o sentimento de quem espera 
a realização daquilo que deseja: o Reino da 
Verdade e do Amor de Deus. 
Caridade é a disposição favorável em relação 
aos semelhantes, que são alvo do Amor de Deus, 
como nós. (Querer para os outros o mesmo  que 
queremos para nós). 

Virtudes cardeais  - São as fundamentais para o 
ser humano;  são quatro: Prudência, Justiça, 
Temperança e a Fortaleza. 
 Prudência é a virtude que faz prever e evitar as 
inconveniências e os perigos; cautela, cuidado, precaução. 
Justiça é o princípio moral em nome do qual o direito 
de cada pessoa deve ser respeitado. 
 Temperança é a virtude que dá comedimento, moderação e 
sobriedade nos gestos, palavras e atos. Autodomínio. 
Fortaleza é a força moral, firmeza e constância (fidelidade, 
lealdade e estabilidade de sentimentos) . Virtude que dá 
resistência à ações ou influências exteriores (tentações e vícios). 


Este texto, preparado para a catequese de crianças  com idade entre 8-9 anos, 

 foi elaborado  com base  no livreto:Catecismo da Doutrina Cristã 
- 61ª edição (1973) da Editora Ave Maria - e com complementações 
obtidas nos  Dicionários Houaiss e  Caldas Aulete.

 Impressiona o fato desses conceitos terem sido sonegados 
aos católicos nos últimos anos; abafados por outros conceitos 
considerados mais relevantes. 
Por isso, muitos de nós, adultos de hoje, não  temos 
conhecimento deles, pelo menos, assim considerados.
Acredito que nos farão um bem enorme recordá-los hoje!  

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Rainha do Brasil

No Planalto Central do país  ela tem o seu trono,
e nenhuma criatura ousará reinar em seu lugar.

Catedral de Brasília 
                                      
                                   Os Santos Anjos, também seus súditos, fazem a guarda 
                                           de todo o ambiente onde vivem seus filhos.
Catedral de Brasília
                                
                                         Todo o poder de seu Filho Deus é por ela 
                               continuamente invocado   em favor da humanidade, 
                                        seus semelhantes, seus filhos.
Santuário de Dom Bosco em Brasília


Como é vista pelos brasileiros que não se cansam de 
lhe manifestar  o seu amor:

Vitral do Santuário de Aparecidinha, em Sorocaba,SP.
.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Floripes (Lola): santidade ontem, hoje e sempre


Talvez seja este o mais antigo relato sobre a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, a Lola. É parte de um livro: A “Graça” que Frutifica –Contos e Narrativas
de autoria do Pe. Fernando Pedreira de Castro, S.J.

com Nihil Osbtat do Pe. J. B. Rocha, S. J. Provincial da Companhia de Jesus no Brasil Central. Em Nova Friburgo, 22 de maio de 1955.



Outra Neumann, Brasileira




        

Vive em Minas, ou vivia por 1953,
a uma légua da cidade do Pomba, não muito
distante de Juiz de Fora e já na diocese de
Mariana, uma pessoa que só pensa em Deus
e que Ele se compraz em dotar de graças
incomuns.
        É uma moça de seus 28 anos, chamada
geralmente Loula, mas cujo registro batismal
é Floripes Dorneles.
        Família muito honesta, modesta, de
gente ativa que possui a sua casa rural e
alguma terra.
        Criança ainda, despencou-se a menina
Loula de uma árvore, quebrando uma das
pernas. Foi-se assim arrastando, durante
anos, sem especial tratamento, sempre alegre
e conformada.
        Mas, com a idade aumentaram as dores
e a dificuldade em mover-se, até que se viu
constrangida à quase imobilidade numa cama.
Não pode estar assentada nem deitada, mas
recostada, sem mudar de posição.
Já se encontra assim há mais de cinco anos,
com dores incessantes pelo corpo e na cabeça,
não parecendo dar importância a fatos extra-
ordinários que ela e em torno dela se passam
de contínuo.
        São, no entanto, eventos naturalmente
inexplicáveis, por vezes de uma poesia emocionante.
        Há mais de cinco anos não come e não bebe
absolutamente nada, a não ser a sagrada comunhão.
Obrigou-a o médico a tomar um pouco d’água de
uma colher, ela porém viu-se obrigada a expeli-la,
pois não a pôde engolir.
         O vigário, P. Galo, homem piedoso, instruído
e distinto, leva-lhe a comunhão quase diàriamente, mas
quando pode e quando encontra condução, por vezes ao
meio dia ou à tarde, pois a igreja fica longe e a
comungante está sempre em jejum.
        Asseguram os circunstantes que se dá então o
seguinte fato: ainda que o sacerdote chegue
inopinadamente, e não haja meio de prever o momento,
a doente o sabe, e minutos antes ajeita melhor as
cobertas, põe o véu, recomenda que preparem tudo.
        Qual é o sinal que lhe indica a aproximação
da Hóstia Consagrada? Um beija-flor, asseguram
quantos conhecem melhor o ambiente, e que já se
não admiram pela continuidade do fato: Penetra
a avezinha pela janela ou pela porta, sempre abertas,
esvoaçando em torno do crucifixo dependurado
na parede, e beijando-lhe as chagas como se fossem
flores.
        A humildade, a simplicidade, a candura da
enferma são admiráveis. Acha tão natural o que
lhe sucede, fala candidamente aos raros visitantes,
revela o futuro, promete rezar por todos, por
intenções particulares. Não se arroga, contudo, a
menor autoridade ou importância, não distribui
bênçãos nem medalhas.
De semblante naturalmente sem atrativos,
dentes falhos, traços comuns, sem nenhum
sinal de vaidade, transforma-se ingênuamente
quando fala de Deus, dando a impressão do
sobrenatural.
        Os irmãos, pois os pais são falecidos, tratam-na
com afeto, mas sem nenhum especial indício de
veneração. São pessoas simples e trabalhadoras,
nem jamais lhes passou pela idéia tirar proveito
material da situação. Bons cristãos, como são,
obedecem cegamente ao sacerdote, não permitindo
visita alguma de desconhecidos sem licença escrita
do seu vigário.
        No entanto transcorrem os anos, e aquela alma
ali fica risonha, a sofrer e a rezar. Nada lhe importa
na terra senão a caridade, o bem do próximo, a
santificação das almas, o amor de Deus.
         O amor de Deus é o que a conforta, sustenta
e alegra. Passa os dias a pensar na bondade e grandeza,
no amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e nosso
Irmão. Passa os dias e, como nunca dorme, passa
também as noites a entreter-se com Deus.
        Não é verdade que Deus tem os seus caminhos 





Mais posts sobre Lola, a Serva de Deus, Floripes Dornelas de Jesus:
Breve história de sua vida:
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/01/lola-breve-historia-da-vida.html
Santidade anunciada e publicada desde 1955:
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/12/floripes-lola-santidade-ontem-hoje-e.html
Oração pela beatificação:
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/11/oracao-pela-beatificacao-de-lola.html
Vídeo de Programa da Rede Vida de Televisão com entrevista dos sacerdotes e médicos testemunhando a santidade de Lola:
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2012/03/rua-floripes-maria-de-jesus.html

Lola, Serva de Deus Floripes, vídeo do Youtube
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/02/lola-serva-de-deus-floripes_05.html

Uma página sobre a Lola:
http://www.obeija-flor.com.br/Floripes.html
O povo festejando a memória de Lola:
Feriado municipal pelo "Dia da Lola"
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2012/03/rua-floripes-maria-de-jesus.html
Rua com nome de Lola
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2012/03/rua-floripes-maria-de-jesus.html
Problemas políticos atingindo a religião:
Conexões entre ativismo político e a religiosidade;
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/08/conexoes.html
Beatificações, alegrias e dores
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2011/08/beatificacoes-alegrias-e-dores.html
Artigo de Roberto Nogueira, autor do livro: O Sagrado Coração da Lola, a Santa de Rio Pomba:
http://oimparcialriopomba.com.br/noticia/2870/E-por-falar-na-%E2%80%98santa%E2%80%99-Lola...
Trabalho de leigos pela preservação dos valores espirituais, pelo uso do patrimônio material deixado por Lola de acordo com sua vida, seus valores  e espiritualidade: 
http://www.obeija-flor.com.br/AACL.html
http://www.obeija-flor.com.br/Balidos.html
Mais uma tentativa de golpe à memória da Lola:
http://revoadadosbeija-flores.blogspot.com.br/2012/03/mais-uma-tentativa-de-golpe-memoria-da.html


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A globalização e o filme Cidade do Silêncio


O que mais importa nos filmes baseados em fatos reais 
é sua irrealidade.” – Inácio Araujo, crítico de cinema da Folha 
de São Paulo.

A professora disse que fizéssemos uma análise do filme exibido 
na  última aula, com pareceres próprios e focando o aspecto 
“globalização”.
Coincidentemente, no dia seguinte à seção do filme, vejo 
na “Folha de São Paulo” alguém, de verdadeira valia como 
profissional da área, endossar o meu humilde parecer.  
Desagrada-me figurar como petulante ao expor meu 
pensamento, mas o adjetivo de petulante me é menos 
dolorido do que o de omissa ou dissimulada, portanto devo 
expor honestamente o meu parecer a respeito do filme:
Cidade do silêncio, dirigido por Gregory Nava, em 2007.

A frase de Inácio Araujo: “o que importa nos filmes baseados 
em  fatos reais é sua irrealidade” traduziu exatamente o que
 apreendi assistindo à exibição do filme.
Trata-se na verdade de um filme que deseja  mostrar
 o que é a globalização, cujo termo pode ser abordado por diferentes 
aspectos semânticos.
            
            Pode ser uma expressão muito bem escolhida ao se referir ao 
            fato dos habitantes do planeta Terra tomarem consciência de que 
            moramos todos num minúsculo planeta situado “no quadrante α 
           (alfa)” do  Universo, cuja unidade acaba de ser contestada por 
            astrofísicos modernos, e sermos, portanto, todos vizinhos.

Esta visão induz o ser humano a se preocupar com a evolução, e a 
observar que neste minúsculo planeta, no qual se pode ir de 
qualquer ponto a outro em horas, existem pessoas nos mais 
variados estágios de evolução, todas ávidas de dar vazão à 
necessidade natural de evoluir. Cada uma e cada povo no seu
 ritmo.
Esta ideia considera  que  povos de diferentes culturas são 
mais ou menos evoluídos em quesitos diferentes, o que impede
 de algum querer se prevalecer sobre outro. Ao longo da 
história temos relatos de guerras homéricas, entre elas a 
segunda guerra mundial na qual a teoria da supremacia do 
povo ariano pretendida por Hitler foi totalmente demolida. 

O atual estágio da ciência impede qualquer base de comparação 
entre etnias. Em todas elas existem seres humanos das mais 
variadas características.
Nossos ancestrais, de todas as etnias, eram movidos 
pelo desejo de comerciar, descobrir novas terras, novos produtos; 
vender os produtos que produziam para quem não os tinham e 
comprar “tesouros” produzidos por povos diferentes. Por tal 
objetivo se arriscavam no mar em viagens heroicas, porque sua 
grandeza era somente em coragem ignorância, uma vez 
que a segurança e os conhecimentos de que dispunham eram 
praticamente nulos. Assim acontecia a evolução do humanoide 
repleto do instinto animalesco que impele ao domínio do espaço
 e de toda situação.

O comércio é o pai da civilização. Diante de um povo desconhecido, 
possuidor de coisas cobiçadas, o mercador se retrai numa 
posição de respeito e consideração pelo outro, motivada pela 
ganância. Imagino que tenha sido assim o início da diplomacia 
internacional.
Por isso o tempo de hoje seria o paraíso dos mercadores que 
deram origem ao mundo que agora temos, no qual se pode 
comerciar (descobrir coisas novas, crescer em conhecimentos, 
expandir a vida) sem precisar sair de casa. Graças à 
tecnologia e a indústria que evoluem  a cada hora, porque 
existe um numero cada vez maior de desejosos dos 
aparelhos que conectam as pessoas entre si e faz o mundo 
parecer pequeno.

A indústria, o comércio, o livre mercado internacional e 
os meios de comunicação jamais poderão ser maléficos à 
raça humana. Muitíssimo pelo contrário, eles são os 
veículos de intercambio que quanto mais usados forem, 
mais semelhantes tornam seus usuários.
Considerar as mazelas do mundo um efeito da existência 
do livre comércio, da evolução tecnológica, e dos meios 
de comunicação seria uma atitude similar a de culpar 
à medicina pelos erros dos médicos.

Outra maneira de considerar o termo globalização é a 
adota pelos que se consideram sociólogos, mas estudam 
a sociedade somente pelo prisma do marxismo emoldurado 
pelas ideias da Escola de Frankfurt.
Estes sim, demonstram pretender globalizar a maneira 
de ver e pensar o mundo segundo a sua ótica, que, 
considerando o que me tem sido apresentado até 
agora, consiste única e exclusivamente em denegrir 
a imagem dos que produzem riquezas; tanto a dos 
patrões, que qualificam como cruéis exploradores 
do trabalho alheio, como a dos empregados que consideram 
coitados, idiotas, imbecis que se submetem a trabalhar para 
outra pessoa.
Segundo as ideias que propagam apenas eles, os sociólogos, 
antropólogos e similares detêm o saber do que seja bom 
para os seres humanos. São grandes produtores de cizânia, 
entre povos, patrões, empregados. Agem de tal maneira 
que, onde florescem, nenhuma alegria se manifesta.
 Para eles o trabalho humano - considerado por muitos 
como o grande instrumento para a evolução da espécie 
em todos os aspectos - é visto apenas como um castigo 
imposto.  Executam um tipo diferente de trabalho, 
uma engenharia mental desenvolvida por Antônio Gramsci 
para fazer dos meios culturais fábricas de militantes políticos, 
escravos mentais de sua ideologia.

 Devido ao baixo conceito que fazem das pessoas, usam de 
artifícios como este filme, Cidade do Silêncio, para induzi-las
 a culpar o livre comércio por todos os horrores do mundo, 
tais como o estupro e morte de mulheres no México.
Ainda que a arte possa usar de licença poética, podem ser 
respondidas como “forçação de barra” as seguintes perguntas 
feitas a partir da premissa apresentada no filme:

A polícia dizia que 375 mulheres foram estupradas e mortas, 
mas que na realidade foram cerca de 5000, e que os estupradores 
e assassinos eram um figurão e um motorista de ônibus.
         
            - Seriam esses dois criminosos superdotados,  capazes de matar 
             5000 mulheres de tal maneira?
           - O depósito de cadáveres percorrido pela heroína do filme não 
           causaria um cheiro insuportável que logo fosse descoberto?
           - Se as fábricas não existissem os criminosos não atuariam?
           - Seria o livre comércio e os acordos comerciais entre povos responsáveis 
              pelos estupros e assassinatos, como está na mensagem subliminar
             transmitida pelo filme?
         - As pessoas são todas boas, o que representa o mal é o “trabalho escravo” 
            a que são submetidas?
         - Não seria a mesma leitura que os indígenas faziam do demônio, a que 
            o diretor do filme faz dos ianques?
         - Ou, o demônio, ridicularizado no filme, teria transferido seus poderes 
             e sentimentos aos capitalistas exploradores?
         - Como devem ser catalogados filmes ou atitudes em que se 
            foca um acontecimento, visando na verdade chamar a atenção 
            para outro assunto e  induzir as pessoas  ao erro de  tirar
            conclusões baseadas em falácias?
            
           Continuando nesse raciocínio, como nos colocaríamos diante dos
            seguintes termos:
        - usar este tipo de subterfúgio: mensagem subliminar;
           oferecer aos jovens somente uma visão de mundo, como se 
           fosse a única, fazer das aulas uma catequese ideológica, não seria  
           considerado violência?
-Não seria transformar as Universidades em fábricas de produção 
em massa de escravos mentais a serviço da ideologia, produzindo
 profissionais subalternos às ideias da figura ícone de plantão?

 Este texto é um trabalho apresentado na Universidade, para a disciplina
Teorias da Comunicação em março de 2010 por 

   giselle neves moreira de aguiar